No, we started (Não, nós começamos)
Two hearts in one home (Dois corações em um lar)
It's hard when we argue (É difícil quando discutimos)
We're both stubborn, I know (Nós dois somos teimosos, eu sei)
Domingo, 25 de dezembro de 1977
Quando Sirius começou a despertar do seu sono, ainda era nascer do sol. Ele não estava acostumado a acordar cedo, pois era Remus que o fazia e depois acordava Sirius, mas sendo essa uma das primeiras vezes que acontecia, ele não se importou muito. Seus olhos se abriram muito lentamente, se acostumando com a iluminação que vinha da janela. O Sol do dia anterior se escondera um pouco e agora neve caia do lado de fora, deixando tudo ainda mais no clima de Natal.
Sirius varreu seus olhos azuis pelo quarto demorando um pouco para sua mente começar a raciocinar. Quando parou em Remus deitado ao lado, seu cérebro fez questão de enviar uma descarga elétrica por todo o corpo, fazendo ele despertar. Remus dormia pacificamente ao seu lado, a boca levemente entreaberta, o cabelo bagunçado, a bochecha direita pressionada contra o ombro de Sirius, seus braços compridos agarrados a cintura dele. Sua respiração era tão sútil, tão calma. Black tentou acalmar sua respiração que ele próprio não havia visto estar acelerada e seu coração batia em um ritmo já conhecido por ele.
O ritmo que somente Remus causava.
E aquela visão de Moony, fazia todas as borboletas de Sirius se agitarem. Ele se virou de lado para ficar cara a cara com o outro rapaz, somente para contemplar com precisão cada detalhe dele.
Sirius levou uma mão ao rosto de Remus e com a maior leveza que conseguia, passou os dedos por umas das cicatrizes e por seguinte, passou por cada uma das pintinhas que ele tinha. Contornou também o rosto marcado de Remus com o maior cuidado, gravando na sua memória para sempre aquela visão.
Black não soube quanto tempo ficou o admirando dormir, acariciando seu rosto, mas foi o suficiente para Moony acordar.
— Hey...
— Bom dia... tudo bem? — Sirius perguntou e querendo deixar seus corpos ainda mais perto, os aproximou. Seus narizes se encostaram e Black olhou ainda mais de perto, podendo observar os cílios quase loiros de Remus. Seus olhos foram se abrindo lentamente, ainda com efeitos do sono.
— Aham... E com você? — Remus disse baixinho, sua voz saindo rouca. Sirius passou a acariciar os fios agora bagunçados do companheiro e apenas confirmou com a cabeça, selando seus lábios em breve beijo.
Lupin abraçou Sirius mais apertado e uma de suas mãos foram para o rosto dele, acariciando com cuidado. Black abriu seus olhos e os dois trocaram um olhar significativo.
— Feliz natal, mon amour. — Sirius disse e abriu seu maior sorriso, sendo aquele que fazia suas covinhas nas bochechas apareceram e Remus retribuiu, fazendo questão de abrir um maior ainda.
— Feliz natal, ma vie. — Remus respondeu dando mais um beijo em Sirius e ele se desmanchou ali mesmo, sentindo sua barriga dar um nó.
— Você falando francês é a minha perdição...
— Je parle pour toi... — Remus tinha aprendido um pouco de francês somente por conta Sirius. Ele tinha um sotaque muito forte e sua pronúncia era arrastada, mas Sirius o achava tão adorável falando, tão viciante.
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Sweet Creature
RomanceSirius, que está uma pilha de nervos, irá passar o Natal de 1977 na casa dos Lupin's tentando transparecer ser somente o melhor amigo de Remus. No meio de tantas conversas importantes, Black tentar absorver aquilo que pode fazê-lo mudar o modo como...