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Puta merda! Conversem de uma vez!

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Melissa acordou sentindo vontade de vomitar, o medo voltando a si enquanto tentava reconhecer onde estava, se acalmando ao ver Hitoshi sentado em uma cadeira ao seu lado, ainda segurando sua mão enquanto falava com Todoroki Shouto.

Os heróis estavam ali, ela estava segura agora.

- Ela acordou - A voz a fez se virar levemente vendo um garoto de longos cabelos castanhos e olhos perolados, ele era cego?

- Senhorita Shield - Hitoshi a chamou baixo - Está se sentindo melhor?

- O-onde estamos?

- No hospital de Konohagakure no Sato, em um mundo paralelo ao nosso - Todoroki foi quem explicou.

- O-o que?

- Shouto, não é assim que devemos dar uma notícia dessas! - Hitoshi ralhou antes de suspirar - Mas ele tem razão, senhorita Shield, lembra-se do que aconteceu há quase um ano quando fomos para a I-Island?

- Eu guiei os heróis em um tuor pela ilha, e-então levei alguns até meu laboratório, l-lembro que estavam agindo estranho comigo, Midoriya-san viu algo e então mandou chamar os pro hero, m-mas o eclipse começou e quando acordei e-eu estava em uma sala de pedra e-e...

- Não precisa continuar falando, respire fundo, vamos, nós não vamos te forçar - Hitoshi começou um exercício de respiração a acalmando aos poucos - Nós ainda não temos explicações, mas temos a teoria que esse eclipse nos afetou de alguma forma que abriu uma brecha entre dois mundos, nós caímos aqui, cada um em um lugar diferente, isso foi há um ano.

- U-um ano?!

- Você foi incrível, senhorita Shield, conseguindo sobreviver todo esse tempo, uma verdadeira heroína.

A garota se encolheu, não se sentia assim, se sentia pequena, quebrada, com nojo de si mesma.

- Tsunade-sama está chegando - O castanho de olhos claros avisou.

A porta abriu e uma mulher loira parecendo muito irritada entrou junto do herói Ereaserhead e de Midoriya Izuku.

- Oh, Melissa-san, está acordada - Izuku sorriu para ela - Como se sente?

- E-eu não tenho certeza de como me sentir...

- Eu entendo, deve ser muito confuso, Melissa-san, essa é Senju Tsunade, ela é a líder daqui e quer te fazer algumas perguntas.

Melissa sentiu as lágrimas voltarem.

- N-não por favor, e-eu não sei de nada, p-por favor eu não quero voltar pra lá.

- Garota tenha calma, ninguém aqui vai machucar você - Tsunade disse séria colocando uma mão na testa de Melissa que se acalmou imediatamente - Eu sei que é difícil, mas quero que me conte um pouco sobre o que te aconteceu nos últimos meses, te garanto que ninguém sairá impune.

Melissa se encolheu ainda assustada, mas decidiu colaborar, os heróis pareciam confiar nessa mulher.

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Kisame suspirou vendo Deidara irritado andando de um lado para o outro, o loiro tinha tido vários surtos desde que explicou tudo a ele.

- Isso é um absurdo! Tobi jamais seria capaz de algo assim! - Ele bradou novamente indo até Kisame - Me deixe sair! Quero falar com Tobi!

- Se quiser... só lembre-se que se deixar esse lugar estará sozinho.

Deidara travou parecia pesar suas opções.

- É melhor do que estar cercado de Uchihas - Dito isso o loiro saiu, Kisame suspirou.

Apesar de Deidara os odiar, Itachi acabou pegando um certo apreço pelo loiro explosivo, o tinha como um irmãozinho e Kisame estava mais do que preparado para proteger qualquer um que Itachi amou quando em vida.

- Espere aí bombinha! - Gritou pegando seu manto antes de ir atrás dele - Vou com você.

- Mas você os traiu...

- Não se preocupe, com Madara eu me resolvo.

- Eu ainda não acredito que esse seja o verdadeiro nome dele - Deidara resmungou.

Kisame suspirou enquanto saiam do esconderijo, deixando os Uchiha pra trás.

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Midoriya deixou o hospital parecendo carregar todo o peso do mundo, algumas pessoas o olhavam e cochichavam enquanto a maioria apenas mantinha distância, todos tinham visto a cena de mais cedo e muitos estavam acusando os estrangeiros de dividir o governo em duas partes.

O esverdeado seguia com as mãos no bolso em direção ao apartamento de Naruto quando ouviu uma risada que o fez parar curioso, sem conseguir se conter andou devagar até a fonte da risada.

Natsu estava no Ichiraku, do outro lado do balcão com Ayame, os dois riam enquanto ela o ensinava alguns truques com macarrão.

Izuku sentiu algo se revirar em seu estômago enquanto sentava.

- Oh, Midoriya-san, está tudo bem? Parece cansado - A mulher sorria - O que acha de uma tigela alá Natsu-san?

- Oh, não vai estar tão bom quanto o seu, Ayame-san - O albino riu, Izuku revirou os olhos por baixo da venda.

Sério que estava segurando vela para esses dois?!

- Oh, eu acho que quero uma tradicional, pra viagem.

- Por que não come aqui? - Ayame sorriu gentil, Deku sabia que não devia querer arrancar aquele sorriso com uma faca, mas era maior do que si - Aproveita e faz companhia a Natsu-san, eu preciso sair para buscar alguns temperos que estão em falta.

Natsu encarou Ayame e os dois pareceram conversar com o olhar, o que só irritou mais Izuku, desde quando eles eram tão próximos para se entenderem com simples olhares?!

- Eu vou passar, Ayame-san, eu estou cansado e prometi que iria passear com Uraraka ainda.

- Oh, ela é sua namorada? - A morena sorriu enquanto tirava o avental, ela parecia curiosa, Izuku quase disse sim, geralmente ele diria sim, ou um talvez, era divertido brincar com a imaginação dos outros, mas algo o parou.

Ele encarou Natsu, Todoroki-kun havia dito várias vezes que o irmão havia demonstrado certo interesse em si, sempre perguntando sobre seu relacionamento com os amigos, mas de que importava? Ele mal via Natsu, só quando suas visitas a Hawks sincronizava com as visitas da família Todoroki a Dabi.

Além disso Natsu trabalhava, se mantinha, estava pensando em começar faculdade, Izuku ainda estava no Ensino Médio e não tinha ideia do que faria da vida, eles eram muito distantes e isso tornava difícil um relacionamento.

Por que ele estava pensando em relacionamento? Ele nunca pensou nisso, maldita conversa com Megumi-senpai!

Izuku piscou ao ter a tigela posta a sua frente, ele tinha divagado e esqueceu de responder, merda!

- Bem, não, nós apenas brincamos sobre isso, mas somos só bons amigos - Izuku sorriu fraco - Estou totalmente livre se é o que quer saber, Ayame-san, e se quiser eu tenho a sexta à noite livre - Flertou para esconder a confusão de sua mente.

Ayame riu.

- Bom, Natsu também tem sexta à noite livre, aproveitem e marquem um encontro, porque todo mundo já notou o que rola, mesmo eu que não sou do mundo de vocês - E com isso a mulher saiu deixando os dois em um silencio constrangedor.

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