Capítulo 20_Primavera II

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    Valt esperou com paciência até que ficasse sozinho. Assim que teve privacidade ele permitiu que as demônios surgissem na sala:

     — Estamos de volta Mestre!

     — Fizemos tudo como o Senhor mandou, a srt.deus foi encontrada, está de volta e o Senhor... também está inteiro.... — Senka andou pela sala seguida de Aknes, ambas pararam de frente para Valt sentado na cadeira ao altar.

     O demônio podia estar machucado e enfaixado, mas sua postura se mantinha imponente e autoritária diante das duas:

     — ...e?

     — ...não fomos vistas por ninguém muito menos por deus — Senka continuou precisa.

     — ...sim, ela não as viu, mas, ''ninguém''?  Valt as encarou friamente.

     Senka e Aknes se entreolharam:

     — ...tudo bem, talvez uma ou outra figura, mas tomamos o máximo de cuidado possível...

     — Aquele grupo de escoteiras são simpáticas, agora aquele grupo de guardas estavam furiosos!

     — Aknes... poupe-o dos detalhes...

     Valt olhou para as duas acusatório, elas esperaram pela bronca em silêncio. Por fim, ele apenas relaxou a expressão e suspirou pesadamente:

     — Ótimo.

     — Estamos sempre à disposição e digamos que o desfecho foi satisfatório, o Senhor Mestre, é o único dono daquele lugar... — Senka prosseguiu.

     — Estamos sempre às ordens, e voltaremos até lá como o Senhor pediu para garantir a derrota do Sílbe, como sempre...

    Elas se aproximaram um pouco mais do altar e subiram o primeira degrau:

     — Hm... Mestre, ainda não entendo por que quis que vigiássemos deus, pensei que iria gostar de não tê-la por perto... — Aknes murmurou curiosa, em seguida voltou seu olhar para a comida sobre a mesa ao lado, a cobiça era clara em seus olhos.

     — Sim! Quanta preocupação apenas com o ''desaparecimento'' dela... tipo... ela não é ''deus'' e tal... — Senka sorriu levemente cruzando os braços.

     — Uuhh, o Senhor precisa dela para algo a mais que não sabemos???...

     — Aknes...

     — ...porque se sim, tá dando certo, ela parece gostar do Senhor, tão sons...

     — O que estão insinuando?! Estão aqui apenas para cumprirem ordens, não para questionarem o que eu ordeno! — Valt elevou o tom de voz irritado as olhando com incômodo.

     — OK Mestre!

     — O Senhor é quem manda!

     Ambas se atropelaram ao falar:

     — Assim é melhor...  ele resmungou baixo, encostando o braço machucado na borda da cadeira com relutância.

    — Sabem... toda essa busca me deixou exausta... — Aknes se dirigiu a Senka.

    — Tem razão Aks, também estou moída... e com fome...

    — Mestre, o Senhor poderia ser piedoso e...

    — Não Aknes! Nosso dever é apenas trabalhar... — Senka falou com tom de advertência na voz.

    — ...como serviçais...

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