Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
•WENDY
Não sou acostumada a ser notada pelas pessoas, e sinceramente eu prefiro assim, não sou o tipo de pessoa que gosta de receber muita atenção, não em excesso.
Entro no meu quarto bufando, tinha acabado de chegar da escola, e ao entrar pela porta da minha casa já conseguia ouvir os gritos da minha mãe com meu pai.
Eu realmente já não aguentava mais aquilo, todo dia a mesma coisa. Sempre me senti culpada pelas brigas, porquê o motivo sempre era eu.
Graças a eles que transaram sem camisinha eu nasci e acabei com a adolescência da minha mãe e isso a fez desenvolver raiva de mim e do meu pai.
Já que não se amam mais, por quê não se separam? Isso é tóxico pra caralho, por quê ficar insistindo? Mas que merda!
Acabo percebendo que fiquei tempo demais deitada pensando, então me levanto e vou tomar meu banho, lavo meu cabelo pois já fazia dois dias que eu não lavava, como meu cabelo é ondulado os fios se embaraçam mais fácil e sempre tenho que ficar lavando.
Saio do banheiro já com o meu pijama, e pego um remédio pra me ajudar a dormir, meu celular apita e percebo que é uma mensagem do meu pai, dizendo que a janta está pronta, respondo que não estou com fome, e vou me deitar.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acordo com meu despertador tocando, percebi que já estava atrasada, então me levanto correndo e coloco a primeira roupa que encontro na minha frente.
Eu não ligava de ir com qualquer roupa, ninguém ia notar e de qualquer maneira eu não ligava.
Saio de casa e vou correndo pra escola, eu sempre ia a pé até porque ficava há uns 10 minutos da minha casa.
Eu sabia que ia perder a primeira aula, e por sorte a primeira aula do dia era de literatura, e nunca tinha faltado nessa matéria, agradeço mentalmente por isso.
Eu sinceramente não gosto de estudar, mas já que não tenho mais nada pra fazer além disso eu me dedico, sempre tentei chamar atenção da minha mãe com isso, mas ela nem ligava, eu tinha que fazer pra orgulhar a mim mesma.
Quase nunca tenho oportunidade de receber a atenção do meu pai, porque ele trabalha até tarde, raramente aparece em casa, como foi o caso de ontem. Ele sempre está no trabalho fazendo "horas extras".
Eu tinha um amigo, um que eu pude contar, um amigo de infância, mas com 8 anos ele se mudou, e não soube mais dele. Espero algum dia conseguir me encontrar com ele mais uma vez, mas acho que seria impossível.
Mas uma vez chego em casa, mas estranho por não ouvir gritos, e vejo oque é mais estranho ainda, minha mãe e meu pai, sentados no sofá, como se me esperassem, pra contar algo.
Já ia seguir direto ao meu quarto quando ouço meu pai me chamar "Wendy" olho pra ele e ele faz sinal para que eu volte.
"Oque foi?" pergunto já com medo da resposta " Precisamos te contar algo que decidimos para o nosso bem" ele diz calmamente.
Finalmente, eu pensei. Finalmente iam se divorciar, o momento tão esperado por mim, um lugar de paz para eu viver.
"E oque vocês decidiram?" pergunto fazendo uma grande comemoração nos meus pensamentos " Nós vamos nos mudar de cidade!"
" Oque? Como assim?"
Eu não podia acreditar que eu realmente ouvi aquilo, aqui é uma parte de mim, onde eu cresci, sei que não cresci muito bem diante as brigas, mas eu pertenço aqui, como poderiam?
"Wendy escuta, isso é pelo seu bem, poderemos recomeçar do zero lá, você faz novos amigos, sei que nunca demos um lar feliz pra você, por isso queremos recomeçar!" meu pai diz segurando minha mão.
" Por que está falando com ela como se ela tivesse opção de escolher? Decidimos isso e ela vai e pronto, não tem de ser uma filha ingrata" minha mãe diz eu já conseguia sentir o cheiro do álcool.
"Você sempre vai dar um jeito de acabar com a minha vida, assim como fez com a sua!" digo a ela e me arrependo na mesma hora porque senti o ardor nas minhas bochechas.
Saio dali com lágrimas nos olhos, consigo ouvir o grito dela me dizendo para arrumar as malas porque sairíamos amanhã a tarde, eu nem sequer sei pra onde vamos.
Eu sei que minha mãe não faz isso por que quer, mas me pergunto se ela realmente um dia vai me amar, sei que não fui uma filha perfeita mas sempre fiz de tudo pra ser.
Eu espero que realmente lá seja um recomeço, mas fazer amigos e confiar nas pessoas vai ser difícil pra mim, nunca consigo me dar bem em nada.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
