Já fazia um mês desde que Moonbin havia sido assassinado. Eu ainda não me conformava com isso, eu não conseguia acreditar no que havia acontecido. Não estava conseguindo dormir direito e nem trabalhar, meus amigos vinham com frequência ver como eu estava mesmo eu dizendo que não precisava. Era difícil aceitar tudo o que havia acontecido.
Eu não sabia quem havia assassinado ele já que por mais que seu trabalho seja um tanto arriscado e perigoso, ele não havia inimigos — ou se tinha eu não sabia — ou alguém que estaria lhe perseguindo.
Como eu ainda não conseguia assimilar tudo, decidi ir até o escritório dele onde eu sabia que ele passava uma boa parte do tempo dele e tem muitas memórias naquele local.
Assim que entrei, vi o escritório organizando como ele sempre deixava e senti meu coração apertar. Fui até a mesa dele que está do mesmo jeito que ele havia deixado há um mês e para ser bem sincero, durante esse mês todo eu não havia entrado lá.
Peguei alguns cadernos onde ele fazia anotações sobre os artefatos que ele havia encontrado ao longo do tempo e acabei achando o diário de viagem que ele sempre levava com ele não importa para onde fosse e comecei a folhear ele até que encontrei algo que me fez cair no choro.
"Paris é incrível. É um país maravilhoso e romântico também. Gostaria de um dia voltar para a França, porém não sozinho, e sim com a pessoa que eu mais amo no mundo, meu namorado Eunwoo. Ele adoraria Paris".
Fechei o diário e peguei o caderno na qual ele anotava sobre os artefatos e comecei a ler para tentar me distrair, assim abro numa página na qual estava marcada com um colar com um pingente prata e uma ametista e fiquei curioso para saber o que era.
"Esse artefato é conhecido como Pingente da Proximidade. Ao ser banhado em sangue, o pingente de prata com uma ametista ovalada passará a emitir uma tênue luz violeta. Isso é muito sinistro, mas também muito interessante".
Ele era um excelente pesquisador e isso é algo que não dava para negar.
Fechei o caderno e o coloquei sobre a mesa, feito isso abri uma gaveta que acabei tendo uma surpresa: ela tinha um fundo falso.
Retirei o fundo e havia outro diário na qual eu não tinha conhecimento. Peguei o diário e abri o mesmo em uma página na qual também havia um colar, mas esse era diferente, ele era em formato de relógio. Desesperadamente, retirei o colar do diário e comecei a ler as anotações que Moonbin havia feito.
"Esse artefato foi o mais curioso e importante que já encontrei durante toda minha carreira como pesquisador. Ainda estou no processo de estudo sobre esse misterioso objeto, mas tudo indica que ele permita que uma pessoa volte no tempo. Não tenho informações suficientes para confirmar se realmente é possível voltar no tempo com esse relógio, mas farei o possível para descobrir mais sobre ele".
Não havia muitas coisas falando sobre ele no diário, mas de uma coisa eu sabia: o relógio possivelmente permitiria voltar no tempo.
Sem ao menos pensar, peguei o relógio, fui até meu quarto onde peguei meu celular e um casaco, coloquei o objeto em meu bolso e saí em busca de alguém que avaliasse artefatos misteriosos.
(...)
Algumas horas depois, eu havia encontrado um rapaz chamado Seonghwa, na qual conhecia bem sobre artefatos.
— Sente-se por favor — me sento — então o que lhe traz em meu escritório?
— Bom... meu namorado foi assassinado e ele era pesquisador, acabei encontrando isso no escritório dele, porém precisava de algumas informações sobre esse objeto — mostro o relógio a ele.
— Você tem um objeto raro em suas mãos, só existem cinco deles — fico surpreso com o que ele diz — porém, ele também é muito perigoso.
— Como assim perigoso?
— Esse relógio pode fazer uma pessoa voltar no tempo, seja há mil anos ou até para o dia anterior, porém qualquer mudança feita no passado poderá ter consequências leves ou graves no presente como mudanças nos acontecimentos mais recentes.
— Existe algum limite de viagens ou limite de quanto tempo você pode ficar no determinado dia para qual a pessoa for? — ele estende a mão e eu lhe entrego o relógio, na qual o rapaz analisa bem o objeto antes de me devolver.
— Analisando bem o objeto, ele é de fato autêntico e por ser verdadeiro não existem limites, porém preciso lhe alertar que se passar mais de duas horas no passado, você nunca mais conseguirá voltar ao presente mesmo se ainda estiver com o relógio, então precisa estar sempre atento às horas
— Entendi... mas tenho outra dúvida.
— Qual?
— Se algo do passado for modificado, existe alguma possibilidade de não afetar tanto o presente?
— Você... está pensando em modificar o passado?
— Somente quero trazer meu namorado de volta.
— Bom... para que o passado seja alterado com sucesso e para não afetar tanto o presente, você precisa refazer o dia do ocorrido, porém não da mesma forma que o dia se seguiu, no caso, basta somente fazer coisas na qual não fizeram naquele dia.
— Suponho que consegui entender.
— Mais uma coisa, não comente em público sobre o relógio do tempo. Soube que a máfia russa está atrás de todos os cinco relógios e eles são muito perigosos, por esse motivo, não deixe que as pessoas saibam que você tem esse relógio.
— Entendido... muito obrigado por tudo — aperto a mão dele, guardo o objeto em meu bolso e saio do escritório.
Se o que ele disse sobre a máfia russa for verdade, talvez eles tenham sido os culpados pelo assassinato do Moonbin, mas não importa quem tenha sido, eu farei a minha vingança.
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Time Traveller - Binwoo
FanfictionApós retornar ao seu país, Moonbin, um jovem pesquisador é assassinado depois de uma das máfias mais perigosas do mundo descobrir que o rapaz guardava um artefato muito poderoso. Por sua vez, Eunwoo revoltado com o assassinato de seu namorado, decid...