Masterpiece

Cap 2 - Musa Inspiradora

No banco de uma praça próxima ao bar, o casal Danvers-Luthor conversava sobre o que tinha acontecido, enquanto Lena massageava a mão dolorida.

-Lena, você não acha que o James precisa de ajuda?

-Ajuda com o quê? Parece que já tem algum acordo entre as partes - Suspirou - Eu realmente não quero me meter numa briga de gangue ou sei lá o quê

-Mas Lena…

-Nada de "mas". Nós vamos procurar o James pra ver estar tudo bem pra não perder a viagem e só

Irritada, Kara se levanta e começa a caminhar com as mãos no bolso da jaqueta de couro. Lena sabia que o instinto protetor da heroína gritava em seu peito querendo ajudar o amigo. Kara nem havia pensado duas vezes ao querer procurar o filho dos Matthews mesmo arriscando aparecer em público, ou quando Oliver estava numa enrascada com o sogro de Mia e fez o possível para manter a imagem dele como um pai amoroso e presente, apesar de ter desabado em lágrimas quando voltaram para a nave, descarregando toda a raiva que ela havia acumulado em meio àqueles ataques esdrúxulos.

Um sorriso singelo se forma nos lábios de Lena enquanto observa a esposa chutando alguma pedra no caminho, a morena já esteve do outro lado do julgamento e Kara foi a única a lhe estender a mão quando o mundo a abandonou. Desde então prometeu a si mesma que sempre protegeria, a todo custo, aquele coração puro de todo o mal do universo.

-Querida, a líder desses caras só pode ser uma certa pessoa… - Lena corria para alcançá-la

-É, eu sei… - Suspirou - Aquela baixinha me dá muito medo às vezes

-Já te falei que ela não é tão baixa assim, nós duas temos a mesma altura - Revirou os olhos

-O que eu quis dizer é que não quero conhecer as histórias dela em primeira mão - Riu de leve

-Quando voltarmos pra casa, a noite de jogos vai ter que durar pelo menos um final de semana inteiro pra podermos contar tudo o que estamos vendo aqui - Ambas gargalharam

Caminhando a esmo pensando numa maneira discreta de encontrar o James, elas se deparam com uma galeria de arte, a pintura rosa bebê das paredes faz o estabelecimento se destacar em meio ao marrom ferrugem dos tijolos a mostra dos demais prédios em volta.

-Parece até uma miragem - Lena riu

-Hm… "Casa das cores" - Pegou a mão da esposa - A plaquinha diz que ainda tá aberta. Vamos dar uma olhadinha - Sorria largamente

-Lá vai sua curiosidade colocar a gente em mais uma encrenca - Sorriu de lado

[...]

O interior da galeria conseguia ser mais excêntrico. As paredes possuíam diversas padronagens pintadas em cores distintas, estátuas de gesso ou outros materiais enfeitavam os cantos do salão. Kara andava animada entre as obras de arte, encantada com a beleza do uso das cores nos quadros.

Uma mulher ao fundo do estabelecimento vê as clientes e se aproxima.

-Olá - Sorriu - Vejo que tem um bom olho para arte

-Oh, a colecionadora aqui é minha esposa - Riu - Mas não tem como negar a beleza dos quadros, o olhar nessa pintura aqui é tão intenso que arrepia - Não tirava os olhos da obra

-E esse nem é um dos melhores

-Uau, então preciso conhecer… H.B - Lena lia a assinatura em outra obra - O trabalho dele ou dela é simplesmente incrível

-Oh, estou bem aqui - Se aproximou de Lena - Muito prazer, eu sou Helena…

-Bertinelli? - A morena congelou e Kara virou para trás, cruzando os braços