25. Odeio todos vocês.

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"E hoje temos uma conclusão muito boa diante a conversa bebada de ontem, se estiver triste, deprimido e não saiba mais o que é sorrir, escute ou conte uma fofoca, sairão daí os melhores sorrisos!"

PALOMA POV's
Estamos conversando desde que chegamos aqui no apartamento dos meninos. Dani e Letícia parecem não se importar em conversar sobre esse assunto... talvez o fato de ser natural para mim e Thaís faça com que elas se sintam a vontade para falar sobre.

—E você Thaís? -pergunto-

—Eu o que? -questiona ela-

—Quando eu cheguei lá no quarto para chamar a bichinha aí, a porta estava trancada, e quando Murilo abriu, dona Thaís estava deitada na cama do Murilo! -dessa vez falo com as meninas-

—Eu bebi muito ontem! -Thaís fala como justificativa-

—E por que bebeu tanto? -pergunto-

—Murilo veio com o assunto da "ligação" -diz Thaís fazendo aspas com as mãos-

—E você vai contar para a gente não vai? -Dani pergunta curiosa-

—Até por que eu quero saber como assim o Davi e você voltaram? E outra, por que terminaram? -pergunta Letícia-

—Os meninos estão tomando banho? -Thaís pergunta séria-

—Sim! -respondo e seguro sua mão , Thaís está determinada a contar tudo e mesmo ela parecendo forte diante suas falas, eu conheço essa carioca muito melhor do que ela imagina, qualquer tipo de conforto ou apoio é um gás a mais para ela conseguir desabafar-

Thaís começou então a contar desde seu sumiço a anos, até os dias atuais e a situação toda que passou comigo esse tempo de "escuridão" como eu gosto de dizer. O tempo inteirinho que ela fala eu seguro sua mão, as vezes a sinto apertar a minha como se se contivesse da dor de lembrar um passado devastador.
As vezes sinto-me insuficiente ao seu lado, Thaís é grande, sabe se cuidar sozinha, e esses anos todos, eu fui suas muletas enquanto estava quebrada, mas não é como se eu pudesse fazer isso para sempre, amigos, melhores amigos, são anjos na terra, mas eu não tenho poderes milagrosos, além de eu ter minha vida. Não quero ser egoísta, mas agora que ela vem melhorando, sinto que talvez ela consiga voar sozinha.

MURILO POV's
Estou no quarto esperando as meninas terminarem a fofoca, fofoca essa que provavelmente eu saberei depois, as conversas sempre se estendem a todos os cantos do nosso pequeno grupo de amigos, como a relação de intimidade é grande entre todos nós, um assunto que surge pelo Ota, por fim chega na Thaís.
Cansei de ficar sentado e decidi então ir para a sala, mesmo que elas parem de conversar, eu não aguento mais ficar aqui enquanto elas fofocam não sala.

Já no corredor, começo a chegar na sala, mas paro, ao olhar para elas, discretamente, uma cena me chama atenção, Paloma segura a mão de Thaís, e o que parece um ato natural e comum, mas se torna um dos maiores Porto Seguros que alguém pode ter.

Ela finalmente começa a falar, sobre o passado, sobre as mortes, até sobre seu pai e tudo que aconteceu com a relação que eles tinham. Fico feliz, por duas coisas, um, Thaís está conseguindo falar sobre o que a fazia temer de medo e lutar conta a dor e a tristeza, mas mais feliz ainda, por saber que ela contou para mim antes.

O amor cura tudo - tharilo (abandonada) Onde histórias criam vida. Descubra agora