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querem maratona?

RAFE CAMERON

         A claridade faz com que eu demore para abrir os olhos e enxergar o quarto a minha volta, apesar de estar bastante claro, as cortinas claras cobrem uma parte do sol e ilumina todo o cômodo. Meu corpo está todo cansado e minhas pálpebras ardem quando forço a visão.

Olho para o lado e toda a ardência se esvazeia quando visualizo Ivy deitada de bruços, com o rosto enfiado entre os travesseiros e seus fios escuros cobrem boa parte do seu rosto, fazendo com que eu tenha uma pequena amostra de seu rosto. Boa parte do seu corpo está exposta e somente seus braços cobrem seus seios, enquanto o lençol fino deixa sua pele à vista.

As memórias da noite anterior se fazem presentes em minha mente e logo meu rosto é tomado por um sorriso bobo.

Puta merda.

Resolvo levantar da cama, apesar de meus músculos reclamarem com o pequeno esforço. Sigo pelo corredor e olho rapidamente para bela paisagem que meu quarto proporciona para praia de Charleston, consigo visualizar algumas pessoas aproveitando a praia e outras andando de bicicleta. 

Respiro fundo, seguindo pelo corredor e abro a porta do banheiro, seguindo diretamente para o chuveiro, deixando-o na água morna. A parte interna do box é espaçosa e com isso, a água cai em cascatas, fazendo com que caía jatos fortes d'água. Fecho os olhos, aproveitando para relaxar os músculos e deixar meus pensamentos viajarem entre a noite de ontem.

Só de lembrar sua pele macia e eu metendo sem dó, porra.

Meus pensamentos são interrompidos quando sinto mãos gélidas encostarem em minhas costas, deslizando por meus ombros e chegando até o final da minha coluna vertebral. Reconheço o toque e o cheiro na hora, e logo sinto sua respiração em meu pescoço, para em seguida, ouvir sua voz murmurar:

— Bom dia, Rafe Cameron. — Ronrona em meu ouvido e sinto quando suas mãos deslizam para meu abdômen, em seguida, seus lábios passeiam por meu pescoço. — Hum, como está hoje?

— Eu diria que bem, e você, Ivanna Howe? — Fecho os olhos, respirando fundo quando suas mãos descem para meu quadril e descem para minha virilha.

— Acordei muito bem. — Comenta, dando ênfase no "muito". 

Resolvo virar em sua direção e dou de cara com seu sorriso pervertido, ela inclina a cabeça para o lado e passa a língua pelos lábios, enquanto seu olhar desce descaradamente em meu corpo.

— Posso saber o que tanto pensa? — Questiono, curioso com o que tanto ela parece pensar.

— Na verdade, posso demonstrar. — Responde, dando de ombros e encaixo minhas mãos em sua cintura, puxando-a para mais perto de mim. 

— Pode? — Arqueio a sobrancelha, esperando sua resposta que se confirma através de um aceno simples com a cabeça. — Então faça.

Sem pudor, seu corpo se inclina em minha direção e quando vou perceber, sinto suas mãos se enroscarem em meu pau, fazendo um movimento de vai e vem lento. Seus olhos se mantém concentrados nos meus e sua boca abocanha toda extensão, fazendo ainda movimentos lentos com o que não coube.

Meu corpo inteiro anseia por sua boca e quando sua língua desliza por toda extensão, sinto meu interior tremer com seus lábios em volta do meu pau. 

— Porra gata... — Murmuro, com a voz carregada de tesão e mordo o lábio inferior, vendo-a chupar com tamanha habilidade, como se estivesse chupando um picolé.

Enrolo seus fios úmidos pela água do chuveiro e pressiono a sua cabeça em minha direção, instigando-a aumentar a velocidade. Quando noto que ela faz garganta profunda e em seguida quase se engasga, Ivy abre um sorriso em minha direção e vejo seus olhos marejados.

— Eu até deixaria, mas preciso te sentir, Howe. — Afasto meu pau da sua boca e vejo seu rosto se transformar em uma carranca. Deixo um sorriso escapar dos lábios e deslizo o polegar em sua boca, circulando-a. 

Vejo quando seus lábios se curvam para um sorriso pervertido e puxo seu corpo para cima, em seguida, pressionando-a sobre a parede gélida de mármore. E antes que eu possa fazer qualquer coisa, me afasto do chuveiro e estico a mão para pegar uma embalagem de preservativo na gaveta do banheiro. 

Em breves movimentos, desenrolo a camisinha da embalagem e ajusto por toda extensão do meu membro. Entro na parte interna do box e para minha sorte, Ivanna está de costas e faz com que eu tenha uma maldita visão de seu corpo molhado, os fios escuros chegando até o término da lombar e a marquinha do biquíni.

Sortudo pra um caralho.

Visualizo quando seu sorriso aumenta e ela inclina o rosto para o lado, me encarando com um sorriso pervertido nos lábios. 

— Precisa de um babador, Cameron? — Retruca irônica, com a mesma pergunta que eu havia feito quando ela me encarava em Outer Banks.

...

Depois do banho que era para ter sido em até dez minutos e estendeu para quase trinta, estávamos juntos na cozinha, enquanto eu falhava miseravelmente em tentar fazer panquecas para o café da manhã.

— Eu não acredito que você tem quase vinte anos e não sabe fazer panquecas. — Resmunga Ivy, que agora está com o cabelo úmido e veste minha camisa social que havia pego no closet.

— Não me julgue, tudo bem? Eu sei fazer omelete pelo menos. — Dou de ombros, tentando virar a panqueca e ergo o punho ao ver que consegui virá-lo. 

— Ok, Rafe Cameron. — Revira os olhos e encosta o corpo ao meu lado. Coloca a mão na cintura e encara a frigideira a minha frente, para em seguida, me encarar. — Até que não está nada mal.

— Eu sei. 

Por fim, consegui fazer algumas panquecas comestíveis e logo estávamos juntos tomando o café da manhã. Para variar, a nossa manhã foi tranquila e leve, algo que eu dificilmente tive. Estar com Ivy me traz uma leveza fora do normal, é como se o tempo passasse em segundos ao lado dela e nem anos pensaria que pudesse ter essa intimidade com ela.

— O que acha de conhecer Charleston hoje, hum? — Arqueio a sobrancelha, pegando os pratos e levando para a pia, onde Ivy lavava as louças. 

— Acho uma boa, poderíamos sair para algum bar. 

— Acho ótimo, conheço alguns bares por aqui em Charleston. — Ela confirma com a cabeça e noto quando a camisa ergue um pouco, mostrando à polpa de sua bunda e deixo um tapa estalado, para em seguida, ouvir Ivy resmungar com palavrões.

Deixo uma gargalhada da garganta escapar e escuto meu celular vibrar, acabo pegando-o no bolso da bermuda e estranho ao ver uma notificação de Charly na tela.

"Oi Rafe, seu pai me disse que você está em Charleston estudando, poderíamos sair quando você voltar, não acha? meu pai vai organizar um jantar e sua família foi convidada. Além disso, ainda quero conhecer mais um pouco de Outer Banks, não deu tempo de ver tudo com você naquele dia."

𝐒𝐔𝐌𝐌𝐄𝐑; RAFE CAMERON ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora