Prólogo

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 4 meses atrás.

- Já chega Sakura, eu e sua mãe não vamos mais aturar esse comportamento. Está agindo como se fosse uma maloqueira sem futuro! - O homem de cabelos rosados, quase ruivos gritava a plenos pulmões com a filha sentada a sua frente enquanto a mesma mascava um chiclete com uma expressão sínica no rosto. 

- Fazer o que eu gosto me torna uma ''maloqueira'', papai? - rebateu sem paciência olhando para suas unhas pintadas de vermelho que lhe pareciam mais interessantes do que aquela conversa.

Desde que contou para os pais que seguiria a carreira como funkeira era esse tormento. Os dois simplesmente surtaram e sempre que algum vizinho fofoqueiro falava que ela estava em algum beco, esquina ou rua cantando as músicas que gostava ou até algumas que ela mesma escreveu eles a chamavam para ''conversar''.

O que sempre resultava em seu pai gritando com ela e a mãe ao lado com cara de desgosto, mais o que podia fazer afinal? Era o seu sonho. 

Tudo bem que ser mc não era o mesmo que fazer medicina, e ela sabia disso. Na verdade entendia o lado do desespero dos pais, seu pai trabalha em uma empresa como operador de empilhadeira enquanto sua mãe trabalhava como auxiliar de limpeza em uma escola particular. E Sakura agradecia por estudar em uma escola pública. 

Estava ciente que as coisas em sua casa não estavam indo bem, tanto pelas despesas como as dívidas de sua mãe com agiotas e isso não era nada bom. Por mais que os dois trabalhassem - como loucos - ainda não era o suficiente. 

 

- Sakura querida, o que está havendo com você? Desde que você colocou essa ideia maluca na cabeça de se tornar mc está agindo como uma verdadeira malcriada. - Sua mãe tomou a palavra fazendo o mesmo discurso de sempre o que fez a rosada segurar a vontade de revirar os olhos. 

- Mamãe por favor, já tivemos essa conversa milhares de vezes e vocês nunca me fizeram mudar de ideia, por quê agora seria diferente? - Perguntou despreocupada para a mulher de cabelos loiros a sua frente.

- Ora menina, somos os seus pais e queremos o melhor para você, deveria saber que estamos certos quando falamos que o melhor é desistir desse ''sonho'' e se preparar para a faculdade de medicina! - Explicou o mais velho. 

- Já disse que não vou fazer medicina, não insistam! - ralhou passando as mãos nos cabelos róseos que herdou do pai, a única diferença eram os tons, sendo o de Sakura mais claro, um rosa pastel.

Levantou-se e não se importou se os pais ainda falavam, apenas deu as costas indo em direção a cozinha pegando uma garrafa d'água e uma maça.

- Não vire as costas enquanto falamos com você Sakura Haruno! Você está ciente das nossas condições e sabe que não tem tempo para brincar de cantar nas esquinas por ai, devia pensar no seu futuro! - Falou severamente com um olhar de causar calafrios em qualquer um. 

Menos na rosada. 

- E temos condições de pagar uma faculdade de medicina papai? - cuspiu e viu o homem arregalar os olhos. - Você está fazendo tempestade em um copo d'água, os dois estão. Preferem se matar de trabalhar para pagar algo que não podem ao invés de me deixarem viver e decidir o que eu quero fazer ou não. - esclareceu com a expressão séria no rosto indicando que não teria mais discussão. 

Pegou a mochila preta que estava no chão perto do balcão e se virou para sair pela porta dos fundos. 

- E para onde você vai? - A mãe da garota questionou. 

- Vou pra onde a minha música é bem recebida. - murmurou 

- Nada de andar com aqueles caras da tal Akatasuki. - falou fazendo um bico engraçado. 

- É Akatsuki pai. E eu não vou. - disse sorrindo sapeca levantando a mão até a altura do rosto para mostrar que a promessa era verdadeira. 

Os dois assentiram respirando fundo e saíram da cozinha em seguida. Deixando uma Sakura com a outra mão atrás da costas com os dedos cruzados. 

Definitivamente, era uma menina rebelde mas quem ligava? Ela mesma não.

Pegou suas coisas e saiu como um raio de casa para se encontrar com seus garotos preferidos. 

Seu pai não queria de forma alguma que ela se misturasse com a Akatsuki, mais ele não precisava saber, não é? 

(...)

E na praça das cerejeiras, o local predileto da rosada; o lugar que a inspira a escrever suas letras e a envolve em uma paz inexplicável. 

Caminhava entre as árvores sentindo o vento balançar seus fios longos enquanto algumas pétalas de cerejeiras caíam sobre o chão. 

Agradecia ao pais pelo seu nome, o amava de todo o coração. Chegava a ser engraçado o significado de seu nome ser o nome de uma árvore e ela amá-las. 

Acendeu um cigarro que estava perdido no bolso de sua jaqueta preta. Era inevitável não pensar em seu pai quando soube pelos vizinhos fofoqueiros que ela estava fumando. 

Levou uma bela surra e ainda teve que esconder alguns roxos que ficaram, mais não podia culpá-lo afinal qual pai sente orgulho da filha ser uma fumante? 

Mas a essa altura do jogo ela não se importava com mais nada, sendo a filha perfeita ou não sempre falta algo. 

Deu um trago longo na nicotina e prendeu por alguns segundos, pois é, no final ela gostava da sensação. 

Viu seus amigos rindo de alguma besteira e homem com cara de peixe emburrado. 

- Ei Sakura! - O cara de cabelos vermelhos e olhos amendoados a chamou, fazendo todos prestarem atenção nela. 

- E aí, Sasori? - Ela respondeu dando um beijo em sua bochecha, fazendo o mesmo com os outros. 

- SAKURA-SENPAAAAAI! 

Tobi saiu de um bueiro correndo em sua direção para abraçá-la, Sakura tinha certeza de que mesmo com 21 anos ele não deixaria de agir como uma criança nunca. 

- Já chega Tobi ou o Dei vai ficar com ciúmes! - Ela provocou o loiro de cabelos longos. 

- Eu não tenho ciúmes desse desmiolado! 

- Jashin está vendo você mentir na cara dura Deidara. - Hidan se pronunciou. 

- Não se preocupe Deidara-senpai, não conto para eles que você estava se declarando pra mim ontem! 

Todos começaram a zoar o loiro fazendo-o sair correndo atrás do Tobi enquanto pedia socorro. 

Sakura gargalhava com a cena e pensava que se seu pai conhecesse esses meninos mudaria de opinião na hora. Esses idiotas não fariam mal a uma mosca! 

E ela se sentia feliz por poder ter a amizade deles. 































Perdoem os erros, vou revisar mais tarde.

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