I WILL NEVER LET YOU GO - 48

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Narrador POV

Tudo estava muito quieto desde que entraram no quarto. Jughead observava tudo atentamente, como se estivesse comparando com o que tinha em mente.

- É, eu vejo porque me deixou.- disse com um sorrisinho.- As coisas aqui são bem mais maneiras. Eu contei 2 andares nessa cobertura? fora o terraço, certo?

- Sim Jughead, eu te larguei por isso e não porque você me espancava e usava drogas e comia prostitutas na mesma casa que nossos filhos, além de ser chefe de uma gangue.

- Não seja tão ácida Bettyzinha.- ele se virou pra ela, sentando na poltrona de couro.- Eu não sou tão ruim, sou? Não responda.

- Eu não pretendia. Me diga logo, o que você quer?

- Eu já te disse querida..- o olhar nos olhos da loira o fez perceber que não adiantava mentir.- Certo, certo. Eu não vim lá de Riverdale só pra isso, tenho mais assuntos aqui em Nova Iorque.

- Como por exemplo?

- Minha alma gêmea vive aqui.- ele deu de ombros.- Obviamente você sabe que não estou falando sobre você. Mas de qualquer jeito, para renegar a alma gêmea completamente os dois tem que querer e mais importante que isso, tem que estar juntos. Então vim fazer isso. E também, querida, vim pegar os nossos.. meus filhos.

Ele sorri, cruzando as pernas enquanto acende um cigarro, oferecendo um pra Betty que recusa.

- Você sempre foi tão puritana.

Ele revirou os olhos, mas ela riu baixinho. Se ao menos ele soubesse das coisas que fizera com Verônica, saberia que não, Betty não é nem um pouco puritana. Ao contrário, é uma sadomasoquista com fetiche em exibicionismo.

- Você realmente acha que pode levar os meus filhos sem que eu ou a mãe deles faça nada?.- disse debochada.- Quando você me conheceu eu realmente não era ninguém, mas agora eu mesma tempo o dinheiro e a influência pra te caçar, Jones.

- Oh eu sei disso. Sei mesmo, Srta trabalho com um membro do bts e numa empresa que está revolucionando a moda atual.- ele rebateu.- Na verdade, espero que você faça isso. Sempre amou demais aqueles pestinhas, não que eu entendesse muito bem. Eu só quero algo que deixei com o Scott.

- Como assim?.- ela franziu as sobrancelhas grossas.- Não tem nada que você tenha dado a ele que eu não tenha visto.

- Não está com ele agora.- disse apagando o cigarro contra o couro da poltrona.- Preciso dele pra pegar, entende?

- E o que vai fazer com eles depois?

Ele riu. Gargalhou na verdade, como um vilão de anime quando perguntam sobre seu plano maléfico.

- Os darei para a "La llorona".- falou entre risadas. Betty não entendeu, não havia ninguém que ela conhecesse com esse nome. e até onde ela sabia, Jughead nunca sequer mencionou essa pessoa.- Não espero que você entenda, mas sua noiva vai entender.

Ele apontou pra a enorme aliança de diamante no dedo anelar da Cooper. Então ele tinha reparado?

- Quando foi o pedido?.- ele perguntou.

- A 2 meses atrás.- ela disse, mostrando a mão pra ele.- Foi incrível.

- Eu imagino.- ele parecia quase sincero ao dizer isso.- Bettyzinha.... imagino se algum dia você vai me perdoar.

- Saiba que não.- ela respondeu instantaneamente.- Eu desprezo você, Jughead Jones. Apesar de ser alguém indiferente na minha vida, eu sinto nojo de você e de tudo o que representa. A única coisa boa que você ou nós fizemos juntos, foram os meus filhos.

- Céus, pelo menos diga nossos.- ele se jogou de volta na poltrona.- Assim você me magoa.

- Sim, nossos, meus e da Verônica. Você nunca fez nem faz parte dessa família.- cuspiu as palavras, seu sangue bombeava tão forte em seu sistema que ela podia ouvir o zumbido em seu ouvido.- Eles não sentem sua falta, e só conhecem você como o homem que devem ficar longe. Verônica é a mãe deles, Jughead. É ela que eles reconhecem e amam tanto quanto me amam. Não pense por um segundo que eles vão ir com você ou que vão gostar de ficar ao seu lado. Meus filhos o desprezam tanto quanto eu.

Ela viu uma raiva que nunca tinha visto presente nos olhos do Homem. Ele se levantou, pronto pra dizer umas poucas e boas para a ex, até que vê um movimento súbito na porta e a agarra, colocando a Glock contra a têmpora direita de Elizabeth.

- Porra, de novo isso?.- murmurou irritada.

- Opa opa opa.- Archie ergueu os braços, enquanto Verônica tinha-o na mira de sua própria arma.- Muita calma nessa hora..

- Eu sabia que você ia dar uma de heroína, mas que merda.- ele xingou, apertando o braço contra o pescoço da loira.- Mas olha só, eu também sei que você ama minha ex mulher mais do que me odeia. Você não vai atirar.

Verônica sorriu, abaixando a arma.

- Você tem razão, eu não vou.

- Verônica?.- Betty gritou incrédula.- Pode pegando essa porra e atirando nele sim, vambora.

- Fique quietinha minha pimentinha.- ela piscou, colocando a arma na cabeceira da cama.- Você pensou em tudo, não é? Sabia dos guardas, dos horários de saída das crianças... 

- Eu sempre fui o inteligente da sala.- deu de ombros.

- Mas você só não contava com uma coisa...

- Que você é mais? Me poupe. Não vou cair na mesma ladainha que fez a Penny desaparecer.

- Bom, eu sou. Mas não é disso que eu estou falando.- ela sorriu largo.- Você não contava que além de ser uma ótima escaladora, Dinah é campeã estadual de jiu jitsu e  faixa preta no judô.

- Anh?

E antes que ele pudesse pensar, a loira de quase 1,80 o desarmou e nocauteou com um movimento só. Enquanto brigavam pela a arma no chão, Betty saiu correndo e pegou a arma da cabeceira, ouvindo o grito de dor da amiga.

- Porra, seu merda!.- ela pisou na mão dele o mais forte que pode, chutando a glock pra longe enquanto tentava estancar o sangue em sua coxa.- Eu tenho um show daqui 3 dias! Minha mulher vai me matar!

- Dinah isso lá é hora de pensar em show?.- Verônica exclamou enquanto ajudava a amiga a andar.- Você tomou um tiro!

- Você consegue ficar aqui?.- Perguntou Archie antes de colocar o outro braço de Dinah ao redor de seu pescoço. Quando Betty respondeu com um som nasal, ele voltou a ajudar a amiga a descer as escadas.

- O que está fazendo?.- ele gemeu enquanto a loira mexia em algo em sua bolsa.

- Não é óbvio que eu vou ligar pra polícia?

A risada maléfica, mais uma vez arrepiando cada pelo nas costas dela.

- Chame a polícia, peça pelos meus amigos que jogam futebol comigo todo domingo.- ele sorriu e limpou o sangue com a manga da jaqueta.- mesmo que eu vá preso por um tempo, o que você acha que vai acontecer quando eu sair? Eu vou te achar e eu vou te fazer pagar.

E Betty, com a mão tremendo segurando no cano frio da arma, com o suor correndo por suas mãos disse:

- Eu sei que você vai.

Um som de tiro foi ouvido pela terceira vez naquela manhã, fazendo com que Verônica deixasse o kit de primeiros socorros na mão de Normani e saísse correndo o mais rápido do que correu em toda sua vida. Ao chegar no quarto, finalmente conseguiu respirar. Era o corpo de Jughead Jones ali, sem vida.

finalmente.

Rockabye | beronicaOnde histórias criam vida. Descubra agora