"Tarde"

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Ser recebido com risadas não foi o que imaginei que aconteceria assim que chegasse na casa de Natasha.

- Qual é a graça? - pergunto assim que a vejo quase rolando no chão de tanto gargalhar.

- A graça é que parece que você esqueceu as calças no carro do "Dr. Bonitão"! - Nat dizia aquilo entre risadas que eu não a via dar em muito tempo. Só depois de alguns segundos me dei conta de olhar para baixo e perceber que eu ainda estava de cueca. M-E-R-D-A.

- Porra, Natasha. - empurro ela para dentro da casa e fecho a porta, a vadia ainda estava rindo.

- Eu espero que nenhuma senhorinha ou criança tenha te visto, seria um trauma. - Diz ela se jogando no sofá e abrindo uma garrafa de champanhe, servindo em duas taças.

- Eu estava tão distraído que nem percebi que eu estava só de camisa e cueca. - agarro uma das taças e bebo um bom gole.

Nat fica calada com a garrafa de champanhe na mão, olhando para o nada atrás de mim.

- Natasha? Você tá' bem?

- ...Eu vou me casar, Tony. -ela olha pra mim com aqueles lindos olhos claros e iluminados. Percebi naquela hora que minha melhor amiga estava mais feliz que nunca. Se ela se sentia assim, eu também.

- Oh meu Deus Nat... isso... é incrível! Caralho, precisamos comemorar. - ando como um doido pela casa procurando mais bebidas. - Onde você coloca a tequila!?

Natasha ri de mim, me fazendo lembrar de que eu estava ridículo sem as calças.

Minutos se passam e Nat sai alegando que ia pegar uma calça para mim em casa, insisti em ficar esperando na residência dela, imaginando o quão constrangedor seria se a policia estivesse verificando os documentos dos motoristas até verem um homem sem calças no banco passageiro.

Fico no sofá, me lembrando de Strange. A noite foi boa, mas sinto que temos que definir isso logo. Ou ficamos para sempre sendo parceiro sexual um do outro ou assumimos um namoro de vez.

Vou até o telefone fixo de Nat e disco o número dele, dando graças aos céus que minha memória estava voltando a ser como era na época do homem de ferro. Enquanto o telefone chama, imagino que minha saúde mental estava melhorando mais e mais a cada dia que passava, e sentia que isso tudo era graças a vinda de Stephen em minha vida, e também da motivação que eu recebia de Nat a todo momento que eu precisava de um ombro para chorar ou ouvidos amigos para escutarem meus desabafos intermináveis. Nat merece o mundo, e espero que ela tenha uma vida perfeita ao lado de Wanda. Isso me faz lembrar que precisava ligar para ela e parabenizá-la pelo noivado com a melhor pessoa do mundo.

Nada. Stephen não me atendeu, mas não vejo problema já que ele pode estar apertado no trabalho, ser médico não é algo fácil.

Devolvo o telefone para o gancho e ouço a porta abrindo.

- Você precisa ir no shopping e comprar roupas novas - Diz Nat jogando minha calça bege, logo a visto - Você pode ir comigo e com a Wanda se quiser, na sexta.

- Seria ótimo sair para algum lugar que não seja um bar, sabe, variar um pouco. - sorrio.

- Combinado, e se puder, tire esse cavanhaque ridículo! - diz Nat brincando comigo, ela gostava do meu cavanhaque.

- Ora, por favor... todos me amam e parte da fama veio com esse rostinho bonito aqui - digo convencido, colocando a mão por baixo do próprio queixo.

- Não é só você que tem um cavanhaque sexy - ela refere-se a Stephen, obviamente - e por acaso você nem me contou como foi ontem a noite, pode ir falando.

𝕀 𝔽𝕠𝕦𝕟𝕕 𝕐𝕠𝕦 - 𝕀𝕣𝕠𝕟𝕤𝕥𝕣𝕒𝕟𝕘𝕖Onde histórias criam vida. Descubra agora