Promise • YoonMin

Sempre a mesma promessa

POV's Park Jimin

Assim que finalmente encontro o doutor Moon Taeil, converso com ele inicialmente apenas sobre o caso de Min Yoongi, sobre o estado em que a mobilidade de suas pernas se encontram atualmente, sem a cirurgia, e quais os riscos que ele pode correr caso faça a segunda cirurgia pra conseguir voltar a andar normalmente. Ele me explicou que, de acordo com os exames que eles realizaram logo após a cirurgia pra remoção da bala em suas costas, Yoongi quase não tem chances de conseguir voltar a andar sem nenhuma sequela e que, preferencialmente, a segunda cirurgia deveria ser realizada, já que os riscos nela são baixíssimos e vão aumentar as chances de Yoongi voltar a andar pra 80%. Ele me diz também que essa cirurgia está sendo estudada pra ser realizada logo na tarde do dia seguinte, já que o tempo é crucial pra que a eficácia dela aumente.

Enquanto conversávamos, por estarmos bem perto da recepção, não demorou muito pra que Daye aparecesse e ficasse por perto e, provavelmente por ver ela perto de mim, Taeil acaba comentando depois de falarmos sobre a situação de Yoongi:

- Você está muito cansado, Jimin... Por que não vai pra casa descansar? Garanto pra você que Yoongi vai estar em boas mãos aqui.

Na mesma hora em que ele diz isso, nego com a cabeça e acabo suspirando logo em seguida.

- Eu não planejo ficar tanto tempo assim longe de Yoongi, e não é só por não querer isso. Ele estava restrito, só poderia ficar nos lugares onde eu estivesse por, no mínimo, seis meses se não quisesse ser preso. Eu ainda não consegui entrar em contato com ninguém pra saber como a situação dele está e não quero arriscar ficar longe por muito tempo e algo acabar acontecendo... - desço o olhar pro meu lado, vendo Daye alternando o olhar entre mim e o doutor na minha frente, parecendo curiosa, já que o assunto envolve o seu pai. Sorrio ao perceber isso e faço carinho em seu cabelo, fazendo ela voltar a me encarar enquanto falo: - Mas eu vou pro meu apartamento pra deixar Daye lá agora. Não quero que ela durma aqui no hospital e acredito que ela vai estar mais segura lá, ao menos por enquanto...

- Mas e o papai, titio Jimin? - Daye pergunta, puxando a barra da minha blusa e me encarando agora com os olhinhos cheios de preocupação.

- Ele precisa ficar aqui por enquanto, Daye, pra que ele consiga se recuperar e ficar forte de novo logo! - explico pra ela, me abaixando e pegando ela no colo com cuidado. Me despeço do médico Taeil e começo a andar na direção da saída do hospital com ela em meus braços, perguntando pra ela: - Não tem problema pra você dormir sozinha ao menos por hoje, certo? Eu preciso voltar aqui depois de te deixar em casa, pra garantir que vai mesmo ficar tudo bem com o seu pai...

- "Em casa"? - ela murmura, me olhando com uma expressão que é uma mistura entre confusão e um pouco de tristeza. - Mas, titio Jimin, o meu papai não me quer... Ele nem me vê como filhinha dele!

- Talvez ele ainda não te veja assim, Daye, mas eu tenho certeza de que aquele teimoso alguma hora vai passar a te enxergar como ele deve te enxergar. E, além disso... - beijo sua testa carinhosamente e sorrio de forma gentil, me sentindo um pouco sem graça em dizer isso pra ela em voz alta, mas sabendo que essas minhas palavras sinceras podem fazer ela se sentir melhor no meio dessa situação toda em que, sem querer, acabou se metendo: - Eu te quero como minha filhinha, Daye. Eu sempre quis ter uma filha...

Ela fica me olhando por alguns segundos antes de abraçar o meu pescoço, apoiando sua cabeça na minha e suspirando logo em seguida.

- Obrigada, titio Jimin... - escuto ela dizer baixinho, e consigo perceber que sua voz está levemente embargada, o que me faz parar de andar e abraçar ela de verdade, realmente tentando fazer com que ela se sinta melhor, nem que seja apenas um pouquinho; até que escuto ela falar alguns segundos depois: - Mas você se importaria em ficar com o meu papai, mesmo assim? Eu vi que ele é bem bravo, mas eu realmente acho que ele é uma boa pessoa!