Capítulo 13

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Gabriela:

- Você disse que queria sair um pouco com as crianças e se divertir com elas. - Digo. - Isso foi de manhã. - Falo olhando para o céu que já escurece.

- Eu queria levá-los a praia, mas você não quer. - Minha mãe reclama.

- Está calor de mais para deixá-los no sol, mesmo que na praia, as meninas ainda são pequenas e a pele delas são sensíveis, por isso falei do parque. - Digo.

- Por isso devemos ir ao shopping, levar as crianças no cinema. - Minha tia diz.

- Viu, desse jeito nunca vamos chegar em um consenso. - Minha mãe fala. - Está escurecendo e temos que preparar o jantar, mas vamos decidir hoje onde iremos para sair amanhã cedo. por causa dessa discussão não pude aproveitar meus netos. - Minha mãe diz saindo da cozinha e indo em direção a sala em busca das crianças.

- Vocês duas são iguais, por mais que negue. - Minha tia fala sorrindo e seguindo minha mãe.

vou para a sala atras delas e depois de um tempo vamos as quatro para a cozinha. minha prima que ficou quieta durante toda a discussão fica responsável pela sobremesa já que ela tem a mão perfeita para isso.

minha mãe decidiu assar frango, minha tia refogava o arroz enquanto eu lavava e fazia das travessas grandes de salada.

com as quatro trabalhando o jantar ficou pronto rapidamente, apesar da comida que estava sedo feita para um batalhão.

quando estamos quase pondo a mesa, vejo Daniel vindo da direção do escritório com meu pai. ambos parecem em, mas não consigo evitar olhar desconfiada para eles.

- Oi amor. - Daniel diz se aproximando de mim e me abraçando apertada, deixando um beijo em minha testa.

- Aconteceu algo? - pergunto preocupada.

- Não, só fiquei com saudade do amor da minha vida. - Ele diz sorrindo e eu sorrio também e torno a abraçá-lo.

- Papai, pode me ajudar com o dever de ciências? - Joao diz entrando na sala de jantar com maria e as gêmeas atras dele.

- Claro, mas depois do jantar. - Daniel diz me soltando e passando a mão pelos cabelos do filho. - Aí ficamos no escritório.

- Eu também quero papai. - Maria diz chegando perto. - Não preciso de ajuda com as tarefas, mas posso ficar lá lendo com vocês.

vejo a conversa deles, quase sempre depois do jantar, ao menos por poucas horas Daniel e os meninos se trancam no escritório. é um momento deles de pai e filhos.

maria pega um livro, ela sempre faz questão de ler algo que Daniel já conhece, assim enquanto ele ensina Joao faz perguntas aqui ou lá sobre o livro e ela responde prontamente.

gosto dessa interação deles.

vejo meu pai observando tudo e ele parece um pouco triste, mas ainda sim tem um brilho no olhar ao olhar para os netos.

Logo estamos todos sentados na mesa de jantar e não demora muito para a questão sobre o que fazer amanhã voltar.

Começamos a discussão do início e é como se nada andasse.

- Porque não vamos sábado de manhã na praia, por ser cedo não vai estar tão quente. Na hora do almoço vamos a um restaurante, almoçamos em família e depois vamos para o parque. Talvez no meio tarde podemos fazer um piquenique para as crianças. – Daniel começa a dizer calmo. – No domingo vamos ao shopping, é um passeio mais calmo e podemos levar as crianças no cinema.

Todos na mesa olham em silencio para ele que ao perceber isso levanta o olhar de seu prato.

- Quer dizer... se vocês quiserem. – Ele diz e dou uma risada com vontade de agarrar ele ali mesmo.

- Olha só se meu genro não é inteligente. – Minha mãe diz e vejo Daniel com vergonha.

Ergo uma sobrancelha surpresa. Essa é nova para mim.

Damos uma risada e o assunto é dado como fim, jantamos normalmente e comecei a sentir muita falta de jantar desse jeito com minha família. Sem briga.

Tudo corre tranquilamente, depois do jantar, Julia e eu lavamos a louça enquanto tia Pamela e minha mãe se delicia dando banho nas meninas, já que por causa da discussão acabei me esquecendo.

- Você parece feliz prima. – Julia diz enquanto entrego o próximo prato para que ela seque. Sinto uma pontada de tristeza em sua voz e isso me preocupa.

- Eu estou, vou rezar para que você encontre a mesa felicidade que eu Julia.

- Eu não... não. eu não vou ter essa felicidade. – Ela diz e na hora paro o que estou fazendo para olhá-la

- Por que diz isso Julia? – pergunto.

- Eu não sou como as outras pessoas. – Ela diz e começo talvez a entendê-la.

- Julia, olha para mim. - Digo segurando com delicadeza em seus ombros. – Independente de quem você seja, tenho certeza de que vai aparecer alguém para te amar intensamente. Você é linda, inteligente e divertida quando não está toda tímida. – Falo e ela sorri. – E sendo ele ou ela. – Digo frisando. – Será uma grande sorte ter você ao seu lado, uma companheira, amiga e amante.

Vejo que Julia tem vontade de chorar, ela me abraça e ficamos assim por alguns minutos até que decidimos terminar a louça para podermos descansar.

Subo para o meu quarto um pouco preocupada com Julia, mas sei que tudo vai resolver, já que estamos falando dela.

Apesar de tímida, Julia sempre sabe o que quer e se ela escolheu ou descobriu sua orientação sexual tenho certeza de que esse medo dela é passageiro.

Tomo um banho em água quente e relaxante, quando término saio do banheiro enrolada na toalha no exato momento em que Daniel entra no quarto e eu sorrio.

- Olha só se não é meu marido todo tímido. – Digo o abraçando pela cintura.

- Tímido? – ele pergunta confuso.

- "olha só se meu genro não é inteligente." – digo imitando a voz da minha mãe e vendo ele ruborizar de novo, acabo soltando uma gargalhada. – Se eu soubesse que meu marido tem esse lado fofo eu não pouparia esforços em querer te fazer ficar envergonhado.

Vejo ele estreitar os olhos e ir para o banheiro tomar um banho em silencio. Continuo rindo no quarto e vou para o closet, coloco uma camisola bem sexy e uma calcinha de renda. Assim que termino de me trocar, vejo algumas roupas espalhadas pelo closet e decido dobrá-las e vez de deixar para amanhã.

Fico ali dobrando as peças, quando um tempo depois sinto dois braços rodeando minha cintura e o peito nu e molhado de Daniel se encostando em mim.

- Sabe, enquanto tomava banho estive pensando que você deveria tomar uma lição. – Ele sussurra no meu ouvido com a voz rouca e me sinto arrepiar. – Você está perdendo respeito pelo seu marido viril.

Não me contendo explodo em uma gargalha e me viro para ele. Vejo Daniel franzir as sobrancelhas tentando parecer bravo, mas vejo diversão e desejo em seus olhos.

- ria mesmo Gabriela, por que daqui a pouca voce vai estar engasgando com seus gemidos e em seguida com meu pau. – ele fala e eu engulo em seco.

Totalmente casada - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora