Painful Control II

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Depois do fiasco, do pequeno-almoço, Izuku ,ficou na mesa a espera que eles terminassem de comer, ele tinha comido o pão que Keibetsu deixou cair de propósito. Ele tinha saído, para trabalhar numa cidade vizinha e não voltava até Segunda de manhã, deixando mãe e filho com resto do fim-de-semana.

Pelo menos ele já se foi embora... Me pergunto quando será minha vez...
" Sabes Izuku, tu podias te esforçar um pouco para te entenderes com teu pai, ele é um homem maravilhoso e.aposto que se tu lhe desses um chance el..."

"Ele não é meu pai..."respondeu num tom frio.

"Mas é claro que  é. Ele se preocupa tanto contigo, ele só quer o melhor para ti mas tu encontras sempre um maneira de aborrecê-lo." respondeu ela calmamente.

"Como a mãe é capaz de dizer isso, depois de tudo que ele fez comigo depois de tantas agressões e insultos como tu és capaz de defende-lo desse jeito..."

" Mas isso foi porque tu mereceste"

"Mereci?Como é que eu mereci?" pergunta ele indignado.

"Pois bem como é que achas que teu pai—"

"ELE NÃO É MEU PAI"respondeu batendo seus mãos na mesa. Que dramático.

"Não importa! Como  é que achas que ele se sentiu ao ver seu filho chegar a casa atrasado,bem depois da hora de entrada e cheio de feridas..."ela não conseguiu acabar a frase, seus olhos arregalaram-se ao finalmente entender o que dizia.

Foi aí que ela começou a reparar nele, tirando cada ferida, cada marca, ele ainda estava um pouco molhado  e cheirava a sumo. Ela então levantou-se e foi em direção ao banheiro e trouxe a caixa dos primeiros socorros, mas franziu  as sobrancelhas ao ver a caixa quase vazia ela olhou para seu filho como quem diz você fez isso? Culpado ele encarou o chão, Inko se levantou novamente e trouxe um pano molhado e um pouco de gelo e começou a trata-lo tendo cuidado com seu olho negro e no lado onde levou uma bofetada. Por um instante Izuku podia jurar sua mãe estava ali a mãe que ele amava cuidava dele estava bem ali a espera de ser resgatada e livre... a espera de seu filho.
Ela ajoelho e se aproximou de seu filho colocando sua mão sobre a bochecha dele com cuidado para não o magoa mais e acariciou com ternura.

" Izuku... O quê... O quê que te aconteceu?"perguntou Inko suavemente, com um olhar.que só uma mãe pode dar.

Mas que raio de pergunta é essa?

Izuku desviou o olhar, ele queria chorar mas não podia,ele estava magoado e tudo o que ela dizia só o deixava mas irritado.

Como a mãe pode fazer esta pergunta depois de tudo que ela presenciou?

Como ela pode ser tão cega a não ver ser próprio filho chorando pelos cantos vivendo trançado em sua própria casa?

Ela o estava a irritar, Izuku não aguentava mais...

"Como assim o que me aconteceu, tu estiveste aqui o tempo e nem sequer fizeste nada, eu não como a uma semana e tu nem sequer te importaste , estives bem ali quando ele me bateu e tu não disseste nada e agora me perguntas o que é que me aconteceu?" gritou ele.

Ela estava sem palavras. A este ponto Izuku já tinha se levantado e tirado as mãos dela de sua cara ela não merecia este tipo de contacto, mas no fundo ele também já não queria o afecto dela... pelo menos não por agora.

Eles ficaram em silêncio apenas olhando um para o outro. Um momento de silêncio no meio de uma tempestade, yeah podemos dizer que a relação entre mãe e filho não estava nada boa.

"Com podes dizer isso depois de tudo que ele fez por ti, por mim... por nós...
Disse ela com a voz esmolecendo a cada palavra."

"Como podes ser tão ingrato ?, Keibetsu cuidou de nós, ele nos dá uma casa para viver, paga as contas, põe comida na mesa, um lar..."

"Um lar, isso é tudo menos um lar, isso são as portas para uma prisão, um lar é onde nós sentimos acolhidos, amados e acima de tudo protegidos e não assustados, controlados e com medo de nunca mais acordar."

"Não te atrevas a falar assim, se não fosse por ele tu nem estarias aqui, os serviços sociais já te teriam levado,ele cuida de nós!!!"

"E em troca de quê mãe, de abuso constante, maltratos e controlo absoluto sobre nós? Mãe acorda ele não passa de um homem controlador, o desgraçado não faz nada para além de nos mandar e reprimir mãe... "

Houve uma curta pausa entre eles até que Izuku decidiu falar o lhe passava na alma:

"Eu já não consigo viver assim." a tristeza estava em cada palavra e cada memória, esses sentimentos guardados viraram lágrimas que começaram a cair de suas olhos apesar de seu esforço para não.

"Porquê que nós não..." começou nervoso, ele.sabia que o que dissesse a seguir podia mudar a vida deles, esperança enchia seu coração.

''NÓS NÃO O QUÊ?" gritou ela furiosa

"Porquê que nós não nos m-mudamos, po-podemos f-fugir-r e-e-e..." falou ele, mas a resposta que.lhe foi dada acabou com esperança em seus olhos.

"NÃO!... Nosso lugar é aqui! Meu lugar é aqui!"

"Mas m-mas m-mãe?!"

"Mas nada...Toma pega nesse dinheiro, pegua algumas roupas e sai daqui eu... e-eu não quero saber onde vais ficar s-só desaparece da minha vista... Não voltes até Domingo à noite.É. Uma. Ordem!" ordenou ela firmemente sem deixar espaço para reclamações e desculpas.

"Mãe e-eu..."

"Talvez Keibetsu tenha razão... Talvez eu estivesse melhor sem você me atrasando a vida."

Izuku olhou para ela surpreendido, não era possível ele ter ouvido isso de sua mãe certo? Ele estava zangado? sim, magoado? talvez, mas ele não podia acreditar, que ela seria capaz de sequer pensar algo assim tão... cruel. Não era suposto uma mãe amar seus filhos mais do que tudo? Será que ela se tinha esquecido dele de vez?

Izuku foi para o quarto e silenciosamente pegou suas coisas e meteu em uma mochila, mas antes de sair ele se virou.
 
"E Keibetsu?"

– Eu darei um jeito de ele não saber para o teu próprio bem, agora v-vai e-eu não te quero aqui...– disse ela mais calma dando as costas para ele.

"Ok. Se é isso que tu queres..."

"Sim! É isso..." disse ela tentando soar autoritária, mas sua voz dizia outra coisa, era a voz de quem choraria a qualquer momento.

"Então adeus..."

E com essas simples palavras, quase inaudíveis, a porta se fechou deixando uma a tristeza avassaladora correr pelo coração de mãe, que um dia bateu pelo seu filho, o mesmo que agora puxara seu filho para longe dela, ela tinha medo, não podia acreditar no que disse, ela gritava em seu coração lamentos que ninguém para além dela ouvia e então foi aí que no momento em que ela estava mais vulnerável a culpa bateu forte.

O que foi que eu fiz?


Maya out🌺

1118 words

A Chave Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora