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GENTE KKKKKKKKKKKKKK desculpa demorar pra atualizar é que a escola tá louca mesmo.m Perdoa a tia, ok? Amo vcs
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Betty Cooper POV

- Verônica? Você está bem?.- perguntei enquanto as crianças corriam pelo parquinho do restaurante.- V?

- Sim. Estou bem.- ela foi fria e seca enquanto continuava a encarar a parede de vidro.

- Verônica?.- ela olhou pra mim e piscou algumas me olhando meio confusa.- V, fala comigo. O que aconteceu?

- Nada.- engoliu o seco e se ajeitou pra comer uma colherada do Sunday.- Betty, eu preciso te contar uma coisa.

- Pode falar.- eu olhei dentro dos seus olhos, esperando que ela me dissesse que também me queria, que também tinha achado a sua marca, já que a minha estava lá, cada vez mais forte.

- Não aqui. Quando eu te levar em casa.- arqueei a sombrancelha. Ela ia me levar em casa?.- Nós vamos jantar hoje.

- Um pouco mandona você, ham?

Ela franziu o cenho enquanto tomava uma colherada do Sunday numa carinha extremamente fofa, com as bochechas meio rosadas.

- Você não quer sair comigo?

- Não, não é isso.- eu dei uma risada e segurei sua mão.- Só achei engraçado o seu jeitinho.

Ela deu um sorriso de lado e fez carinho com seu polegar nos meus dedos.

- Bom. Muito bom. Quero te levar pra jantar no meu restaurante favorito, ok?

- Sim.- disse, cheia de ansiedade.

Dividimos a conta, e ela ajudou as crianças a entrarem no carro, abriu a porta pra mim e aí sim entrou. Depois ela nos deixou em casa, que foi uns 40 minutos de distância da sua empresa sem trânsito, mas mesmo assim fez questão de me deixar na porta. Se despediu do Scott e da Nia, que subiram correndo pra mostrar ao Joaquín seus deveres de casa.

- Eu não deveria estar no trabalho?.- perguntei, uma vez que amanhã teria uma reunião importante.

- Você vai descansar, ficar com seus filhos enquanto eu trabalho mais algumas horas.- ela fez uma cara de cansada e depois deu um sorriso lindo.- Venho te buscar as sete.

- Ok. O que eu devo vestir? Porque se for desses lugares muito chiques que você me leva eu não tenho roupa.

- Pode se vestir como quiser.- ela beijou meu nariz.- Vai ficar linda de qualquer jeito. Só esteja pronta pra sair comigo.

- Ok.- disse sorrindo e beijei sua bochecha, sentindo o cheiro gostoso do seu cabelo e a maciez da sua pele.- Te vejo as sete então.

- Sim.- ela me olhou intensamente, e eu senti seus olhos queimando minha pele.- Sim.

Então ela entrou no seu carro e eu fui a acompanhando até que o carro saiu da minha visão. Eu entrei, e brinquei um pouco com as crianças. Depois, fui tomar um bom banho. Olhei meu guarda roupa e fiquei alguns minutos analisando as roupas, sentada na cama. Acabei por decidir por um vestidinho meio transparente, com flores verdes tapando a visão das minhas partes íntimas. Fiz uma maquiagem bem leve, apenas passando um batom claro e quando vi já era 18:30h da tarde. Então fui chamar o Scott pra conversar.

- Filho, senta aqui.- bati de leve na cama, e ele se sentou com uma carinha de medo do meu lado.- Aconteceu alguma coisa na escola hoje?

- A tia Ronnie falou pra você?.- ele perguntou com os olhinhos cheios d'água.

- Amor não precisa chorar.- limpei as lágrimas que escorreram.- Só me diz o que aconteceu.

Ele respirou fundo e ajeitou as perninhas, me olhando com aqueles olhos verdes e o nariz vermelho. Meu deus, ele se parece comigo.

- É que tem esse garoto, ele é do segundo ano. E ele sempre diz que eu só consegui vaga na escola porque você está dormindo com a tia Ronnie, mamãe. E eu não sei o porquê, mas outros meninos da turma dele também me zoam, por causa do sotaque ou das coisas que tem nomes diferentes de lá. Eu não entendo, mãe. E ai ele disse que nem o meu pai me quis, porque eu não sou homem de verdade.- senti meu sangue fervendo enquanto ele detalhava as coisas chorando, realmente parecia não entender o porquê faziam bullying com ele. Mas bullying nunca tem um motivo.- É verdade, mãe? O pai não me quis por isso?

- Não, bebê. Lembra que eu disse que seu pai era mal?.- ele assentiu como sim.- Seu pai batia na mamãe. E fazia muitas coisas erradas e não é esse o exemplo que eu quero te dar. Ele não estava sendo um bom pai pra vocês, e é por isso que nós saímos. Mas o seu pai te ama muito, ok?.- limpei suas lágrimas e beijei a testa, seus olhos e nariz, arrancando um sorrisinho dele.- E ser homem de verdade não é ser como esse menino. É ser gentil, forte, inteligente e doce como você, filho. Você é o meu homenzinho preferido.

- Mesmo?.- seu rosto se iluminou.

- Mesmo, bebê.- a campainha soou e eu me levantei, ajeitando o vestido.- Agora eu tenho que ir. Mas vamos falar disso depois, ok?

- Sim senhora.- ele se levantou.- Mãe? Se você estiver mesmo com a tia Ronnie eu não me importo. Ela é muito legal e me dá sorvete.

Sorrio pra ele e me despeço de Nia e Joaquín, descendo as escadas até encontrá-la encostada em seu carro.

Diferente dos looks que sempre vestia, Verônica estava usando uma calça jeans escura cintura alta, um croppet azul com flores vermelhas e sapatos de pano azuis escuros. Seu cabelo estava envolto num coque, e ela não usava nenhuma maquiagem. Assim que me viu, sorriu e segurou minha mão, me trazendo mais pra perto.

- Perfecto.- sussurrou e me beijou a bochecha.- Seu perfume é tão gostoso. Como você está?

- Bem, acabei de conversar com o Scott sobre aquele assunto.- ela assentiu como sim parecendo meio preocupada, mas depois abriu um sorriso. Parecia leve, feliz.- Mas obrigada por elogiar meu perfume. Você também não fica atrás. Agora, onde vamos?

- Já disse, no meu restaurante preferido linda.- sorri ao apelido e ela entrelaçou nossos dedos antes de abrir a porta pra mim. Fechou com cuidado e foi até o seu lado, ligando o carro.- Você está vestida perfeitamente, não se preocupe. Acho que eles vão amar.

- Eles quem?.- arqueei uma sombrancelha e ela me dá um sorrisinho sapeca, enquanto dirigia o Porsche.

(...)

Cerca de uma hora depois, chegamos num bairro dos mais afastados, e então ela estacionou seu carro ao lado de varios outros bem inferiores ao dela, mas parecia não se importar. Apenas abriu a porta e me deu a mão.

- Sabe aonde estamos?.- eu mexi a cabeça como não.- Num dos bairros mais afastados do centro, aqui só falamos espanhol.- minha face espantada pareceu a divertir, porque beijou minha bochecha e voltou a entrelaçar nossos dedos.- Vem, vamos.

Passando pela rua, várias pessoas a cumprimentavam em espanhol, que eu só entedia o básico, mas ela falava fluentemente. Várias homens assubiavam pra ela quando me viam, e ela levava tudo numa boa, sorridente. O que seria totalmente diferente se estivéssemos no centro.

- V, onde estamos?.- perguntei curiosa.

- No bairro onde eu nasci.- ela diz simplesmente, enquanto andamos. Chegamos num aglomerado na rua, onde algumas um casal dança um tango bem animado. Ela ri e bate palma, se arriscando a dar alguns passos bem coordenados Com um jovem que aparece no nosso lado.- Vem, vamos. É por aqui.

Ao passar pelas pessoas na rua, paramos em frente a um estabelecimento com uma placa escrita em espanhol, e com o que aprendi no colégio consigo traduzir:

Comida da vovó.

Rockabye | beronicaOnde histórias criam vida. Descubra agora