Cronesia

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Escrevo principalmente porque amo a língua
Respeito sim as regras, valorizo as pontuações, adapto-me às concordâncias
Pois são elas, e somente elas, que me dão o tom exato do que quero expressar
Mas não se engane! Não escrevo por obrigação...escrevo por amar!

E é com o domínio de cada palavra, que entre todas, escolho as boas
Para que as más não me dominem, e comecem a ser vomitadas pela minha boca

"Venho de escola pública" ouço alguns se justificarem
Mas o que sei não foi escola, nem faculdade que me ensinaram
Foi a leitura, o apego aos livros, e tantas outras vezes o dicionário.

Escrevo porque tenho um sonho
Podem rir, porque é dos grandes:
É fazer história!
Quem sabe ver um livro meu em cada biblioteca, mochila, talvez até sendo estudado pra uma prova

Escrevo porque escrever é registro, e atráves dele te conto minhas experiências
E quanto segredos será que já não te contei, narrando detalhadamente minhas vivências

E leio o que escrevo não pela vaidade de ser ouvida
Mas simplesmente pra preencher o espaço entre uma poesia, até a próxima
Então aproveito o espaço, e me dou ao luxo de te contar mais uma das minhas histórias

Uma amiga perguntou-me outro dia: 
Poeta ou poetisa?
E a resposta está na ponta da língua: 
Prazer, sou Mariana, sou cronista!

Nos versos encontro aconchego
Mas são nas minhas crônicas que mora o meu desenvolvimento

Desafio será o dia em que fizer um verso sobre minhas crônicas
E uma crônica sobre meus versos
E esta é a beleza do português
Brincar com suas formas, palavras e dialetos

Enfim, escrevo porque é uma das poucas coisas que me faz verdadeiramente feliz.
Muito obrigada pelo tempo gasto de seus olhos e seus ouvidos, deslumbrados por essa magia
Ter a ânsia de continuar a alimentá-los ... acredite! É a única coisa que ainda me mantém viva.

Poesia da favelaOnde histórias criam vida. Descubra agora