Promise • YoonMin

Empatia...?

POV's Min Yoongi

Ao sair do prédio, julgo pelo sol que deve ser 16h00. Passar 2 horas naquele consultório parece mais com 24 horas, de tão desgastante...

Caminho pela rua e vejo uma menininha de mais ou menos 5 anos brincando com um cachorrinho na frente de casa. Ela parecia triste e tinha algumas marcas roxas nos braços, nas pernas e no rosto. Chego perto dela.

- Olá, criança...

- Olá... - ela responde, fungando. Parecia estar chorando.

- O que houve? Alguém te machucou?

- S-Sim...

- Quem?

- O filho do meu padrasto... - responde, um pouco embolado por conta da sua idade. - Não quero mais isso...

Suspiro e penso por um tempinho, olhando pro seu rostinho vermelho de tanto chorar. Logo sorrio e estendo minha mão pra ela.

- Você quer passear comigo? Posso dar um jeito nisso...

Ela sorri levemente e segura minha mão.

[...]

Já de noite, olho para o relógio de parede e vejo que já são oito da noite. Após pensar um pouco, decido terminar o que comecei mais cedo. Um pouco antes de sair, escuto a chamada no jornal:

- Uma menina de 5 anos foi encontrada morta esta tarde, com diversas manchas em seu corpo. Autópsia indica violência sexual e espancamento, mas a causa da morte foi por uma droga letal. A família está desesperada e pede justiça, porém os policiais ainda não tem nenhuma pista de quem seja o assassino.

Desligo a TV e saio do apartamento. Já na rua, analiso a foto que roubei do casaco da menina. Penso um pouco e lembro de já ter visto esse cara em uma boate que fica perto daqui.

Acelero o passo e nem preciso entrar no lugar para vê-lo. Estava irritando uma moça que passava por ali. Me aproximo, o que dá a moça o momento de escapar do cara.

- Se divertindo muito? - pergunto, encarando-o.

- Quem é você?

Sorrio.

- A pessoa que deu um destino melhor à sua irmãzinha...

- Foi você! Seu desgraçado!

Ele ia me dar um soco, mas desvio.

- Na na ni na não! Ela era apenas uma criança, já você é um adolescente, quase um adulto! Então, você morrerá de forma mais dolorosa...

Arrasto ele para um beco, e ele começa a gritar muito. Pego meu soco-inglês da cintura e o espanco até a morte.

- Pronto... Acho que nos veremos no inferno...

Sorrio e escuto uma sirene, então escondo o soco-inglês de volta e saio em direção ao meu apartamento.

Fico o resto da noite acordado, analisando e pesquisando próximas vítimas. O tempo passa tão rápido que, quando me dou conta, já está no horário da consulta com o psicólogo.

E eu ainda não decidi se vou aparecer ou nunca mais voltar...