9. Better

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Eu: Posso?- pergunto a olhar para o Zayn pela porta.

Zayn: Não precisas de pedir permissão.

Eu: Está bem- sorrio envergonhada- Como é que estás?- sento me ao lado dele na cadeira.

Zayn: Obrigado por me teres salvo. Outra vez...

Eu: Não me voltes é a pregar um susto destes outra vez...

Zayn: Vou tentar- ele ri se um pouco- Sabes...- a mão dele e colocada em cima da minha- Foi a tua voz... Quando ouvi a tua voz fiquei com vontade de lutar.

Eu: De certeza que não foi por minha causa- retiro a mão debaixo da dele- Só vim cá ver se estavas bem. Vou embora.

Zayn: Desculpa... Eu sou um parvo. Estou sempre a fazer asneiras.

Eu: Eu é que não devia estar sempre aqui ao pé de ti. Somos apenas paciente e médica e é assim que vai continuar a ser.

Zayn: Eu sei... E a culpa não é tua. A culpa é minha. Tenho tendência a confundir as coisas...

Eu: Vou andando- saio do quarto sem olhar para trás.

Fecho a porta e deixo me encostada a ele. E uma pequena lágrima sai dos meus olhos. Não sei mesmo o que se passa comigo. Num momento quero estar com ele, abraça lo, vê lo bem. Mas no outro, sei que tudo está errado. Que não devia estar a aproximar me dele.

Xx: Doutora? Está tudo bem?- a Joan pergunta me e eu limpo a lágrima que me cai do olho.

Eu: Sim, não te preocupes. Eu estou só um pouco cansada- sorrio fracamente para ela.

Joan: Pois a doutora anda muito cansada. Eu tenho reparado nisso. Está tudo bem?

Eu: É só do cansaço. Preciso de descansar. Vou para casa dormir um pouco.

Joan: Faz bem doutora. Se precisarmos de si aqui eu dou lhe um toque.

Eu: Obrigada Joan- passo a mão pelo braço da Joan e começo a andar pelo corredor até chegar à porta do hospital.

Saio do hospital e ando até ao carro. Entro dentro do mesmo e começo a conduzir com calma.

Rapidamente chego a casa e nem dou por isso. Ponho a chave na fechadura e entro em casa. Ao fechar a porta umas mãos tapam me os olhos. Eu conheço este gesto.

Eu: Harry...- coloco as mãos e cima das dele.

Harry: Isso mesmo- ele abraça me pelas costas e dá me beijos pelo pescoço.

Eu: Que fazes cá?- a minha voz sai mais amarga do que queria.

Harry: Pensava que me querias ver- ele para de me dar beijos e vira me para ele.

Eu: Claro que queria- dou lhe um beijo- Desculpa... Ando muito cansada. O hospital não para. E as pessoas precisam de mim. Demasiadas pessoas- rio me fracamente.

Harry: Eu sei... Tens trabalhado muito. Devias tirar umas férias- ele dá me a mão e leva me até ao sofá onde nos sentamos.

Eu: Isso está fora de questão- olho o nos olhos- Eu amo o meu trabalho. E tu sabes disso. E o Za... Os meus pacientes precisam de mim.

Harry: Pois, o Zayn... Tu não estás a conviver demasiado com ele?

Eu: Ele foi transplantado e pouco tempo depois teve uma paragem cardíaca, eu não podia deixa lo.

Harry: Eu não sabia...- ele baixa a cabeça- Mas mesmo assim. Tens de dedicar te também aos outros pacientes.

Eu: E tu achas que eu não faço isso?- elevo um pouco a voz.

Harry: Calma Hope. A verdade é que acho que passas muito tempo com esse Zayn.

Eu: Pois, mas ele precisa de mim- levanto me do sofá- Ele está mesmo muito mal.

Harry: Eu percebo isso tudo, mas por causa dele estás também a esquecer te de mim- ele fala mais baixo na última parte.

Eu: Oh Harry- vou andando até ele e dou lhe um beijo- Eu tenho sempre tempo para ti.

Harry: Agora tens tido menos- ele agarra me pela cintura- Mas tens razão. Desculpa...

Eu: Não faz mal... Eu também fui um pouco parva para contigo- abraço o com força- Eu adoro te.

Harry: Eu também...

Mesmo com ele a abraçar me, a minha cabeça e o meu coração vão parar a um nome diferente. Zayn...

Hope→[Zayn Malik]Onde histórias criam vida. Descubra agora