Amuleto

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Eis a hora da vingança
Pra você meu caro,
Não há mais esperança
e para minha família deixarei minha herança

você vive em meu coração
Vou te destruir sem nem uma emoção
Dessa vida irei partir
Mas junto de mim você ira vir!

Me arrependo por um instante
mas já é tarde, agora a dor é constante
em meus olhos só vejo destruição
e a dor acaba em minha última oração

Minha mãe dizia
que o céu era só alegria,
Mas no meu paraíso
O que reina... é agonia...

- Douglas Milani Carrobrez


30 de Novembro de 2014, 09:27, domingo.

Chegou o dia de ir até o Monte Roraima, já está tudo pronto, sairei após o meio dia. Desço até a sala de jantar onde meus filhos e José Alfredo tomam café, finjo estar cabisbaixa mas internamente dou risada da tolice de meu "marido", não vou deixá-lo sair ileso hoje.

- Está tudo bem, mãe? - Questiona Pedro.

- Estou um pouco indisposta, mas logo passa. Vou para Petrópolis esfriar a cabeça, preciso de alguns dias sozinha. - Respondo em tom triste.

- E volta quando? - Pergunta Zé desconfiado.

- Desde quando lhe devo satisfações? - Respondo ríspida, ele engole seco.

- Eu já estou de saída, vejo vocês mais tarde. Boa viagem, Marta. - Diz Zé levantando-se da mesa.

- Mande lembranças à Ísis por mim. - Respondo com ironia, ele me fuzila com o olhar.

- Quem é Ísis? - Questiona Clara.

- Não é ninguém. - Responde Zé.

- É a amante do seu pai. Uma cocotinha que ele anda se esfregando. - Respondo a minha filha.

- Perai, o pai tem uma amante? - Pergunta Lucas assustado.

- Tem sim, por quê estão chocados? Não é a primeira nem a última. - Digo enquanto sirvo meu café. - Comendador não é santo.

- What a hell, Maria Marta! - Diz Zé bravo. - Pare de tentar colocar nossos filhos contra mim.

- Eles tem o direito de saber que o pai está tendo um caso com uma adolescente. Ela pode ser um perigo futuramente, precisam estar em alerta! Logo aparece um quarto herdeiro para dividir a herança. - Respondo e tomo um pouco de café. - Vai ficar parado me olhando? Sua "sweet child" deve estar te esperando. - Comento com deboche.

- Meu Deus, só piora. - Diz Pedro colocando as mãos no rosto.

Helena logo adentra a sala de jantar a minha procura, ela olha a cena e franzi as sobrancelhas, me olha questionadora.

- Comendador, Josué já está a sua espera. - Diz a moça docemente.

- Isso não vai ficar assim, Marta. - Diz Zé saindo do cômodo.

- Até parece que tenho medo de você. - Respondo em voz alta.

- Ainda não consigo acreditar que nosso pai está tendo um caso com uma menina. - Diz Clara nervosa.

A Imperatriz dos DiamantesOnde histórias criam vida. Descubra agora