Prólogo - Andrew

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Um mês atrás...

— Isso! — gemi baixo ao sentir os lábios macios escorregando pela extensão do meu membro e me fazendo revirar os olhos, enquanto me recostava no encosto da cadeira de couro no meu escritório.

Segurei o cabelo da mulher que mal me recordava o nome e empurrei a sua cabeça para baixo, fazendo com que me engolisse mais até que minha glande tocasse a sua garganta. Ela chiou, mas continuou sugando segundo as minhas instruções. Puxei-a com mais força quando senti o prazer se aproximando e me preparei para gozar. No instante em que o meu corpo chegava ao ápice, ouvi uma batida na porta, mas continuei segurando a mulher pelo rabo de cavalo até terminar.

— Senhor... — Uma voz familiar ecoou do outro lado da porta.

— Estou ocupado, Charles.

— Os sócios chegaram para a reunião mensal.

— Hoje?

— Sim, senhor. Toda primeira segunda-feira do mês.

— Droga! — Resmunguei ao puxar meu celular e ver que ele estava certo.

Eu havia me esquecido completamente daquele compromisso e era importante demais para que eu o cancelasse.

— Já estou indo.

— Eles não podem esperar.

— Eu sei — falei com tom de fúria.

Empurrei a minha cadeira mais para trás até que ela batesse na parede. A mulher se afastou e levantou, limpando o canto da boca com as pontas dos dedos.

— Preciso que você saia.

— Mas ainda nem começamos! — Ela se aproximou, passando as mãos pelos meus ombros e me sorrindo de um jeito malicioso, com os lábios borrados, pois parte do batom tinha ficado no meu pau.

— Tenho um compromisso mais importante agora. — Peguei a minha carteira, tirei algumas notas de cem e entreguei para ela.

— Sai pelos fundos e não deixa ninguém te ver.

— Mas, senhor...

— Vai!

Ela assentiu, dobrou as notas e as guardou no sutiã, enquanto eu ajeitava a minha calça e fechava o zíper.

Abri a porta para guiar a mulher para o lado de fora e me deparei com o Charles.

— Senhor...

— Leve-a embora e não deixe que a vejam.

— Sim. — Ele assentiu. — Os sócios...

— Estou indo para lá.

— Ótimo. — Meu assistente guiou a mulher para longe enquanto eu ajeitava a gravata e seguia para a sala de reunião.

No fim do longo corredor da administração da Global Oils ficava uma enorme sala com paredes de vidro e uma mesa de madeira ovalar com cerca de vinte cadeiras. Frequentemente, eu me sentava na cabeceira para discutir detalhes importantes para a empresa petrolífera que eu havia acabado de assumir. Ela estava na minha família por gerações e era um grande império que fornecia o produto para os Estados Unidos e parte do mundo.

— Bom dia! — Puxei a minha cadeira e olhei para os homens e mulheres que estavam reunidos ali.

— Certamente não é um descendente de ingleses — debochou Sarah, a mulher com língua afiada não perdia a oportunidade de me alfinetar. Infelizmente a cobra nem era gostosa para que eu quisesse colocá-la de quatro na minha mesa.

— Ainda bem que os pontos que critica em mim são compensados com outros atributos — disse em tom firme.

— Ego certamente é um deles. — Ela empinou o nariz ainda mais e eu não soube se ainda estava falando sobre mim ou se havia olhado para si mesma.

— É bom estarmos todos aqui. — Hector, um homem grisalho, que estava na empresa desde os tempos do meu pai, tentou ser a razão no momento, afastando as indiretas e provocações da mulher.

— Vamos começar? — Percorri a sala, observando os olhos de cada um deles e todos assentiram com um movimento de cabeça.

— Com a descoberta da nova jazida se iniciou uma corrida ao ouro, mas felizmente conseguimos comprar quase todos os terrenos na região — Hector começou a falar.

— Quase todos? — questionou outro dos homens presentes.

— Ainda falta um pequeno rancho que está bem no centro da exploração. Estamos encontrando muita resistência dos donos para a venda do lugar — continuou Hector.

— Ofereçam o dobro — autorizei.

— Já oferecemos o triplo, senhor Campbell.

— Então provavelmente querem mais. Temos que pensar no quanto aquelas terras podem nos gerar lucro, mesmo se perdemos um pouco mais na oferta.

— Eu não acho que seja isso.

— Como não? — Afunilei os olhos, um pouco irritado. Se havia algo que eu tinha certeza era de que o dinheiro poderia comprar tudo.

— Imagino que não seja dinheiro que vai convencê-los a vender o lugar.

— Em que pensaram para resolver a questão? — Voltei a encará-los.

— Há uma hipoteca que parou de ser paga há alguns meses. Se o banco tomar o rancho poderemos arrematá-lo, mas ao mesmo tempo poderá chamar a atenção de outras empresas que estejam interessadas nesse mesmo terreno, o que não seria nada bom.

— Então ou convencemos os donos ou esperamos que o rancho seja tomado pelo banco.

— Sim.

— Prefiro a primeira alternativa.

— Já tentamos, senhor — Hector me encarou com uma expressão de quem já tinha feito tudo o que era possível.

— Não tentaram o bastante. Todo mundo tem um preço. Só precisamos descobrir qual é o deles.

Meu bebê, minha redenção (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora