No, we started (Não, nós começamos)
Two hearts in one home (Dois corações em um lar)
It's hard when we argue (É difícil quando discutimos)
We're both stubborn, I know (Nós dois somos teimosos, eu sei)
Remus destrancou a porta e deu passagem para Sirius entrar primeiro. Black olhou para o lugar, tímido e com medo de parecer julgador demais. Era simples, mas aconchegante. Já na entrada poderia ser vista a sala, uma lareira, uma mesa de jantar, a cozinha e uma porta de correr dava, para o que Sirius imaginava ser, o jardim dos fundos. Tudo era uma paleta de cores claras e os móveis em madeira.
Moony fechou a porta atrás dele e deixou sua bolsa na entrada, junto com a de Sirius. Ele ultrapassou Black e foi em direção ao sofá maior, se ajoelhando ao lado dele. Padfoot deu passos curiosos para enxergar e quando teve visão total do sofá, encontrou um corpo pequeno de uma mulher, enrolada em um coberto amarelo, parecendo dormir pacificamente. Sirius observou Remus, que com o maior cuidado do mundo, começou a acariciar os cabelos da mulher. Ele chegou mais perto e pode enxergar melhor as características dela.
Hope Lupin.
Remus tinha o mesmo nariz arrebitado e os mesmos fios de cabelo castanho dourados de sua mãe. Sirius a achou incrivelmente frágil e pequena ali, um pouco pálida talvez. Sra. Hope começou a abrir os olhos, que Sirius reparou que também era os mesmos de Remus e olhou a sua volta, um pouco confusa. E quando bateram no filho, se arregalaram.
— Remus!
Hope se sentou com um pouco de dificuldade e puxou Remus para um abraço forte.
— Ah, meu filho, você veio! — Ela tinha um forte sotaque galês e Sirius achou cativante. — Meu menino, meu doce menino.
— Oi, mamãe. — Remus respondeu com um sorriso lindo brincando no rosto e Sirius sentiu-se derreter com a cena.
— Ah, Remus, olha só para você! Como você fica mais bonito a cada dia! — Hope se separou de Remus e segurou seu rosto, avaliando cada detalhe. Lágrimas faziam seus olhos brilharem e Sirius tinha certeza que era de felicidade. — Que saudades de você, meu menino, por Deus.
— Eu também estava com saudades. — Hope o puxou para mais um abraço forte. Seus braços mais finos do que deveriam, agarravam o pescoço de Remus que tinha suas mãos na cintura da mãe, retribuindo afetivamente o abraço. — Está tudo bem, mamãe?
— Está sim, Re. Um pouco cansada, mas não existe muita coisa que seu pai e eu podemos fazer. — Hope respondeu suavemente se soltando de Remus. Ela entrelaçou suas mãos o segurando, parecendo com medo de que Moony ser só sua imaginação.
Ela ainda não vira Sirius e ele não sabia exatamente o que fazer. Se sentia perdido, nervoso e um pouco incomodado por estar no meio de uma situação que não era de sua intimidade.
— Algo que posso fazer? — Remus perguntou agora com os olhos tristes e Sirius sentiu seu estômago dar um nó desconfortável. Ele passou a mão sobre o cabelo, puxando as leves ondas para trás e bagunçando-as em seguida, nervoso.
— Tendo você aqui meu menino, já me faz eu me sentir melhor. — Sirius viu os olhos de Remus brilharem com quase invisíveis lágrimas, mas ele as segurou firmemente. Lupin acariciou os dedos da mãe e os levou até a boca, dando um beijo carinhoso, e Hope olhou para ele com tanto amor que Sirius podia sentir que transbordaria dela.
— Mãe... — Remus soltou as mãos dela e deu um olhar rápido para Sirius. Havia chegado a hora. — Quero que você conheça uma pessoa...

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Sweet Creature
RomanceSirius, que está uma pilha de nervos, irá passar o Natal de 1977 na casa dos Lupin's tentando transparecer ser somente o melhor amigo de Remus. No meio de tantas conversas importantes, Black tentar absorver aquilo que pode fazê-lo mudar o modo como...