but loving you had consequences part 2

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Continuação da short anterior.

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Um mês depois. Fazia um mês desde que vira Juliette. Estava acordada em seu quarto, seu olhar estava diretamente para o teto e as palavras da morena ecoava em sua mente todos os dias. Inteira demais para se aventurar em relacionamentos rasos. Completa demais para receber metades. Qual era a profundidade do seu relacionamento com Lucas? Desde quando o conhecia tanto? Nem sequer conviveu com ela por meses durante sete dias durante vinte e quatro horas. Bufou. Juliette entrou em sua mente sem nem ter intenção de faze-lo.  Estava evitando o namorado há cinco dias. Tinha decisão a tomar e estava postergando, mas não era esse relacionamento que ela queria para si. Já estava com vinte e nove anos, estabilidade financeira já estava ok, agora só faltava um relacionamento que ela deseja ter igual ao dos pais. Duradouro, longo. Cheio de respeito e companheirismo. Suspirou. Não tinha mais pra onde correr. Terminaria o que nem devia ter começo. Fugir não era mais uma opção. Chega de relacionamentos vazios, superficiais. Levantou-se e foi para a sala, já tinha feito sua higiene matinal mas tinha voltado para a cama. Precisava falar com a sua equipe e não tinha mais como enrolar. Já na sala ela viu Roberta à mesa, digitando freneticamente.

— Roberta?

— Oi, Sarinha.

— Prepare a equipe e contate a Carla. Vou terminar meu namoro com o Lucas.

— Oi?! Por quê?

— Como "por quê"? Todo mundo sabe que eu não amo ele. No mínimo eu gosto, mas amar mesmo... Bem longe. É uma relação confortável e cômoda, e eu cansei desse marasmo.

— A gente sabe por quem sua pupila dilata. Bem, você pretende fazer isso pessoalmente?

— Sim. Já mandei mensagem para ele avisando que passarei antes do almoço lá. Temos coisas a fazer, vamos adiantar e depois vamos lá.

— Você está certa disso?

— Essa é a decisão pessoal mais certa que eu já fiz desde que toda essa loucura começou.

***

Quinze dias depois.

Juliette vivia cada dia, mas sempre seu encontro com Sarah vinha à tona. Às vezes em que tinha uma folga, suas memórias trazia a loira para o momento. Juliette já achava a loira linda desde o primeiro dia. Depois que saiu da lipo ficou ainda mais bela. Mas isso para a advogada era o de menos; o que a fez se apaixonar não fora o corpo da loira, nem as longas pernas. O jeito risonho, moleca, a metralhadora que era quando ficava indignada com as coisas indignas. Sorriu tristemente. Sentia falta dela, todos os dias, sempre. Ocupava a mente todo o tempo do dia mas naquele momento de ósseo, de manhãzinha estava a matando. Desceu para tomar café, não era de ficar chorando pelo leite derramado,no que estava feito estava feito e não tinha como desfazer era lidar com as consequências e administrar as possíveis crises.

— Ui, que cesta linda. É de quem?

— Pra você, Ju. - Débora disse. — Chegou há pouco.

— Hm, vamos curiar.

Começou a abrir a embalagem. Era uma cesta enorme e tinha até Pippos, seu salgadinho preferido. Mais ao canto, um envelope preto com dourado brilhava. Pegou o papel e abriu a carta imaginando que era de algum fã, mas quando começou a leitura sentiu suas mãos suarem, seu coração acelerou. Sua mudança foi perceptível.

Oi, se você está lendo essa carta significa que meu plano deu certo. Hey Ju, eu pensei muito desde nosso último encontro. As coisas que disse para mim martelam em minha mente até agora. Eu sempre disse que você sabia dizer coisas profundas e bonitas, e eu, bem eu até tento mas não consigo. Algumas muitas coisas mudaram desde aquele dia pra cá. Houve várias versões de mim, mas essa agora é diferente. Eu pensei e eu continuo pensando, só que agora como eu disse, é diferente. Ju, eu quero você eu amo você. Cansei de me auto sabotar por medo de ser feliz, por medo de viver as minhas reais vontades. As coisas são como são, ou mudamos o jeito de vermos as coisas ou simplesmente não vivemos. Você me disse que eu não era superficial mas me submetia a isso porque era cômodo, fácil e controlável. O que eu sinto por você é totalmente o oposto: incontrolável, difícil e nada cômodo. Eu assisti um filme antigo de espiões. As debs, já ouviu dizer? Assista algum dia. E tem uma frase que a melhor espiã disse que é assim "eu sou mais eu quando estou com você do que quando estou comigo mesma". Eu sinto saudade de ser eu mesma quando estou com você, a Sarah leve, sorridente. A Sarah que sem querer se apaixonar você se apaixonou, a que te fez ficar. A Sarah que você conhece ainda está aqui mas ela só aparece com você, porque você é motivo das minhas coisas boas. Eu te amo, eu te amo muito. Se você me quiser eu estarei esperando por você no Lê Gule, no horário do almoço.

Short Fic - SarietteWhere stories live. Discover now