T2 002

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POV JOSH BEAUCHAMP

Assim que entrei no carro, olhei para a Savannah, que estava comendo um pacote de cookies tranquilamente:

- Vem cá, o que aconteceu com a Savannah doce e meiga que eu namorava antes de tudo isso?

Savannah: deixa eu ver -ela diz olhando dentro do bolso- não ta aqui não

- Idiota...eu não te reconheço mais sabia?

Savannah: não sou mais a mesma pessoa

- Eu sei que não- falei olhando para um ponto fixo- ele morreu Savannah, o mínimo que você podia fazer era me abraçar e dizer que vai ficar tudo bem

Savannah: Pra que? Você é o Joshua Beauchamp,  sem sentimentos

- Você é idiota mesmo né? Depois não sabe porque eu prefiro ela, se você quisesse realmente que eu te amasse, deveria demonstrar um mínimo de amor

Savannah: Eu sei que você nunca vai me amar, mas você esta comigo,  não com ela

- Realmente, não vou, e já que é pra falar com clareza você não passa de um corpo inútil que eu uso pra matar a saudade dela, então não se ache só porque transamos a noite quase que toda, como você mesma se vangloriou de manhã

Savannah: me acho, afinal você esta transando comigo, e nao com ela

- você sabe que não é em você que eu penso- falei dando partida no carro- mudando de assunto, saímos na capa da revista, feliz?

Savannah: muito

- Como você se suporta garota?

Savannah: me aguento porque sou incrível, sensacional,  linda, gostosa

- e insuportável também - falei dirigindo até a cobertura - fica aqui cuidando da Soso, vou resolver as coisas do velório falei segurando o rosto dela e dando um beijo

Savannah: eu vou junto, sou sua esposa, e você nao pode gastar milhões em um velório

- Nao você não vai- falei rindo- você vai ficar, não tem nada pra você lá, e outra, se você ficar, posso fazer o que você quiser depois - falei tirando o cinto dela.

Um ótimo jeito de conseguir o que eu queria com a Savannah era prometendo fazer alguma coisa que ela queria, era fácil, e no fim acabava saindo como eu queria

Savannah: me da o cartão de crédito então

- Toma- falei entregando o cartão pra ela- tenta não gastar muito

Savannah: Só o necessário benzinho

- Eu conheço bem o seu necessário- falei rindo- compra alguma coisa pra mim

Savannah: Não,  o cartão ta comigo,  eu uso

- Nao sei porque ainda tento, você nunca vai ter ninguém que te ame desse jeito

Savannah: Eu ja tenho o suficiente,  não vou no velório do seu pai, beijinhos  -ela diz saindo do carro e chamando um Uber-

Revirei os olhos tirando o carro da garagem novamente e pegando o caminho do cemitério.

(...)

A caminhada até o túmulo ao lado da minha mãe foi pequena pela quantidade de pessoas, apenas o Noah, a Joalin e a Sabina iam andando mais na frente, e um pouco mais atrás Any andando em silêncio.

Ao vê-la, meu coração começou a acelerar, minhas mãos a soar, e uma vontade enorme de abraçá-la surgiu, mas apenas fiquei em silêncio observando tudo de longe.

Pai por acaso - beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora