"Ultimato?" eu perguntei, olhando para a sua cara que tinha um leve mas nojento sorriso
"Sim" ele passa os dedos pela sua barba por fazer
"O Que queres? Dinheiro ?"
"Não. Quero que tu me arranjes um emprego no estúdio onde trabalhas"
"Deves estar a gozar com a minha cara, só pode" disse com um tom amargo e com um revirar de olhos. Ele deve estar a brincar, só pode. Ele não pode trabalhar comigo, muito menos no estúdio e muito menos onde o meu namorado também trabalha. Como eu iria estar com o Liam? Como iria poder beijar o meu namorado com o meu pai doente lá? Suspirei e virei-lhe as costas começando a andar sobre a relva em direção ao banco onde Liam estava sentado.
"Onde pensas que vais?" ele agarra-me no braço com força e vira-me para ele "Foi essa a educação que eu te dei?"
"Que educação? Nunca me ensinas-te nada. Apenas me ensinas-te que os monstros que um dia disseste que viviam debaixo da minha cama, habitam nas pessoas. Tu és um monstro. Um monstro doente, alcoólico e que nunca saberá o verdadeiro significado de amor ou de ser pai"
A mão dele desapareceu do meu campo de visão, indo para trás das suas costas para ganhar impulso e colidiu com a minha cara. O meu corpo, sendo fraco, foi diretamente para o chão e enquanto eu soltava um grito. O meu sangue começou a fervilhar e o meu coração a querer saltar-me da boca e começou, mais uma vez. O medo transformara-se em ansiedade. Ele, começou a rir-se.
"Sempre a mesma fraca" ele comenta e ajoelha-se perto do meu corpo "Nunca irás mudar pois não filha?"
Eu queria responder-lhe. Queria gritar-lhe que eu mudei, que sou mais forte, mas não consegui. Então aí, nesse momento quando ele se ria de mim e eu tentava me defender das suas palavras, Liam aparece.[Liam]
Na minha opinião, aquela conversa está a ser longa de mais e eu tenho medo do que ele possa estar a dizer a Darcy. Estou aqui à quase uma hora, sentado num banco de jardim, longe deles os dois a observar atentamente os atos de ambos. Até que o vi segurar fortemente no braço dela, e fiquei atento aos atos da minha menina. Até que, o que eu temia aconteceu. Darcy deu um grito, e estava deitada sobre o relvado do parque, com a respiração alterada. Eu tenho de agir.
"O que está a fazer?" eu perguntei ao homem assim que cheguei perto deles. Olhei para ela, e ela estava numa luta interna de pensamentos e precisava da minha ajuda.
"Oh, Liam Payne" ele disse olhando para mim de alto a baixo "Isso pergunto eu" ele ergue-se á minha frente
"Nem me vou limitar a tratar-te pela segunda pessoa do plural, porque nem isso tu mereces" eu cuspi, cerrando o punho "O Que lhe fizeste?"
"É melhor acalmares-te miúdo" ele rosnou "Eu só fiz aquilo que ela mereceu" ele respondeu e ouvi um soluço da minha namorada que agora, estava sentada no chão com os joelhos aos peito
"Não tens vergonha?" eu perguntei-lhe, acho que esta vai ser sempre a pergunta principal a fazer a este homem
"Vergonha é roubar" ele riu-se
"Tu roubas-te mais coisas do que aquelas que imaginas, seu monstro. Tu roubas-te a infância da tua filha e roubas-te a dignidade da tua mulher. Roubaste-lhes também o coração e sugaste-lhes toda a sua felicidade"
"Nada que elas não mereçam" ele sorriu e eu não aguentei e dei-lhe um soco no seu maxilar. O homem de cabelos negros tentou ripostar, mas graças a Mark -treinador pessoal da banda- eu consegui travá-lo.
"Nunca te ensinaram que não se deve bater em mulheres seu cobarde?" eu disse na sua cara antes de atingi-lo com um soco na sua barriga.
"Li..am" Darcy chamou por mim, baixinho e eu olhei para ela. Ela estava com a respiração bastante irregular e com os olhos totalmente vermelhos assim como a sua bochecha. Enquanto eu olhava para a sua filha, o homem atacou-me por trás, prendendo o meu pescoço com as suas mãos.
"Bem, Liam. Lamento, mas se te metes no meu caminho também vais sofrer" ele riu-se e atirou-me para o chão pontapeando-me de seguida. Eu não queria saber dele para nada, apenas dela. Eu estiquei o meu braço, para tentar alcançá-la. A minha namorada continuava encolhida até que eu toco na sua gélida mão. Darcy olha para mim e chora quando me vê a ser ferido, mas eu tentei descansá-la dizendo: "Está tudo bem. Antes eu do que tu" e ela voltava a chorar. O Homem acabou por se fartar e parou de me bater. Eu sorri e perguntei-lhe :
"Desistis-te?" sorri na sua direção
"Não te quero matar. Não hoje" quando ele disse isto, senti a mão de Darcy tremer por baixo da minha
"Eu apenas não te bato, porque o que importa aqui é a tua filha mas haveremos de ajustar contas seu otário"
"Vai chamar otário à tua mãe, seu miúdo da merda" ele rugiu "Vemos-nos em breve. E filha, voltarei em breve para revolvermos os pormenores do ultimato"
"Ultimato?" eu perguntei olhando para ela que levantara a cabeça mais uma vez
"Ela depois explica-te. Adeus" ele disse e desapareceu por entre o as árvores do parque. E eu olhei para ela que olhava fixamente para o céu cinzento.
"Eu lamento" eu olhei para o céu tal como ela fazia "Lamento mesmo" voltei a repetir
"Porque lamentas?" ela disse com a sua voz um pouco quebrada do seu choro. Ela acalmou um pouco, pelo menos a sua respiração está mais calma
"Eu deveria ter vindo contigo falar com ele. Eu não deveria ter ficado naquele banco de jardim estúpido" a raiva começava a consumir-me. Sentia-me inútil por não ter conseguido parar o que aconteceu. Ele bateu-lhe. E além de ela ser mulher, e eu ser contra a agressão para com as mulheres, ela é minha namorada.
"Não tiveste culpa" ela disse e deve ter recordado o momento, porque voltou a chorar. Lágrimas caíam por todo o seu rosto. A pele dela continuava vermelha e isso estava a corroer-me por dentro. Eu queria fazer algo para a ajudar, para parar a sua dor.
"Darcy" eu aproximei-me dela, rodeei o seu corpo com o meu braço e ela encostou a sua cabeça no meu peito "Desculpa"
"Não peças desculpa Liam. Eu tenho é de te agradecer por teres vindo em meu auxílio e por estares aqui agora" ela olhou para mim e voltou a olhar para o céu "Mas temos um problema agora. Ele vai querer vingar-se" ela disse e voltou a tremer. Eu tinha feito um inimigo. Mas se um dia eu voltar a lutar contra ele, não vai ser por mim, vai ser por ela.
Olá meninas! Bem, primeiramente peço desculpa por não ter postado durante todo este mês. Com os testes, apresentações e o tão escasso tempo livre, passou um mês e eu não postei nada e desculpem, eu não queria que isto tivesse acontecido. Prometo que vou tentar postar mais regularmente, já que vamos entrar de férias. Obrigada por continuarem a ler esta fic, vocês fazem-me feliz. Obrigada pelas 8k e por todo o vosso apoio. Espero que estejam a gostar de ler esta fic tanto como eu estou a gostar de escrevê-la. Beijos xx
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The World Is Ours // L.P
FanfictionUma história entre uma designer e Liam Payne, que surgiu em 2014. Queria escrever uma história o menos "normal" possível que não se baseasse no mesmo que a maioria. Consegui. Em 2020 decidi continuar a sequela e estou de momento a publicar, aqui no...