Soldier Boy

Capítulo 04🔰

João Ricardo entregou o capacete pra Thales e avisou : _ Segura firme não quero ter problemas com meu coronel.

Thales levantou uma sombracelha sugestivo.

_ Olha João não pede uma coisa dessas pra min não estou bêbado e vulnerável.

_ É eu tô vendo isso mesmo.

O perfume de João era inebriante ficava marcado na memória olfativa de Thales.

Lembrava almíscar e limão siciliano ......

Mataram na motocicleta e partiram. Thales tomou a liberdade de segurar naquela cintura a sua frente. O vento frio da noite em contraste com o calor daquele cara gostoso que dirigia a moto.

As luzes do poste , das casas e o próprio brilho da lua misturavam na cabeça de Thales.

Logo ele estava cada vez mais perto do quadril daquele soldado sentindo o calor dele.

O contorno do jeans preto nas pernas musculosas de João era uma boa paisagen.

Thales agradeceu pela escolha de soldado que seu pai fez.

Era bom aproveitar daquela oportunidade explorar os músculos da barriga de João.

Thales só notou que não estava indo pra casa quando era tarde de mais . . . .

_ Ei ! Esse não é o caminho da minha casa João !

Protestou Thales e a moto parou na marina.

A luz da lua cheia fazia carinho no mar. Os barcos vazios pareciam sombras sobre a água.

Desceram Thales retirou o capacete bravo e amedrontado.

O medo escondeu porém deixou a raiva evidente.

_ Exijo que me leve pra casa imediatamente.

João riu da cara de Thales virou de costas fitando a lua.

_ Amo noites assim aqui na marina. Sempre vinha aqui com meus pais e meu irmão gêmeo. _ Contou João Ricardo com voz suave a luz do luar iluminando seu rosto perfeito.

_ Tu tem um irmão gêmeo ?

_ Tenho ou melhor tinha. Julio César faleceu quando nós tínhamos 13 anos.

Thales se colocou ao lado dele admirou o perfil dele fitando a lua. Aquele moço ficava mais bonito sobre a luz do luar !

_ Quer falar a respeito soldado ?

João hesitou um momento olhou para a água agora e contou :

_ Estávamos sozinhos em casa meu irmão era epilético teve uma convulsão na sala e não sabia como ajudar . . . Júlio César morreu nos meus braços.

Thales sentiu tanta compaixão por João Ricardo queria abraçalo mas se limitou a dizer que ele não teve culpa de nada.

_ Pode ser Thales ....... mas nossa vida nunca mais foi a mesma ....... nunca mais voltamos a passear de barco pela marina.

_ OH João eu sinto tanto ! _ Exclamou Thales pondo a mão no ombro de João Ricardo.

Este se virou pra Thales e o olhou profundamente nos olhos e afirmou :

_ Sabe Thales a vida é tão frágil. Hoje somos e estamos, amanhã deixamos de ser.Todo sopro apaga uma chama.

As mãos com luvas fizeram um contorno no pescoço de Thales. Aquele toque tinha o poder de brasas.