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Sweet creature, sweet Creature (Doce criatura, doce criatura)

Wherever I go (Onde quer que eu vá)

You bring me home (Você me leva para casa)

Sweet creature, sweet Creature (Doce criatura, doce criatura)

When I run out of road (Quando chego ao fim da linha)

You bring me home (Você me leva para casa)


Eles atravessaram o pequeno corredor e Remus bateu na última porta devagar, e enquanto esperavam, Sirius se sentiu apreensivo pela segunda vez no dia. Seria a primeira vez que falaria com a mulher, sabendo exatamente o que se passava entre ele e o filho dela.

Será que ela realmente estava tranquila em relação a eles? Será que ela estava bem? Será que foi demais ele ter adentrado a intimidade da família dela assim? Será que ela realmente gostava de Sirius com o filho dela? Será que ela achava Sirius uma boa pessoa para o filho dela?

Ele começou a sentir inseguro de tantas formas e mil pensamentos passavam em sua cabeça naqueles míseros instantes.

Ele apertou o presente em seu peito.

Será que seu presente era bom também? Será que era simples demais? Será que ela gostaria? Será que ela gostaria de receber um presente de Sirius?

Por segundos ele sentiu um medo adentrar cada célula de seu corpo. Sirius olhou para Remus procurando algum tipo de apoio, mas ele parecia alheio aos sentimentos que dominavam Black.


— Pode entrar. — A voz suave de Hope surgiu e Remus foi primeiro, deixando Sirius para trás.


Black suspirou profundamente, pegando cada gota de medo que existia em seu interior e transformando em coragem.

Ele era um Grinffidor.

Bravura circulava nele.

Ele era o único protagonista da sua vida e ninguém poderia mudar isso. Ele poderia fazer o que quisesse e o que ele desejava realizar naquele momento, era entrar naquele quarto e enfrentar o que tivesse que enfrentar.

Muitas pessoas poderiam pensar que aquilo era nada, mas para Sirius significava o mundo. Eram tempos difíceis. Guerras, desavenças, preconceitos, medos, mas receber um apoio ou um sorriso, era importante.

Coragem para Sirius também não era somente enfrentar criaturas e duelar, mas sim, enfrentar pequenas desavenças durante a vida. Todos tinham medo e Sirius sabia que ele não estava isento disso, mas mesmo com medo, enfrentaria o que tivesse que vir, seja bom ou ruim.

Com um suspiro, ele adentrou o recinto. Observando a sua volta, o quarto era do mesmo tamanho do Remus, somente as paredes sendo em um tom amarelo-claro. Um guarda-roupa de madeira grande estava em uma parede e tinha uma janela igual do outro quarto também. Uma cama de casal estava no canto e nela, Sirius pode ver Hope encostada na cabeceira com Moony sentado na ponta.


— Bom dia, querido. — O tom de Hope fez praticamente todas as inseguranças de Sirius sumirem quase instantaneamente.

— Bom dia, Dona Hope. Como a senhora está? — O tom de voz de Sirius saiu com gentileza e ele se sentou ao lado de Remus. Ele não percebeu, mas Remus tinha um olhar questionador em sua direção agora.

— Estou um pouco dopada e sinceramente, não estou conseguindo levantar, mas tudo bem. Inclusive, feliz natal, meus amores! — Sirius com mais atenção, pode reparar que ela parecia muito mais pálida do que o dia anterior e seus lábios estavam rachados e secos, quase sem cor. No mesmo instante, ele se sentiu triste.

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