20

73 11 0
                                    

Saímos em direção a carruagem que incrivelmente estava a nossa espera. Dominique me pediu para que eu entrasse e comunicou ao criado para que me levasse, quando ela iria voltar para lá eu segurei seu braço

- Aonde você vai? Não pode voltar lá. - Ela me olhou com aqueles olhos escuros e não havia escuridão que a afetasse e trouxesse melancolia alguma - Por favor, entre! - Dominique tentou desviar-se por um momento - Se você me ama, venha comigo; não é o momento certo para ganhar coragem. - O brilho dos seus olhos me acompanharam até a entrada para dentro da carruagem e eu finalmente pude sorrir com satisfação.

- Não o teme? - Dominique pressionara o seu olhar sob a grande abertura a nossa frente dando a visão do criado do lado de fora.

- Por que eu deveria? - Ela olhou em meus olhos e eu abri um dos meus sorrisos - Eu temo o que ele poderá ser capaz de fazer, mas eu não o temo.

- Eu apenas não quero que você se machuque.. - Seus olhos negros ganharam uma forma que talvez eu nunca tivera visto, ela estava com medo.

- É alto em minha mente..

- O que?

- Tudo o que ainda poderemos viver - Abracei Dominique com todas as forças e parecia que a o tempo havia parado, e só estávamos nós e naquele momento eu apenas não precisava demais nada.

(...)

Estávamos andando pelo jardim iluminado pela luz da lua em nossa pele, a grande casa estava inteiramente escura e apenas restará nós naquele local.

- Esse lugar não é desconhecido - Dominique se pronunciou depois de tanto tempo em silêncio, ela estava de bom humor. Mesmo não sabendo exatamente o que viria depois deste momento.
Eu realmente não quero saber o que tem para o amanhã, mas eu continuo buscando a iluminação que Dominique deixa em seus rastros e isso tem de ser o suficiente para o que eu sinto.

- Foi onde tudo começou..

- Não, foi onde tudo veio a tona novamente

- Queria lembrar mais da nossa infância - A olhei de lado mas assim que percebi o seu olhar, virei meu rosto novamente. - Apenas lembro-me de momentos tristes e poucos dos quais estávamos realmente felizes.

- O importante são as boas que você tem. nesse momento e apenas neste horizonte. - Seus olhos brilharam como a própria lua apesar de escuros me aproximei o suficiente para beija-la. Não me importando em algum dos guardas estarem rodeando os arredores.

- Podemos entrar agora..

- Entrar? - Seu olhar ficou confuso

- Sim, podes ir embora cedo pela manhã. - Dominique pareceu estar mais aliviada com minha frase.

- Tudo bem. Não é como se fossemos fazer algo, não é mesmo? - Seguiu mais a frente de mim.

- Tudo poderá ser possível - Dominique virou-se em minha direção e me olhara perplexa.
- Foi ironia. - Gargalhei e ela correspondeu com um sorriso.

- Vamos. - Peguei em sua mão e a guiei para a entrada do jardim que estara mais perto de nós

- Um tanto arrepiante

- O que? - Olhei sua íris negra que se encontrou com o escuro da noite

- O palácio a noite.. - Sorriu suavemente

- Esta atmosfera sempre combinou com você, mesmo que discorde. - Iniciei a caminhada pelo palácio. Eu apenas conseguia enxergar direito os cabelos ruivos de Dominique de forma nítida ao olhar para trás. Sua mão estava quente dentro da minha. Acho estou conseguindo esconder um pouco do meu nervosismo perto dela, não sei o que acontece comigo, já somos tão íntimas e mesmo assim é como se estivéssemos no começo.
Passamos pelas escadas chegando próximo ao meu quarto.

- Bom, chegamos - Olhei para ela, mas apenas conseguia focar em seus lábios rosados.

- Bom, então deve me guiar até o quarto no qual vou me ausentar - Abri a porta do meu quarto lentamente, Dominique ficou com seu olhar perdido mais e mais na escuridão do palácio. Eu não aguentei. Me aproximei e fui socorre-la pelos lábios de uma forma dócil de momento mas ela aprofundou o beijo entendendo exatamente onde eu ansiava a chegar.
Consegui guia-la para dentro do quarto e em seguida até a cama, subindo por suas pernas em seu colo sem quebrar o beijo.
Me ergui por um momento para fechar a porta.
Quando me dei por ver Dominique agarrou-me fortemente pela cintura e seus beijos estavam em minha nuca descendo pela abertura das costas.

- Deveríamos ir dormir - virei-me para sua frente

- Nós iremos.. - Meus lábios fizeram uma pausa - mas só depois de você terminar esse trabalho - Meus lábios voltaram a sugar os seus com força e a movimentação continuara lenta.
Seus dedos desceram para o feche do vestido abrindo-o.

(...)

- Mademoiselle? Mademoiselle? bom dia, senhorita - Acordei-me com o barulho sob a porta. Amma, eu havia esquecido!

- Sim, Bom dia, Amma. - Olho para toda a bagunça e ao meu lado enxerguei o paraíso de uma forma lindamente diferente, eu realmente não estou acostumada com seios  expostos ao sol, era uma cena cativante. Pude me aproximar para sentir o aroma de seus longos fios de cor alaranjada, eu estava apaixonada.

- Amma, já vou descer, merci..
- Ouvi o barulho de seus sapatos sumindo com seu andar. Meus olhos são inspirados a olhar o corpo nu de Dominique ao meu lado, que dormia de forma intensa. Ela estava cada vez mais glamourosa sua beleza era encantadora, pode ser estranho essa concepção; Dominique sempre tende a ser misteriosa mas de fato de uma grande beleza e de fato desde criança. Me aproximo de seu ouvido

- Bom dia - Seu corpo ganha movimento de forma lenta - Devemos ir tomar o nosso café da manhã..

- Não - Ela abre seus olhos abrindo um sorriso doce em seus lábios - Não te preocupes, tomarei meu café da manhã na cidade.. - Não negarei que sua decisão deixou-me desaflorada mas não pude desmontra-la meu desapontamento.
Me deitei despida sob a cama. Dominique levantou-se com uma certa rapidez brusca colocando seu vestido que era de uma cor púrpura levemente rendado. Ela parou quando colocou seu espatilho, seu olhar tornou-se indescritível mais uma vez, parecia que Dominique estava a parar o tempo para enxergar-me a alma. Sua aproximação repentina ardeu-me por dentro mas não foi o suficiente um único beijo dela em meus lábios para me esfriar

- Devo me retirar..- Sussurrou perto de meu rosto

- Creio que sim - Expressei e finalmente foi transparecido um lindo sorriso de Dominique; que logo voltou-se a vestimenta

- Podes encontrar-me pela tarde? - Dominique olhava fixamente para meu espelho

- Sabes que sim.. - Seu olhar desta vez correu em minha direção - irei ao seu encontro nesta tarde

- Esta vista, é com certeza uma das mais belas Mademoiselle - O rubor tomou meu rosto de uma forma avassaladora quando Dominique tivera se referido ao meu corpo.

- Creio que deves ir, não temos tempo agora.. - Dominique gargalhou sem fazer muito barulho e em seguida abriu a porta do quarto.

- Sozinha.

Dor e Coração (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora