𝑷𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒔 𝒐𝒇 𝒔𝒆𝒂- Bridgerton

🅒🅐🅟🅘🅣🅤🅛🅞 ⓿❶

Dinamarca 15 de maio de 1790

O barco batizado de "A estrela do amanhã" estava movimentado naquela tarde, os marujos tensos com o nascimento do novo herdeiro de Arendelle, não se sabia em que terras estavam, sabiam que estavam bem longe de casa mas ainda assim na Dinamarca.

A rainha Charlotte estava em trabalho de parto em sua cabine, apenas ela e o marido eram permitidos já que, por motivos de estarem a um ano navegando em lua de mel, havia apenas ela de mulher. A dor que sentia não era nada comparado com a alegria pela espera de seu filho ou filha. Nunca em sua vida imaginaria casar-se com o rei, ser aceita como rainha e muito menos conseguir construir uma família.

Charlotte era apenas a filha de um pescador que cantava nos festivais do reino, festivais cujo o rei Phineas nunca havia participado por estar resolvendo assuntos do reino. Mas naquele dia em que entrou naquela barraca e viu aquela linda mulher cantando, se bateu mentalmente por ter perdido isso por anos, naquele dia havia encontrado sua mulher, o amor de sua vida.

Claro que no início o reino ficou com um pé atrás, apesar de todos amarem Lotte e Phineas julgaram aquela como uma atitude que um rei comum nunca faria. Mas Arendelle nunca foi um reino comum mesmo.

Phineas segurava a mão da mulher com todas as suas forças, não fora criado para saber o que fazer numa dessas situações e nunca teve uma mãe presente para saber como é a dor de um parto então estava com medo, apavorado é a palavra correta.

Sua mãe morreu no nascimento de seu irmão mais novo John Philip quando tinha três anos de idade e desde então seu pai se manteve fiel a esposa, até a morte.

No reino onde todos adoravam o mar e tudo que o mesmo fornece, seus reis e rainhas seguiam fielmente a regra de um dos seres marinhos. Lagostas, amam apenas um durante toda a sua vida. Os reis e rainhas que nunca amaram gostavam de acreditar que isso era apenas uma piada até se apaixonarem, aquele amor arrebatador que te tira do chão. Quando se perde esse amor, se perde uma parte de si mesmo que nunca seria capaz de recuperar.

Quando o choro ecoou pela cabine Charlotte chorou junto, de alívio e felicidade pelo seu bebê. Phineas enrolou a criança em uma manta e a admirou enquanto chorava.

-É uma menina-ele murmurou emocionado admirando a criança com cabelos e olhos castanhos escuros de pele clara -Minha princesinha!-entregou o pequeno pacote para sua amada e a abraçou ficando assim juntos admirando o bebê

-Nossa princesa! Nosso tesouro mais valioso-disse a mulher emocionada

-Como iremos chama-la?

Ambos haviam combinado que os nomes de seus herdeiros seriam significativos, significaria algo que aconteceria durante a gravidez ou algo relacionado ao nascimento.

Charlotte encarou o mar pela janela de sua cabine e suspirou, Deus já havia dito o nome de sua pequena.

-Marina- disse a mulher e como se confirmasse eles ouviram um fraco resmungando da bebê

-Vinda do mar, nada mais justo-disse Phineas com um enorme sorriso no rosto- Como iremos batiza-la? Estamos longe de Arendelle

-Filha da terra e do mar-Lotte diz ao seu esposo que franze o cenho-Me ajuda a me arrumar? -Phineas concordou mesmo sem entender e deixou a bebê segura no berço que um dos marujos havia feito de presente as vossas majestades assim que soube da criança.

Enquanto se arrumava Charlotte pediu a seu esposo que avisasse o capitão para ancorar na ilha mais próxima, ainda mantendo o mistério do batizado de sua filha.

Em poucos minutos o capitão Jack avistou uma pequena ilha com uma praia e poucas árvores e avisou aos seus superiores.

-O que faremos agora meu amor?-perguntou o homem que ajudava a esposa a vestir sua pequena princesinha. A bebê estava acordada e olhava tudo ao seu redor com muito amor e curiosidade, quando ouviu a voz de seu pai, seu olhar se focou nele, a primeira pessoa que havia visto e, de alguma forma o coração daquele bebê entendia que devia amá-lo com a sua vida, da mesma forma com a mulher com cabelos castanhos claros e olhos azuis que não tirava o sorriso do rosto