Capítulo 1

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Angeline

Bom por onde começar? Hoje era pra ser um dia bom, um dia animado, sem preocupações. Mas agora estou aqui, com ansiedade por algo que eu não sei decifrar o que é, sem vontade de sair do quarto, e uma preguiça enorme de me arrumar. Mas tenho que fazer, tenho que levantar desta cama, colocar um sorriso no rosto (como sempre), e descer para sair com minha madrinha como prometido.

Me levantei, tomei um bom banho, escovei meus dentes, estou neste exato momento decidindo qual roupa eu irei usar.

Decido vestir uma saia longa branca de renda com um tecido por baixo que cobre só até metade da coxa e tem uma fenda na perna esquerda. Um cropped branco tomara que caia básico, um salto plataforma branco e uma bolsinha de palha, estou levando uma jaqueta curta jeans caso esfrie. Faço uma maquiagem básica, como tenho pele lisa passo só um blush para dar um ar de saúde, aproveito que estou de cílios e faço um delineado duplo para realçar, passo um lip tint finalizando com um gloss.

Me olho no espelho e vejo meu longo cabelo castanho escuro, meus olhos castanhos realçados pelo delineado, as maçãs do meu rosto coradas de um jeito natural por mais que seja blush, o que fez meu nariz parecer mais arrebitadinho (confesso que é uma das únicas coisas que eu gosto na minha aparência), por mais que esteja de salto, continuo baixa.

Depois de tanto respirar fundo encarando meu próprio reflexo, decido descer colocando a máscara da minha melhor e mais animada feição.

Chego lá embaixo e minha madrinha já está me esperando, ela está com um vestidinho verde musgo despojado, um salto plataforma branco também combinando com sua bolsa bege e branca. Seus lábios estão marcados por um batom vermelho não muito forte. Seus cabelos castanho claro estão ainda úmidos e seus olhos castanhos destacados por um esfumado marrom.

— Bom dia, flor do dia — ela olha no relógio em seu pulso — Quer dizer boa tarde né, já que são 12:10.

— Bom dia, dindinha — pego sua mão e a beijo de leve por causa do gloss — Bença

— Deus lhe abençoe, minha filha — ela diz me puxando para um abraço para logo em seguida me dar uma bronca — Era pra você ter descido até 12:00, está 10 minutos atrasada. Por que demorou tanto?

— Não sabia o que vestir, desculpa. — o que não deixa de ser verdade, só omiti o fato de que eu não tinha vontade nem de levantar da cama.

— Tudo bem. Agora vamos porque já estamos atrasadas — ela pega as chaves e os seus óculos de sol quando percebi que esqueci de pegar o meu. Ela parece ter percebido junto comigo — Cadê seu óculos?

— Esqueci de pegar. Vou subir e buscar rápido — respondo

— Okay só não demora, tô te esperando no carro. Tranca tudo.

— Okay.

Subo as escadas correndo, pego meu óculos de sol, e desço. Tranco toda a casa indo direto para o carro.

Me sento no banco da frente enquanto duas amigas dela, que a mesma buscou, estão atrás. Ponho meu fone e começo a pensar. Sempre que estou no carro gosto de pensar, é uma sensação boa enquanto a música entra no ouvido e o vento bate nos cabelos, é uma falsa sensação de liberdade, mas mesmo sendo falsa é boa.

Minha madrinha é a minha segunda mãe, eu a amo demais e praticamente moro em sua casa (tenho até um quarto lá com um closet cheio), ela sempre me protege e me acolhe, me dá bronca também claro, mas está sempre aqui e isso é bom. Por mais que ainda não me entenda, ela procura me entender e ajudar mais do que a minha própria mãe.

Seu nome é Amélia, e ela não suporta ele, então prefere que a chamem de Ammy, só os mais íntimos que sabem seu verdadeiro nome. Ammy não tem filhos, contando comigo tem 3 afilhados, e mesmo que ela diga que não há preferência, eu sei que sou a preferida, mas não a julgo, sou a mais presente e a que mais se importa também.

Amélia e minha mãe são amigas de infância, elas se conhecem desde quando minha mãe tinha 15 e ela 13, e praticamente não se desgrudam. Minha mãe é de verdade uma ótima amiga, assim como minha madrinha, a amizade delas é um exemplo, é linda e verdadeira, percebe-se que não há falsidade ou inveja.

Moro com a minha mãe, mas isso não é um assunto no qual eu gosto de pensar ou falar. Eu a amo, isso é o que importa, isso é o necessário a se saber, apesar de tudo, eu a amo. Mas talvez no decorrer do tempo eu me sinta preparada pra falar sobre isso com alguém, porém definitivamente não agora.

Saio do transe quando percebo uma notificação no meu celular, meu pai acabou de me mandar mensagem perguntando se já estou indo para o "Pub Sweet House", respondo que já e que estou com saudade. Mando uma foto pra ele que tirei antes de sair pra mostrar como eu estou, e ele como sempre me elogiando e me falando para tomar cuidado.

Agora volto meus pensamentos ao meu pai. Meu pai ele é o meu herói, tem seus defeitos, comete seus erros, até porque perfeição não existe. Mas mesmo assim eu o amo. As coisas que ele já me fez em seus momentos explosivos, eu também não gosto de falar, mas eu o amo muito, e eu sinto seu amor por mim, então "passo pano" para as coisas que ele já fez e as vezes ainda faz comigo que me magoam.

E mais uma vez sou tirada dos meus pensamentos, pela minha madrinha agora, que me cutuca e avisa que chegamos.

Andamos um pouco e logo já estamos no Pub Sweet House, é um bar bem renomado. O bar é extremamente lindo com vista para o mar, que dá a visão incrível para se apreciar o pôr do sol na linha do horizonte do oceano que banha as praias de Miami. As paredes são todas brancas exceto uma na parte das bebidas que é amarelinha, e na parte do pequeno palco que é uma parede de planta sintética. O chão de madeira com uma pequena passarela de grama também sintética passando por uma "ponte" que atravessa a piscina toda decorada para chegar até onde ficam as mesas e cadeiras. Estou encantada.

Depois de varrer os olhos pelo local, meu olhar se fixa em uma coisa, ou melhor, em alguém...

Depois de varrer os olhos pelo local, meu olhar se fixa em uma coisa, ou melhor, em alguém

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Amélia/Ammy, a madrinha

Esse é o primeiro capítulo só com a narração da nossa querida Angel e sua apresentação.
(Sim, é ela quem está na mídia)

Espero que gostem. E se puderem votar, eu adoraria. Seria muito grata. Mas de qualquer forma obrigado só pelo simples fato de estar lendo.🥰✨

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