𝑑𝑎𝑛𝑔𝑒𝑟𝑜𝑢𝑠 𝑔𝑖𝑟𝑙- Vinnie Hacker

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Parte 1
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Haviamos passado a tarde inteira ali, bebendo, fumando e conversando. O que era surpreendente entre nós.

Vincent me contou o quão sua mãe e seu irmão estavam sofrendo com a morte do Senhor Hacker. Pelo o que disse, seu irmão estava muito mal com tudo, no começo queria de qualquer forma vingar seu pai, Vincent conseguiu o acalmar mas agora está se envolvendo com drogas.

Enquanto eu dançava e cantava ao som de "Truth Hurts" pelo espaço livre que havia em meu quarto, Vincent jogava algum jogo inútil de tiros em seu notebook. Valorant, ou sei lá o que, não importa.

- Estou com fome.- O garoto fechou o computador e olhou para mim.

- O que eu tenho a ver com isso?

- Bem que você poderia pagar uma comida mexicana pra mim, não é mesmo?

- O que ganha não é o suficiente para se alimentar? Você usufruiu da minha maconha e ainda quer que eu sustente sua larica, me poupe.

- Poxa Scar, é só um jantarzinho para o seu sócio preferido.

- Você é o único que eu tenho, e apenas por obrigação.- Peguei uma blusa que estava pendurada na porta do meu closet.- Vamos logo Vincent.

Vi Vinnie se levantar com um sorriso alegre no rosto, qual era o problema daquele menino, meu deus do céu.

Já era 11 da noite quando saímos da mansão, Vincent insistiu em ir a um restaurante que demorava pelo menos umas 2 horas para chegar, disse "se for para você pagar algo a mim, que seja um jantar de qualidade."

No GPS do meu celular mostrava que havíamos andado apenas 30 minutos. Aquilo já estava sendo uma tortura. Depois de muita insistência de Vinnie deixei ele colocar música, mas era impossível, ele não deixava uma música chegar ao fim e já mudava para outra. E quando deixava a música tocar inteira era horrível.

Até que enfim ele acertou, colocou uma playlist de rock, estava tocando "Rock the House- AC/DC" quando vi o garoto ameaçar trocar a música.

- Vincent, se você trocar mais uma vez eu juro que te abandono na beira da estrada.- Voltei minha atenção para a direção quando ouvi outra música começar, rapidamente parei o carro tirei minha arma da cintura.- Sai do carro.- Destranquei a porta e me virei para ele.

- Não, tá muito frio...- Ele sorrio olhando para mim.- Pode atirar.

- Sai do carro porra.- Empurrei o garoto contra o banco, dando espaço para abrir sua porta.

- Scarlet, eu não vou sair.- Mirei para o lado de fora do carro e atirei, o garoto tomou um susto e logo saiu do carro.- Você é louca, caralho!

Ignorei sua fala e apenas dei partida com o carro, não fui tão rápido para não perder o garoto de vista, afinal não ia deixá-lo ali aquela hora, percebi que o mesmo estava andando rápido na mesma direção que eu. Foi então que recebi um áudio de Vinnie "Scar, pelo amor de deus, não me deixa aqui, me desculpa tá? Eu juro que não mexo mais na música... Por favor tá muito frio aqui."

Voltei de ré até aonde Vincent estava parado, o garoto estava com o corpo encolhido por conta do vento.

- Entra logo porra...- Vi ele entrar, no banco de trás tinha uma jaqueta jeans que provavelmente era do Bryce, peguei a mesma e entreguei para o garoto.- Dá próxima vez não sai sem blusa.- O maior estava com uma expressão de raiva.- Eu não ia te deixar aí, seu imbecil.- Me ignorou. Era só o que me faltava.

Eu me recusaria a dirigir mais ao lado do garoto apenas para comer comida mexicana, então dei meia volta com o carro seguindo a direção para casa. Quando estávamos passando no km 15 pude ver um restaurante na beira da estrada, chamava "Franklin Barbecue", era ali mesmo que iríamos comer. Parei o carro e vi o maior descer e entrar no restaurante sem me esperar, babaca.

Andei até a mesa que ele estava e o encarei.

- Desculpa tá Vincent, não era minha intenção fazer você passar frio... eu não ia te deixar lá.

- Você nunca tem intenção, né Scarlet? Qual a porra do seu problema comigo?- Me sentei na sua frente e quando ia começar a falar uma garçonete veio anotar nossos pedidos.

Esperei Vinnie fazer seu pedido, então pedi o mesmo, parecia ser bom. Era costelinha de porco com molho Barbecue. Assim que a mulher saiu de perto, falei:

- Você é a porra de um muleque mimado, insuportável do caralho...

- Você quase atirou em mim Scarlet... Eu que sou o mimado?

- Vai se fuder. Você enchia a porra do meu saco toda hora na escola e eu sou obrigada a amar você?

- É por causa disso então? Por causa da época da escola? Caralho Scarlet...- Ele bufou me encarando.- Me desculpa por tudo aquilo, eu era um muleque idiota que queria atenção da garota que gostava, mas por favor... esquece isso, eu não sou mais aquele idiota.

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