"Eu venderia meus próprios ossos por pedras de safira, porque azul é sua cor favorita."
Meteor Shower, Cavetown.
Quando você vive a sua vida realmente, a sensação é surreal de boa, estar ao lado das pessoas que você ama e que te querem bem, estar bem resolvido consigo mesmo e ignorar todas aquelas vozes da sua cabeça que constantemente tentam abaixar o seu astral, porque você sabe que tudo que te deixa mal é coisa da sua cabeça, é o seu cérebro tentando te manipular, seu ego é bem maior do que quaisquer uma dessas inseguranças. Viver é diferente de apenas existir, quando sua vida não faz mais sentindo, você precisa se reerguer mesmo que não obtenha a ajuda de ninguém. Você pode ser o seu próprio alicerce.
Outer Banks pode ser o paraíso na Terra se você tiver alguma ideia de qual é a sua descrição perfeita para o paraíso. Para alguns é o fato de passar na sua entrevista para a tão esperada faculdade dos sonhos, para outros é curtir a sua própria companhia, ou estar entre amigos que você considera da sua família, pode ser a felicidade de alguém que você ama ou até mesmo pode ser o prazer — ou sorte — de (re)encontrar o amor da sua vida. Não existe apenas um tipo de paraíso, tudo isso está dentro da sua cabeça, basta você decidir o que é melhor para si mesmo.
Os pogues haviam voltado para a sua vida normal. O sábado deles foi baseado em surfar, tomar um Sol, beber cerveja, dar uma volta pelo mangue com o HMS pogue e invadir construções no figure 8, apenas para tirar uma com a cara dos guardas. No fim do dia, eles se reuniram na casa dos Cameron's para comer pizza. Acabaram perdendo a hora e Sarah os convidou para dormir lá, e nesse momento, todos os estavam espalhados pelos diversos colchões que foram colocados no chão. Um filme qualquer rolava na TV, mas eles nem estavam prestando atenção.
JJ, Kiara e Sarah estavam mexendo em seus respectivos celulares, Vanessa e Pope fazendo uma batalha de perguntas sobre conhecimentos gerais para ver quem acertava mais, John B tirava um cochilo no colo da sua namorada, enquanto Margot e Rafe estavam abraçados apenas curtindo a presença um do outro.
— Acho que vou morrer de tédio — o Cameron mais velho resmungou enquanto fazia carinho no cabelo da garota.
— Por que não participa da batalha de conhecimentos gerais do Pope e da Vanessa, duvido que eles estejam entediados — debochou rindo fazendo o garoto estalar a língua no céu da boca — Me sinto uma acéfala perto deles.
— Você não é a única — Rafe deu um riso nasal — Acho que a gente pode fazer uma coisa melhor, vem comigo.
O garoto se levantou puxando a namorada junto, mas antes que pudessem subir as escadas Sarah gritou:
— Usem proteção e não façam barulho. Eu não quero ficar traumatizada.
Os dois riram e tornaram a fazer o caminho em direção ao quarto do loiro. Adentraram o local e o Cameron foi em direção ao seu guarda roupa enquanto Margot se jogava em sua cama e encarava o teto branco. O garoto caminhou até ela se sentando ao seu lado com uma caixinha preta em mãos.
— Eu comprei uma coisa pra você — falou e Margot se ajeitou na cama.
— Não precisava, você sabe disso — a loira estava totalmente sem graça, ela nunca soube como reagir ao ganhar presentes.
— Me deixa ser um bom namorado — Rafe deu um riso fraco — Eu lembrei de você no momento em que eu bati os olhos — abriu a caixinha e continha uma pulseira toda prateada com uma pedrinha azul no meio.
Margot abriu a boca. Ela estava maravilhada com o quanto aquela pulseira era bonita. Segurou em suas mãos e ficou admirando, enquanto Rafe sorria aliviado por ter percebido que ela havia gostado tanto quanto ele.
— Ela é linda, meu amor — sussurrou e o garoto alargou ainda mais o seu sorriso. Ele estava totalmente rendido por essa mulher.
— Eu sou apaixonado por tudo em você, mas o seu olhar me prende, loirinha — acariciou o rosto da mesma com o polegar — Azul se tornou a minha cor favorita, graças ao seus olhos. Me sinto dentro da parte desconhecida do oceano, porque você é uma caixinha de surpresas. Eu amo você e amo estar com você, tudo que eu faça ao seu lado, eu sei que vou gostar.
— Gosto pensar que o nosso felizes vai ser para sempre, você foi o meu amor épico e eu quero que seja o único — Margot o puxou pela gola da camisa selando seus lábios.
Muitos podiam achar que o amor de Rafe por Margot não era real, que tudo não passou de um joguinho, mas a verdade é que, só podemos julgar quando nós formos exemplos de pessoas perfeitas. Quem nunca omitiu um fato para alguém que ama muito, apenas para não magoar aquela pessoa? Claro, apostar com os sentimentos de alguém não justifica absolutamente nada, mas não anula o que passaram juntos. Sentimentos não são escolhas, eles apenas fluem sem o nosso consentimento e fazem com que as coisas saiam do controle, ou no caso de Rafe e Margot, pode colocar os trilhos nos eixos.
Tudo que bastava para ambos, eram o que estavam sentindo agora um pelo outro. Tudo o que viveram, todas as conversas que tiveram, os conselhos que compartilharam, e principalmente, a forma como um salvou a vida do outro, e também a colocou em risco. Estavam ligados um ao outro, como duas pessoas que nasceram para ficar juntas. Não precisavam provar isso à ninguém.
— Pode colocar pra mim? — a loira pediu e o garoto assentiu.
— Promete que nunca vai tirar ela? Independente de qualquer coisa que aconteça. Sinto que é uma forma que eu arranjei de estar sempre com você e te proteger, mesmo quando eu não estiver por perto.
— Eu prometo — Margot sorriu.
Quem diria que A APOSTA traria tantas mudanças para a vida de dois jovens. Há males que vem para o bem, e esse trouxe um final feliz.
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𝑨 𝒂𝒑𝒐𝒔𝒕𝒂 - 𝑹𝒂𝒇𝒆 𝑪𝒂𝒎𝒆𝒓𝒐𝒏
Teen Fiction• capa feita por: @partridgesfuck • - Eu fui a porra de uma aposta? - a loira gritou aos prantos. - Eu fodi com tudo quando eu me apaixonei por você - Rafe chorava enquanto dizia - Por favor, me escuta. - Você é tudo o que me disseram sobre você...