A Justificativa do Ódio...é o amor

De Frente ao Perigo

Tudo era escuro,era como se eu ainda estivesse de olhos fechados,não via nada,não sentia nada,era como se eu estivesse flutuando em um grande vazio

Eu tentava falar e não ouvia a minha voz,eu tentava me mexer mas parecia em vão,a única coisa que eu sentia era uma leve brisa gelada atingindo o meu corpo,como se eu estivesse voando lentamente

Minha mente estava vazia,depois de um tempo não conseguia saber se estava acordada ou dormindo,eu me sentia vazia e triste...muito,muito triste

Já não sabia mais quanto tempo havia se passado,eu sentia aquela escuridão entrar dentro de minha pele,dominar todo o meu corpo,eu não conseguia sentir nada além de fraqueza naquela momento

Até que de repente,uma luz aparece,achei que fosse um anjo ou algo assim,alguma Entidade para me salvar daquele vazio eterno. Foi aí que percebi que meus olhos estavam abertos o tempo todo

Aquela luz,antes branca,começa a escurecer,começo a ficar nervosa pois aquela era minha única chance de sair dali,eu tentava me mexer para ir até ela mas não conseguia,e cada vez mais ela escurecia

Porém,quando a última fresta de luz se apagou, eu observo uma estranha figura saindo de um portal sinistro não muito longe de mim,minha mente começou a rodar e começou a ventar muito

Era como se eu estivesse dentro de um tornado,aquela estranha figura de roupa vermelha,cabelos pretos e olhos demoníacos começou a ir em minha direção,seu rosto era muito familiar,mas por algum motivo eu não conseguia lembrar de quem era

Quando olhava para ele,sentia medo e um pressentimento estranho, de que eu não deveria confiar nele,que ele era um inimigo

Porém,aquela figura então,estende seu braço a centímetros de distância de mim,e me toca suavemente no ombro,um simples toque,tão suave que apenas consegui sentir sua gélida luva de ferro por um instante

E de repente,eu cai,eu cai brutalmente em um chão de areia,e a ventania não podia ser mais forte,agora sentia meu cabelo ao vento,minhas roupas cheias de terra e uma forte dor em minha cabeça

Cobria os meus olhos com a minha mão para olhar para aquela Entidade,mas agora lembrava seu nome

E lembro agora também o que eu estou fazendo aqui...

Eu me levanto com dificuldade,e me acostumo com a ventania e retiro meu braço da frente do meu rosto

E agora sim posso encara-lo cara cara

- Vejo que a Princesinha de Liones não é tão fraca assim...- Zeldris dizia com um tom de deboche

- Você ainda não viu nada - eu rebato

- hum...você não deveria estar aqui,vai morrer em poucas horas dentro desse deserto sem fim,você não tem poder o suficiente para sobreviver. Se jogou na frente da minha presa - ele diz em um tom irritado

- eu salvei Sir Meliodas-Sama,tirei eles das suas garras...- eu digo

-,minha querida...você apenas facilitou as coisas para mim...- ele dizia com um sorriso amedrontador

- Eu daria tudo para salvar o homem que eu amo! - eu digo firmemente

-você acha que ele ainda te ama...mas no fundo sabe que ele apenas te usa para esquecer outro alguém - olho para ele confusa

- e que outro alguém seria? - pergunto curiosa

- Você sabe quem,o único amor verdadeiro da vida dele,seu amor por ele não chega aos pés do amor que ele sente por outro - o olho incrédula

-...- apenas abaixo a cabeça me permitindo pensar - você...eu sei que ele sente algo por você...- eu digo nervosa

- Por mim não exatamente...mas por Zeldris,meu filho mais novo - ele diz com um sorriso estranho