Daddy's princess

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"Eu não te posso deixar ir Dar"  

"Liam, será pior se eu não for.. " 

"Eu vou contigo" 

"Não, se vieres ele vai ver que eu te amo e será pior" 

 "Olha" ele aproximou-se de mim e olhou-me nos olhos "Eu não te vou deixar ir sozinha" 

"Mas L-"

"Mas nada, Darcy. Nem que eu fique apenas a observar, eu vou contigo" 

 Eu bufei em descontentação, mas ele consegue ser bastante teimoso, eu sei que não vale a pena insistir.  Era domingo ou era sábado? Quando estou com o Liam, perco a noção do tempo, mas é fim-de-semana. Estive na cama até à hora do almoço, a hora em que o Liam decidiu ir embora mas sem antes prometer que voltaria antes das duas da tarde. 

"Darcy, finalmente"  a minha mãe disse assim que cheguei à sala "O Que continha a carta?"

"Nada de mais mãe" eu caminhei até à cozinha e ela seguiu-me, decerto que queria saber mais. 

"Era dele?" ela perguntou com a voz fraca, o medo está a atingi-la. 

"Não" eu menti descaradamente enquanto me servia. A carne assada cheirava maravilhosamente, só espero que permaneça no meu estômago porque com o medo e a ansiedade este está apertado. 

"Não vou insistir, apenas tem cuidado" Ela serviu-se e comeu silenciosamente do seu prato meio cheio, o meu irmãozinho deve ter fome. 

"Mãe, como ele ou ela está a portar-se?" eu apontei para a sua pequena barriga de grávida

"Bem, quando eras tu eu sentia-me mais enjoada" ela dei uma pequena gargalhada e colocou a sua mão sobre a sua barriga. Ela estava tão feliz com esta criança, dava para ver á distância. Imaginava-a a andar a mudar as fraldas e a dar banho a uma criança pequenina, mas ele não podia descobrir de nada e por falar nele, eram quase duas horas.

"Tenho de sair, volto logo ao final da tarde" eu disse enquanto punha a loiça na bancada de mármore. 

"Diverte-te, até logo" ela disse depois de eu deixar um escasso beijo na sua bochecha rosada. 

Preparei-me mentalmente para sair de casa. Respirei profundamente uma, duas, três, vinte vezes, mas o meu coração não acalmava. Eu sabia de algo que poderia acalmar este medroso coração, e sabia que o meu namorado iria estar á minha espera atrás da porta de madeira. Abri-a cuidadosamente, e fechei-a do mesmo modo. Liam estava de costas para a porta e a escrever no teclado do seu telemóvel. Guardei as chaves de casa no bolso da minha gabardine negra e abracei-o. 

"Pensava que teria de subir pela tua janela para te ir buscar" ele virou-se para me encarar "Como estás?" ele disse enquanto passava a sua mão pelo meu rosto 

"Bem, tirando o medo e a ansiedade" eu suspirei, um suspiro que fora embalado no frio que caía sobre a cidade naquele dia. Estávamos a chegar a Outubro, era perfeitamente normal. 

"Não sei se me vou conseguir aguentar" 

"Aguentar?"

"Sim, aguentar a vontade que tenho de lhe bater" ele desviou o olhar do meu, ele sabe que eu não suporto violência 

"Vais conseguir okay? Se eu precisar de algo, eu grito" eu sorri-lhe.

"Mas gritas mesmo" ele circundou a minha cintura com os seus braços cobertos com um casaco negro de cabedal "Vamos?" 

"Não achas melhor irmos em separado? Não quero que ele suspeite de nada" 

"Está bem, mas preciso de um beijo" ele sorriu e a sua pele enrugou-se por baixo dos seus olhos, uma coisas que eu gosto mais nele. 

"Liam James, estamos á entrada de minha casa" eu dei-lhe um pequeno empurrão no ombro 

"Não está aqui ninguém" ele verificou olhando para os lados "É rápido amor" 

Eu coloquei-me de bicos de pés e beijei os seus lábios rosados. Muitas vezes, para vencerem a ansiedade, as pessoas fazem yoga, outras correm, mas eu só preciso dele e dos seus lábios. As suas mãos seguravam a minha cintura, as minhas também seguravam a sua porém estavam trémulas e frias. 

"Vai , antes que eu não consiga largar os teus lábios" ele disse assim que nos separamos 

"Amo-te, volto já" 

Liam sorriu-me e andou até ao banco de jardim, sentando-se e mexendo no seu telemóvel. Decidi respirar mais uma vez e caminhei até ao parque. O Relógio enorme da igreja já marcava as duas horas e eu tinha de ir. Pé ante pé dirigi-me sobre o relvado até ao centro do parque. Esperei durante 10 minutos, e ninguém tivera aparecido. 

"Darcy" a sua voz soa atrás de mim e com ela vêm as memórias, as imagens de nódoas negras e de sofrimento. Eu virei-me para encarar o ser que mais odeio nesta vida e possivelmente nunca vou odiar tanto alguém nesta vida ou em qualquer outra. 

"Diz-me logo o que queres. Não tenho o dia todo" eu disse friamente

"Calma princesa. A tua mãe e o Bobby podem esperar certo? Oh espera, ela está sozinha em casa" Cerrei os punhos para não desatar a chorar e a gritar com este monstro

"O que queres? Vá diz-me" eu fechei os meus olhos com força para não deixar as lágrimas se formarem 

"Quero trazer dor à tua vida meu amor" ele aproximou-se de mim tocando no meu rosto, mas eu afastei-me rapidamente. 

"Chamas-te apenas para isso?" eu perguntei-lhe, ainda com um dos punhos fechados e a mão livre a tremer 

"Não, quero fazer-te um ultimato, filha

Oláááá! Peço imensa desculpa por não ter postado durante todo este tempo, mas a escola não me tem permitido. Além disso não tenho tido muita imaginação e é essa a razão de este capítulo estar tão pequeno, lamento por isso. Bem, queria avisar-vos que vou estar fora durante estes dias, por isso não vou postar. Prometo que fá-lo-ei assim que poder. Adoro-vos, obrigada por tudo. 

The World Is Ours // L.POnde histórias criam vida. Descubra agora