Painful Control I

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Os primeiros raios de sol iluminavam levemente céu despedindo a noite e trazendo o dia. Na cama encolhido, Izuku finalmente acordou, sentindo um grande desconforto,com um suspiro ele dolorosamente se levantou e foi em direção ao banheiro. Ao olhar-se no espelho os seus olhos arrelagalaram, foi a primeira vez que via seu reflexo desde o dia anterior, a realização do que lhe aconteceu finalmente chegou a ele e deixa-me dizer aquilo não estava bem. Examinou a sua face cautelosamente, feridas, alguns arranhões, um olho negro, uma marca vermelho provavelmente do estalo.

Normalmente eles tinham a decência de não o baterem na cara,para não atrair suspeitas mas parece que dessa vez eles não quiseram saber.Levantou sua mão esquerda e tocou na sua bochecha logo  se arrependendo quando sentiu uma dor , ainda estava doendo, mas o que lhe preocupava mais é como ele esconderia cada marca em seu rosto, mas será que alguém se importaria mesmo.que ele contasse, será mesmo que alguém faria alguma coisa depois de saber que o falhado da escola se queixava de dores, você se importaria se nem um olhar de empatia na escola tu davas à ele?

Ele precisava contar a alguém, mas foi  quando lembrou que todos que alguma vez se importaram tinham partido e não lhe restava ninguém e foi aí que ele sentiu algo molhado escorrer de seu olho, depois mais uma e mais uma e mais uma até que chegou a conclusão de que estava a chorar, mas quem não choraria?Era demasiado e ele estava cansado de tudo e todos, farto de ser sempre o alvo de não poder fazer nada por ser incapaz ser quer de se impor e de defender aquilo que lhe convinha, até que essa dor começou a se transformar em raiva, de todos que o magoaram, raiva de quem o deixou, raiva... de si mesmo por ser inocente demais para não acordar, perceber que o mundo mudou e fazer algo por si por que no fundo ele ainda tinha esperança de um dia acordar e ver que tudo não se passava de um simples pesadelo... Ah, quão estúpido!

Limpou suas lágrimas e acalmando sua raiva, levantou sua camisa e o que viu o deixou enojado, seu corpo estava coberto com manchas vermelhas, nódoas roxas, ligaduras velhas que ficavam cada vez mais ensanguentadas e que se não fossem tratadas acabariam infectando resultado de passadas sessões de tortura do Bakugo e seus amigos e o seu "padrasto".

Com cuidado, abriu o cabinete com o kit dos primeiros socorros que ficava cada vez  mais vazio, por causa do uso contínuo.

Preciso de dinheiro o kit está a ficar vazio não sei.se aguento mas repetir ligaduras... huh como tiro sem ele se aperceber?

Começou a cuidar de sua feridas, a passar seja lá o que fosse que ouviu sua mãe dizer que funciona para as dores, retirou as ligaduras e quase vomitou por causa do cheiro, a este ponto era normal para ele ser agredido mas a cada vez parecia que só piorava.

Limpou as feridas e entrou na banho deixando a água levar o resto de sangue seco e seus pensamentos esvaziando a cabeça e relaxando os músculos dando a ele um pouco de paz  é incrível como um banho quente é capaz de resolver um problema de humor, levar todas as nossas preocupações e simplesmente relaxar, pena que não é para sempre né?

Ele estava exausto,seu corpo não aguentava mais, seus olhos perderam o brilho de viver, ele só queria o conforto de sua mãe mas sabia que isso era apenas mais um sonho distante, sua mãe já não estava aí era outra, já não estava do seu lado ficou perdida em sua dor ao ponto de não ver o sofrimento de seu filho deixou-se envolver pelas dores e mentiras que ele não parava de atirar, por isso Izuku precisava de ser forte não por ele mas por ela, melhores dias virão não é isso que as pessoas estão sempre a dizer?

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A rotina de Izuku era quase sempre a mesma, acorda cedo, tomar o pequeno-almoço, se arrumar, ir para escola, Bakugo,voltar, fazer o jantar, ir trabalhar, trabalhos de casa, ver se alguma coisa de jeito passava na TV, dormir e recomeça tudo outra vez no dia seguinte. Não era a rotina mais agitada, mas se adequava a ele perfeitamente a falta de amigos definitivamente tinha um impacto nisso mas a vida não é perfeita para ninguém não é?

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