Capítulo 11

351 41 55
                                    

Victor me levou para o meu apartamento, assegurando de que eu chegaria bem. Por um momento achei que iria pedir para dormir comigo, mas estava claro que minha resposta seria não então, o mesmo nem tentou. Assim que cheguei, procurei por Lara e depois em seu apartamento. Nada.

Lhe mandei tantas mensagens e liguei tantas vezes, mas só chamava. Eu estava com os nervos a flor da pele, queria saber dela de qualquer maneira. Perguntei a Veronica, Josie... Pensei, juro que pensei em conseguir o número de Vivi, mas sinceramente não suportaria saber que a Lara está lá.

Depois de muito insistir, desisti e tomei um remédio para dormir já que teria que trabalhar no outro dia. Os Blossom tentaram me impedir de que fosse, mas neguei, preciso ocupar minha cabeça e se ficar em meu apartamento não conseguirei de maneira alguma.
Acordei procurando por Lara novamente, fui ao seu apartamento e nada de novo. Ele estava do mesmo jeito que ontem, sem nem vestígios dela. Meu coração estava apertado, sentia sua falta, queria conversar e nos acertar logo para tirar esse medo que estou de perde-la.

Então, eles brigaram por você?

Alef perguntou, concentrada em operar uma garotinha que estava deitada em nosso meio. Era algo bem comum para nós, um pequeno apêndice que quis incomoda-la em seus 10 anos de idade.

Praticamente.

Suspirei ao falar.

Mais uma vez havia apenas um anestesista no acompanhando, o mesmo parecia muito concentrado em seu livro para dar atenção a nossa conversa.

Ela deve estar magoada. – comentou. — Suga aqui para mim.

Apontou para uma pequena quantidade de sangue. O fiz, pensando que Lara deve estar muito magoada. Suas insinuações ao discutir com o irmão era tudo que ela pensava, como se eu fosse perdoa-lo.

Eu queria poder me explicar, mas Lara sempre faz isso, some como se não me preocupasse.

Se ela sempre faz isso então, não fique preocupada.

Impossível. Eu sei muito bem o que faz quando some. – neguei ao lembrar das vezes que a peguei cheirando a bebida. — Ela bebe e fuma como se nem quisesse estar viva amanhã.

Taina, ela sabe se cuidar.

Mas custa enviar uma mensagem dizendo que está bem?

Bufei irritada.

Vamos ficar calmas, uhn? Não pode se estressar.

Tudo bem, não quer mais falar sobre isso.

Deixei o assunto de lado, tentando me concentrar na cirurgia. Era difícil, havia vindo trabalhar só para ocupar a cabeça, mas o movimento estava fraco e tudo que aparecia era tão fácil que ia direto para os residentes.

O dia estava frustrante, resolvi que iria organizar alguns papéis da pediatra e Alef me acompanhou também entediada. Estávamos no corredor indo para a secretária, a loira me contava sobre Megan ter defendido um coleguinha seu de um agressor e o quanto a mesma se sentia orgulhosa da filha. Me senti extremamente bem com o que me contou, pensando que criarei minha filha para ser assim e ter um bom caráter.

Quando estávamos quase chegando, vi uma figura muito conhecida de longe. Era ela. Estava de costas para mim e encostada no balcão, conversando com a sua amiga Vivi. Meus punhos se fecharam e minha respiração acelerou, Alef tocou em meu braço.

Taina, calma.

Essa filha da puta!

Esbravejei dando passos mais rápidos em sua direção.
Assim que cheguei perto da mesma, minha mão entrou em contato com seu braço e eu a virei de uma vez só. Os olhos de Lara se arregalaram e só podia ser pelos meus estarem pegando fogo.

os irmãos AlbuquerqueOnde histórias criam vida. Descubra agora