2/? Bebam água com açúcar.
Karol Sevilla 💫
Que eu sou um Ogro, completamente apaixonado por você?
As palavras podem nos atormentar as vezes ou entrar em nossos corações sem fazer o mínimo sentido.
Estou sentada na poltrona de amamentação, com Cadu deitado em meu colo com a cabeça no vale dos meus seios, balanço a poltrona lentamente enquanto canto uma música para Cadu que segura meu cabelo.
— Karol.. – Antonella aparece.
— Oi senhora. Precisa de algo?
Pergunto baixo.
— Não, só queria ver meu neto antes de ir.– Fala beijando a cabeça do neto que resmunga.
— Boa noite.
— Obrigada.
Quando ela sai volto a cantar, fecho meus olhos lembrando das palavras de Ruggero. Que eu sou um Ogro completamente apaixonado por você?
Ele não pode está apaixonado por mim. Isso é mentira, ele quer um brinquedo para se aproveitar, homens são assim.
Depois que termino de cantar, coloco Cadu no berço. Vou até a sacada do quarto dele. Abro a porta de correr de vidro indo para sacada, fecho a porta atrás de mim. Apoio meu braço no ferro olhando a chuva cair.
Desde ontem, só cai chuva. Só chuva.
Até o clima ambiental está de acordo com o clima dentro de casa. Passo a mão sobre meus lábios sentindo um arrepio.
Eu posso está sentindo algo por Ruggero, mas irei me prender. O medo de me machucar novamente me corrói por dentro, a cicatriz ainda não se cicatrizou.
— Oi meu filho.– Ouço Ruggero dentro do quarto– Como você está? Ah. Eu falando com você que está dormindo. Muito engraçado né pequeno.
Entro no quarto fazendo o olhar de Ruggero cair em mim.
— Licença– Falo passando por ele.
Saio do quarto. Desço as escadas indo em direção a cozinha. Pego um copo d'água e me sento na cadeira. Até que vejo Pasquarelli na porta.
— Se conseguiu diferenciar atração de amor. O que tem a dizer?– pergunto passando o dedo sobre a borda do copo.
— Não consegui.
Me levanto colocando o copo na pia.
— Então se me der licença.
Vou para o meu quarto, o mesmo vai atrás de mim, bato a porta em sua cara.
Pasquarelli 💥
Não vou desistir.
Abro a porta do quarto dela. A mesma me olha nervosa. Me aproximo e colo nossos lábios, antes que eu possa continuar o beijo , ela se afasta.
— Porque você faz isso comigo?– pergunta triste.
— Mas uma vez porque eu te amo!
Falo decidido que a amo.
— Então para de me amar!– grita.– Isso não vai dar certo!
— Deixa eu perguntar a você– Falo.– Você não sente nada por mim? Com toda sinceridade responda.
— Ruggero, não sei direito.– fala.
— Foi o suficiente.
Saio do quarto indo até a cozinha. Se ela não me ama, não vou obrigá-la a me amar. Mas sei que não irei desistir de tê-la.
Sento no sofá e fecho os olhos.
Ela me acha um Ogro, ela não me ama.
Tudo isso são facadas para mim.
No dia em que a vi, eu me apaixonei mas não sabia o certo. Tudo que eu queria é ter seus lábios nos meus.Se ela deixasse eu provar que não sou qualquer homem.
Ouço um choro alto, olho para o lado e não encontro ninguém. Até Karol subir as escadas.
Cadu...
(...)
Entro na minha empresa. Vou para a minha sala. Me sento na cadeira.
Muito trabalho, e minha cabeça em uma mulher.
— Três meses de sofrimento já né Ruggero?– vejo meu amigo entrar na sala.
— Agustín! Você finalmente voltou!– falo indo em direção a ele.
— Eu tinha que voltar, tenho que me consertar com a mulher da minha vida – fala sorrindo.
— Apaixonado?
— Já fui, mas estraguei tudo, e agora me arrependo.
Seus lábios sai uma coisa e seus olhos falam outras.
— Me apaixonei novamente.– Falo.
— Não foi pela Carolina cadáver né– pergunta.
— Não!– rio fraco– Babá do meu filho.
— Nossa! – o celular dele toca, ele atende.– Pasquarelli tenho que ir, é importante.
— Tudo bem. Tchau.
— Tchau.
(...)
São 03:32. Não quis chegar no horário certo, então acumulei trabalho para terminar tudo agora. Depois sai com o Agustín!
Entro em casa. Tiro meu palito colocando por cima do sofá. Está tudo escuro, não enxergo completamente nada. E depois de beber um pouco fica difícil.
Entro em meu quarto deitando na minha cama. Quando acendo a luz vejo todas aquelas fotos do meu casamento, fotos da Carolina.
— Traidora!– grito batendo em um quadro dela.
O quadro cai no chão fazendo um barulho.
Uma raiva sobe. Me levanto caminho até a cômoda jogando todas as nossas fotos no chão. Abro a primeira gaveta na minha cômoda vendo várias, todas nossas. E mais importante.
Nossas alianças de noivado e casamento.
Pego as mesmas. E começo a jogar no ar pegando novamente na mão enquanto caminho até a sacada do meu quarto.
Quando já estou no local olho as quatro alianças e jogo pelo lado de fora da minha casa.
Volto para o quarto tirando todos os quadros e jogando no chão.
Se ela não estivesse morta, eu mesmo a mataria.
Vish...
Agustín chegou meu povo.
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Apenas uma babá
RomanceRuggero Pasquarelli é um advogado totalmente bem sucedido, até entrar Carolina em sua vida. A esposa de seus sonhos, a mulher que todos desejam. Eles são o par perfeito, com a gravidez desejada pelos dois ocorre um erro no destino deles, Ruggero em...