[Webcam_20/01/600X]
Deitada em sua cama, Shiori reflete consigo mesma: O dia finalmente chegou. Dúvidas como "O que exatamente vou ter que fazer?" ou "O quanto vou ter que me expor ao perigo?" invadem sua mente.
Em uma mesa, num dos cantos do quarto, há um notebook com uma câmera e algumas anotações na própria mesa.
Durante esse período, coisas aconteceram e qualquer um dentro desse local subterrâneo se recusaram a contá-la qualquer detalhe a mais sobre a situação atual.
— E aí, como tá sendo o seu tempo aqui? — A porta se abriu repentinamente. O indivíduo que caminhou para dentro do quarto é alguém que vive nos computadores, Ande. Entrou carregando uma pasta quadrada e preta, que impossibilita visualizar seu conteúdo.
Na verdade, Shiori passou tanto tempo refletindo sobre ser obrigada a trabalhar para eles, que sequer pensou sobre essa pergunta. Alguns indivíduos ali são receptivos, entretanto, outros como Mota são mais reservados e grosseiros, portanto, não pode dizer que recebe o pior ou melhor dos tratamentos.
Por outra perspectiva, cumpriram o que prometeram. Todo dia há comida suficiente e um lugar seguro, um quarto com tranca e cama, para que possa dormir. Dividir o quarto com outra pessoa sequer é um problema.
— Até que tranquilo. — Deu-lhe uma curta resposta, tal como sua conversa com todos. Apesar da hospitalidade, não sabe se são pessoas de confiança, afinal, a sequestraram a fim de trazê-la até aqui. — O que tem aí? — Apontou para a pasta.
Se aproximou de Shiori, sentando-se ao seu lado na cama.
— Eu não sei... Mas esse é seu trabalho, parece. — Empurrou a pasta para a direção da jovem. — Mas você precisa fazer isso. — Ela notou, ele está sério.
Pegou a pasta e a chacoalhou, sentiu uma ou duas pequenas caixas ali dentro, além de claro, papéis.
— O que falaram pra fazer, exatamente?
Ande se inclinou e pegou algo no seu bolso detrás da calça, um papel dobrado. O entregou também.
— Tá nesses papéis aí suas instruções... — Ela o respondeu com um murmúrio baixo e desinteressado. Desconfortável, ele se levantou. — Então... Acho que vou indo... Ah é, última coisa. Como essa é sua primeira missão... Não se preocupa, vai dar tudo certo, só ficar tranquila.
— Valeu. Vou tentar fazer direitinho. Relaxa.
Após alguns segundos, a porta do quarto se fechou. Como garantia que ninguém mais viria, fora trancá-la.
Se aproximou novamente da cama, respirou fundo. Os papéis dobrados continham apenas instruções do que poderia ou não fazer. Dentre as proibições, encontra-se "Jamais viole as embalagem. Caso o faça, haverá punições" além de, claro, endereços. No segundo papel, a seguinte informação: No escritório 2, há mais pacotes que deverá entregar.
Sem pensar duas vezes, abriu a pasta, observando de fato haver duas pequenas caixas retangulares e três papéis. Com a porta trancada, não há como verem-na, afinal.
De lá, tirou um dos papéis e começou a lê-lo...
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Crônicas de Aethernum
Science FictionLéxi recebe uma encomenda estranha. Contendo informações sobre um caso não solucionado da polícia e de uma suposta organização secreta. Tendo sua curiosidade despertada, começou a seguir pistas a fim de solucionar esse caso, cooperando anonimamente...