capítulo 12

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Chloe Foster

E foi ali que meu mundo todo desabou

Minha mãe está morta. Morta

Não estou acreditando. Quando minha tia me falou aquilo, eu deixei meu celular cair no chão e eu me agachei no chão, abraçando meus joelhos chorando

Não conseguia respirar, sentia que meu mundo acabou. Não tenho mais motivos para viver, não posso viver sem ela

Ela morreu por minha culpa, por que o Michael me quer, se não fosse por mim ela estaria viva, se eu tivesse morrido a primeira vez que o Michael me encontrou, ela estaria viva

Fechei meus olhos soluçando alto sentindo a dor e a culpa me consumir por inteira, a dor no meu peito era avassaladora

- Não gostou do presente, amor? Assim me magoa - disse uma voz e quando olhei na direção da voz, era o Michael

Ele estava me olhando com seus olhos negros e um sorriso irônico nos lábios, parecia se deliciar com minha dor

Quando o olhei senti um ódio queimar por dentro de mim, um ódio muito maior do que qualquer coisa que já senti, só não maior que a dor no meu peito

Me levantei do chão, peguei um jarro de flores que tinha na mesinha do meu quarto

- EU VOU TE MATAR - eu gritei com ódio indo em sua direção

Assim que cheguei na sua frente e levantei o jarro para tacar nele, o jarro se quebrou em minhas mãos antes mesmo de eu jogar nele, fazendo os cacos voarem em direção ao meu rosto e eu fechei meus olhos por reflexo. Senti a pele do meu rosto arder pelo contato dos cacos de vidros machucando a pele do meu rosto

Senti uma mão entorno do meu pescoço me puxando para cima e me sufocando. Minhas costas bateram contra a parede com força

O ar não chegava nos meus pulmões por causa das mãos fortes em meu pescoço. Abri meus olhos e vi o Michael em minha frente com os olhos negros

- Humana estúpida, acha que tem chances contra mim? - me fez uma pergunta retórica e gargalhou logo depois

Eu abri minha boca na tentativa de conseguir respirar, o que não resolveu nada. Eu me esperneava tentando inutilmente me soltar das mãos dele no meu pescoço, mas nada adiatava

Quando estava sentindo meu corpo ficar mole, Michael me soltou e eu caí no chão, batendo meu corpo contra o chão fortemente, sentindo uma dor atravessar todo meu corpo

Eu coloquei as minhas mãos ao redor do meu pescoço sem fazer pressão, sentido doer muito enquanto eu tentava voltar a respirar normalmente de novo

- Antes eu queria te matar logo, mas descobri que é muito mais divertido brincar com você, amor - disse ele com sacarsmo, enquanto eu ainda tentava respirar normalmente

Minha garganta doía assim como minha cabeça, me sentia fraca e com medo

Ele se agachou ao meu lado, me fazendo me afastar e encostar minhas costas na parede. Não tinha para onde eu fugir

- Não fuja de mim amor - disse ele pegando no meu rosto e fazendo uma falsa cara de tristeza

Suas mãos ásperas e frias, alisava meu rosto fazendo eu fechar os olhos com força

Eu solucei quando senti a pele da minha bochecha machucada pelos cacos de vidro do jarro, queimar por causa das minhas lágrimas

- Por-por que fez is-isso? - eu perguntei com muito esforço, por causa da dor na minha garganta e por causa do medo que eu estava sentindo

- Oras, porquê eu quero - ele disse e ouvi ele rindo

Eu abri os olhos e seu rosto estava bem perto do meu, pude ver seus olhos negros me olhando e todos os detalhes do seu rosto monstruoso

- Saia de perto dela - disse uma voz atrás do Michael e quando olhei por cima dos seus ombros, era o Azrael que estava ali

- Mas é claro que o estraga prazeres, tinha que chegar bem na hora da diversão - disse o Michael retirando suas mãos do meu rosto e levantando, se virando para o Azrael - Eu poderia ficar e acabar com você, mas tenho outros compromissos. Até outro dia, amor - Michael se virou para mim e me lançou um dos seus sorrisos perverso, logo após sumindo em fumaças negras

- Você está bem? - perguntou o Azrael preocupado, vindo em minha direção

Eu só neguei com a cabeça, incapaz de responder com minhas voz por inúmeros motivos

Azrael me pegou no colo e me colocou na cama

- Fiquei sabendo o que aconteceu com sua mãe - falou ele se sentando do meu lado

- Não quero falar sobre isso - eu disse com dificuldade, com a voz baixa e rouca por causa da dor na garganta e virei pro lado, fechando os olhos com força, desejando sumir

- Eu entendo - murmurou ele do lado

Não sei nem quantos minutos se passou com o silêncio entre nós dois, mas depois de algum tempo ele se deitou do meu lado e me abraçou. De início fiquei surpresa

não esperava por essa reação dele

- Eu também não - disse ele respondendo meus pensamentos

- Para de ouvir meus pensamentos - eu disse baixinho

- É automático - ele disse me abraçando mais forte pela cintura

Eu fechei os olhos aproveitando aquele abraço, com certeza um abraço muito bom

Depois de alguns minutos em silêncio, eu me virei de frente para ele, podendo ver seus olhos azuis escuros. Mesmo com a pouca iluminação no quarto, eu consigo ver seus olhos azuis que brilham um pouco, mais do que olhos normais

Parecem até lente de contato

- Posso te garantir que não é - ele disse e eu ergui uma sombrancelha - como eu disse, é automático - Eu balancei a cabeça em negação

- Eu tenho medo - murmurei baixo

- Não precisa, eu sempre vou chegar a tempo para te proteger - Azrael disse passando seus dedos suavemente pelos machucados na minha bochecha, fazendo meus olhos se fechar pela pequena ardência na região

- Você demorou - eu murmurei

- Perdão, não vai se repetir - ele disse

Ele continuou passando seus dedos pela minha bochecha, até que a ardência passou. Ele tirou sua mão do meu rosto e toda a dor do meu corpo sumiu

Porém a dor da minha alma, dói como nunca doeu antes.

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𝙳𝙴𝙼𝙾𝙽Onde histórias criam vida. Descubra agora