A Justificativa do Ódio...é o amor

Você levou tudo como o vento part.3

Trovões ecoavam pelo céu,arrastando cada vez mais o reino de Camelot para a total destruição

O que antes eram estradas,agora são rios gigantescos formados pela chuva que carregavam qualquer coisa que estivesse em seu caminho. O que antes era uma bela floresta,agora é o lar de diversos monstros e demônios sanguinários...O que antes era um próspero e adorado reino,agora é o lar da própria desgraça e devastação

Da janela da torre mais alta,um jovem demônio observava a destruição que seu clã causou a humanidade,em sua cabeça ele via justiça,mas em seu coração a culpa o consumia

Ele,por sua vez,não sabia o porquê daquele sentimento,afinal ele só estava realizando o sonho que tanto desejava,que era a justiça por todas as vidas perdidas em seu clã

Ele pensava e pensava,cada vez mais sua mente se afogava em um mar de pensamentos mórbidos,enquanto lá de cima,ele via tudo queimar

Até que o jovem príncipe escuta passos atrás de si,passos pesados e lentos,se aproximando da porta do quarto,que,até agora,ele pensava que fosse secreto

Ao ouvir a porta abrir ele pode observar aquele outro demônio,porém com a aparência mundana e uma armadura vermelha escarlate,com um olhar sério e nem um pouco surpresos de ter o encontrado ali

- O que faz aqui,Cusack está te procurando desde que voltaram - o Príncipe fica em silêncio

- algo aconteceu,meu príncipe?- o demônio pergunta,mas não obteve resposta

O demônio respira fundo - Eles estão se aproximando rápido
,Parece que a floresta não adiantou muita coisa - o demônio se dirige para perto do príncipe

- suponho que tenhamos que enfrenta-lo logo,então eu pergunto,o senhor está preparado para isso? - o demônio provoca,e imediatamente uma severa angústia nasce no peito do príncipe

- pois se precisa se esconder em uma torre a beira de um colapso por medo do inevitável,eu acho que não está preparado para ve-lo novamente - Diz o Demônio

O príncipe então suspira profundamente,deixando exposta sua culpa e seu medo que sentia naquele momento,e o demônio por sua vez,observa muito bem esse gesto,e então fez o que todo o demônio faria

- Eu sei o que você sentiu quando aquilo aconteceu,Zeldris. Você se sentiu usado,traído,enganado. Se sentiu como um objeto que havia sido usado,e depois descartado - o demônio se aproximava do Príncipe a cada palavra persuasiva que saia de sua traiçoeira boca - Eu te entendo meu príncipe,eu senti a mesma coisa em Danafor...

- Você não...seria capaz de entender - Zeldris rebate

- saiba que estamos no mesmo barco,meu príncipe. Não quero matar você também - Agora Zeldris escuta o demônio se dirige a porta e sai do quarto após aquela pequena ameaça

" Será mesmo que estamos no mesmo barco,Fraudrin?" Zeldris se permite questionar-se

Ele sabia,lá no fundo mas sabia,que não poderia fugir daquilo por muito tempo,uma hora ele vai ter que encarar esse sentimento,e escolher se o quer,ou não...

•°Na Floresta de Camelot°•

- D...Diane? - King diz Com a voz trêmula