Rockabye | beronica

49

Dinah deu as mãos pra Normani e elas abriram a porta, vendo Lauren, Ally, Kaya e Archie ali, protegendo os filhos.

- Camz! Graças a Deus, o que aconteceu?.- Lauren abraçou a esposa pra si enquanto os outros se aglomeravam ao redor das três.

(....)

- Eu vou pra cadeia, vou perder a guarda dos meus filhos e ainda vou sair como a errada da história.- Betty limpou às lágrimas soluçando após a história ser contada.- Vou pra prisão. Sabe o que fazem com mulheres como eu na prisão?

- Ninguém vai preso hoje.- Archie disse travando o maxilar, cheio de ódio enquanto digitava o número conhecido no telefone.- Alô? Precisamos de você.

- Nós não temos muito tempo antes da polícia chegar.- Normani disse limpando uma das lágrimas.- Isso é o que vamos fazer...

Betty POV

Tudo passou muito rápido depois daquela ligação. O zumbido de mais cedo ainda estava presente em meus ouvidos, não sei se pela adrenalina, pelo medo ou pelo barulho do tiro tão perto da orelha. Verônica ficou impressionada com a minha habilidade, já que bastou uma bala pra atravessar o cérebro dele.

E se eu contar que foi a primeira vez que atirei na vida?

Mantivemos... não, minhas amigas mantiveram as crianças longe dos corpos e dos homens amarrados na sala de pânico.

Eu nem podia me mexer direito.

Quando Hiram chegou, Verônica foi correndo abraçar o pai. Ele a afastou, dizendo "nós não temos muito tempo" e chamou todo mundo na sala, explicando a história oficial e o que cada um ia dizer. 5 minutos depois, a polícia e a ambulância chegaram, e eu ainda não conseguia me mexer.

Eles não pediram que eu falasse nada, os depoimentos dos meus amigos e dos capangas dele além das imagens das Câmeras e da cena do crime já eram mais do que o suficiente. Ficou provado que foi legítima defesa assim que viram as marcas no meu pescoço e o buraco na perna esquerda de Dinah. Minha mulher como sempre foi mestre em ouvir cada um dos meus pensamentos auto depreciativos, e ficou o tempo todo sussurrando no meu ouvido.

"Isso não é verdade, meu amor. Você não é igual a ele. Não se preocupe, nossos pumpkin heads estão bem. Sim, eu ainda te amo mesmo você tendo matado alguém. Sim, você é a mulher mais forte desse mundo. Sim, temos os melhores amigos desse planeta."

É surreal pensar que se passaram apenas 6 meses desde aquela manhã sinistra. É mais surreal ainda pensar que é nisso que estou pensando na noite anterior a minha cerimônia de casamento. Mas sim, eu estou.

- Você não tá pensando em desistir, está?.- minha noiva brincou, me abraçando o melhor que podíamos na limusine.- Porque se estiver podemos totalmente pular esse jantar idiota e partir pros finalmentes.

- Idiota.- a empurro de leve, escutando sua risada mágica.- Não se preocupe, não consigo mais viver sem você.

- Ainda bem.

- Mas quem te fez pensar que vamos ir pros finalmente hoje a noite?

Sua cara de pânico foi impagável.

- Como assim não vamos transar hoje?

- Vee!

- Desculpa! Como assim não vamos fazer amor hoje? É a última vez que vamos transar antes de sermos mulheres casadas!

- Não há nada que eu queira mais que ir fazer amor com você hoje, mas também quero esperar até nosso casamento.

- Se eu soubesse que você era do tipo que escolhe esperar..- ela disse num tom de brincadeira, me fazendo bater em sua coxa com força.- Calminha, mamacita.