"—Eu te amo baixinha. Muito mais do que já amei alguém. -sorrio aí vê-la relaxar. —Perdê-la para a morte dói menos do que me me imaginar sem você em vida. -terminei lhe dando um beijo na testa e me rendi ao sono"
THAÍS POV's
A escuridão. O breu de estar perdida e não entender se consegue se encontrar. Um pesadelo que você conhece bem, mas não consegue libertar-se ao ponto de acordar. Você ronda pensamentos ruins fazendo de tudo para o torná-los um sonho tranquilizante, mas tudo que consegue é se afundar em mais dúvida.Sonhar com o que presenciou, é pior que criar uma realidade nova. Você se martiriza com o que já viveu, e se mata cada vez mais ao repetir aquilo quinhentas vezes em sua mente.
O sonho vai melhorando aos poucos, e mesmo que você não acorde, você sente que a realidade te reserva algo bom. Ele estava lá. Eu sabia sem ao menos precisar acordar, ele voltou, estava comigo.Eu me sentia mole, como se estivesse bebada ou drogada. Estava cansada, mas precisava acordar. Preciso o olhar nos olhos e dizer que nada, nada daquilo foi de propósito, eu só queria entender porque mente tanto. Eu não sou frágil ao ponto de não poder me quebrar mais uma vez. Sou perito em recolher meus cacos, o que seria mais uma vez...
Finalmente me sentia sonhando, e não era um pesadelo. Eu estava bem, mas uma sensação extremamente desconfortável pairou sob meu corpo. Eu estava quente, fervendo, me sentia soar, minhas pernas tremiam e estava extremamente sufocante.
Acordei. Estava com frio e minhas pernas ainda tremiam, mas minha bunda fervia como nunca. Com a visão ainda meio embaçada, consegui ver resquícios do rosto de Murilo. Eu estava em cima dele, não me lembro como, mas estava em cima dele.
—Desculpa. -foi a única coisa que consegui dizer ao encara-lo.
Lembrei estar apenas de lingerie e um moletom, por isso entendi o frio. Ao nos mexermos a noite, coberta desceu e caiu, agora cobria apenas nossos pés. Mas ao me colocar em órbita, entendi as sensações.
A mão de Murilo, quente fervendo, segurava minha bunda com propriedade. Por isso a sensação de estar queimando por dentro.—Mu... -resmunguei sem conseguir me levantar, ainda me sentia mole.
—Mu, por favor. -suplico qualquer reação dele. —Murilo eu te imploro. -parecia uma vítima rezando sua vida ao assassino.Murilo resmunga e se espreguiça com facilidade, era como se eu não estivesse em cima dele. Segundos depois, ele me olha sem abrir os olhos inteiramente.
—Não consegue dormir? -questiona ele com um tom leve na voz.
—Desculpa. -digo.
—Desculpa eu Tha. Eu falei um monte de besteiras para você, eu não queria... -ele me observa com cautela. —O que foi? -pergunta.
—Você tá machucado. -digo reparando nos arranhões em seu corpo.
—Foi só uma queda. -ele responde ajeitando uma mecha de meu cabelo para trás da minha orelha. —Você me desculpa? -pergunta.
—Eu acho que nós dois erramos, erramos tentando acertar. -comento. —Eu só não quero que me esconda nada por medo de me machucar. Dói muito mais a omissão, do que a verdade. -digo sincera e ele sorri de forma doce.
—Vou processar meu pai. E se você não quiser aparecer como vítima, tudo bem, uma amiga já encontrou outras vítimas... Pedro sabe de tudo que aconteceu comigo e a Bruna, por isso aquela discussão na viagem. E sobre o motivo pelo qual a Bruna se matou... eu acho que não estou pronto para falar sobre isso... -ele diz me causando uma estranha sensação de segurança, era bom ouvir.
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O amor cura tudo - tharilo (abandonada)
Fanfiction*Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são...