Capítulo 13

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Capitulo 13
Paola
E mais uma semana corrida, cansativa e desafiadora está chegando ao
fim. Hoje é sexta–feira, o dia mais esperado da minha vida, tirando o
nascimento dos meus pimpolhos. Mais uma batalha vencida com sucesso.
Acordei com um lindo sol batendo na janela da clínica, anunciando que
um dia maravilhoso acabara de começar. Fiz minha higiene, arrumei as
bolsas e fui a procura do meu filho. Quanta emoção sinto neste
momento é inexplicável, tudo mudou de cor de um preto sombrio para um
colorido, chego em frente ao vidro enorme que dá a visão do berçário
e lá vejo meu lindo filho, todo arrumadinho pronto para ir para casa,
de repente sinto mãos na minha cintura me viro e vejo o meu amor com
nossa Yasmin no colo, toda inquieta com saudades da mamãe, a
enfermeira vem de dentro da sala com meu rapazinho no colo, me entrega
e não consigo segurar tamanha emoção que sinto neste momento, segurar
meu filho pela primeira vez, beijar e abraçar, dar todo o meu amor e
carinho assim como faço com a irmã dele, é inexplicável tamanho amor
que sinto.

*****


Chegamos em casa e estão todos lá, minha família e alguns da família
do Nando, todos me cumprimentam e elogiam os bebês. Fiquei emocionada,
não sabia como iria ser a reação deles, mas tudo ocorreu bem, todos
trataram meus filhos como crianças normais aliás eles são normais, são
os bebês com down mais lindo do mundo. Fizeram uma faixa bem grande na
sala com o nome sejam bem vindos Noah e Yasmin, tudo bem decorado com
bexigas coloridas, bolo, salgados e bebidas. Como já estava na hora de
amamentar as crianças eu e Kaline fomos para o quarto dos meninos,
coloco os dois para mamarem de uma só vez com ajuda da almofada de
amamentação e também da Kaline que fica do meu lado.
- Eles são tão lindos senhora! - Kaline fala encantada com meus pequenos.
- Primeiro não me chame de senhora... - Sou interrompida quando o Nando entra.
- E segundo Kaline, a Paola e eu arrasamos nossos filhos são muito
lindos. - Diz ele entrando no quarto e dando um beijo na minha testa.
- Você fica tão linda amamentando, minha pequena já é mãe, que orgulho
tenho de você, saiba que você me deu as joias mais valiosas que alguém
poderia me dar, eu te amo cada vez mais. - Diz próximo ao meu ouvido,
me deixando louca.
Depois de amamentar, vou para o meu quarto tomar banho, não aguento
mais esse cheiro de hospital em mim e sem falar que estou toda
melecada de leite, não tem como não se sujar, meus seios estão
derramando a toda hora, os protetores não ajudam muito.
- Posso tomar banho com você amor?
- Desculpa Nando, mas não quero ficar sem roupa na sua frente. - Falo
um pouco tímida.
- Mais, porque? Algum problema? sempre tomávamos banhos juntos e você
não falava nada a respeito de ficar sem roupa na minha frente, apesar
de que somos casados é normal.
- É que estou gorda, ainda sangrando muito, meus seios já não é mais o
mesmo, minha barriga também não, estou horrível. Falo de costas para
ele que está sentado na cama.
- Deixa de ser boba meu amor você está linda, seu corpo continua o
mesmo, suas curvas ficaram ainda mais delineadas, sua barriga não está
mais inchada já está normal, o sangramento é normal em todas as
mulheres e os seios logo logo vão ser os mesmo, fica tranquila minha
vida isso é totalmente normal, vem cá deixa eu te dar um abraço. -
Abraço ela e dou mil beijos e convenço ela a mudar de ideia, confesso
que não foi fácil mais consegui.
Depois de um banho, me sinto mais relaxada, coloco um vestido
soltinho, uma rasteirinha confortável, faço o famoso rabo de cavalo e
estou pronta. O Nando coloca um jeans preto com uma camisa polo branca
e descemos. Todos estavam a nossa espera para almoçarmos, minha mãe
não para de falar nos netos, meu pai então está todo bobo, enfim a
família toda.
Depois da sobremesa fomos todos para a sala de estar, conversa vai e
conversa vem e chega a hora do banho dos meninos, sempre faço questão
de dar o banho nos dois sozinha, pego primeiro a Yasmin e depois o
Noah, como está fazendo um pouco de calor coloco só um body e um
mijãozinho nos dois, sapatinhos e luvinhas e estão prontos. Ufa dá um
pouco de cansaço cuidar de dois ao mesmo tempo. Clarissa, Belinha,
minha mãe chegam e começa a briga para ver quem pega quem primeiro,
aproveito que elas estão com eles e vou para meu quarto, preciso ir ao
banheiro.
Saindo do banheiro sinto uma enorme pontada na cabeça que me faz levar
as mãos até ela e sentar imediatamente na cama, há meses não tinha
sentido dor tão forte assim, pego um remédio em cima do criado e
permaneço sentada. Alguém bate à porta do quarto e mando entrar é a
Belinha.
- Você está bem? Tá pálida, aconteceu algo? - Diz ela vindo na minha direção.
- Não foi nada só uma dor de cabeça, já passou. - Tento convencê-la de
que já estou melhor.
- Tem certeza, não brinca com essas dores não amiga, nós precisamos de
você, pensa em seu filhos, quer que eu ligue para o médico?
- Não, já estou melhor, vamos para a sala vou abrir os presentes que
ganhei. Você sabia que a Clarissa estava organizando um chá de bebê, e
que seria no dia que os meninos nasceram, como os apressadinhos não
esperaram, todos os convidados mandaram os seus presente.
- Pra falar a verdade ela ainda não tinha me falado a data, foi na
semana que fui pra fazenda com o Adam. Fico feliz que todos mandaram o
presente e também vão comparecer para visitar os babys da titia.

Clarissa

Aos 18 anos saí de casa em busca da tão sonhada faculdade de medicina,
ajudar ao próximo era o que sonhava para minha vida. Fui em busca
desse sonho com unhas e dentes, minha mãe de classe média baixa sempre
lutou para que nossos sonhos fossem realizados, ela fez o possível e
até mesmo impossível para dar uma boa educação para a Paola e eu, que
seguimos os passos dela e hoje somos grandes profissionais.
Não foi fácil chegar onde estou hoje, muitas barreiras tive que
ultrapassar, mais todas conseguir com sucesso, não podia vir muito ao
Brasil e o estudo consumia todo o meu tempo. Meu pai sempre ia me
visitar, quando tinha férias, ele sempre foi muito amoroso comigo. Ele
sempre foi louco para ter filhos, antes de mim nascer minha mãe
engravidou, ele ficou muito contente, mas quando ela fez cinco meses
que foi descobrir o sexo do bebê, recebeu a notícia de que já se
encontrava morto e era um menino. Meu pai ficou muito triste mas logo
depois de um ano e meio veio eu e depois a Paola, aí a família ficou
completa. Sempre fomos muito felizes, apesar da Paola não estar
passando por momento fácil meus pais, estão sempre presente, eles
querem até comprar uma casa aqui no Rio, vou amar eles aqui pertinho
de mim.
Tudo parecia dar certo, logo consegui um emprego, aluguei um
apartamento e foi lá que conheci o meu príncipe. O homem com o qual me
defino muito, o amor da minha vida, carinhoso, atencioso e que gosta
das mesmas coisas que eu.
Isso nos aproximou cada vez mais, depois que chegamos ao Brasil, ele
só tem me surpreendido, depois de um emocionante pedido de casamento,
agora estou contando os dias para subir ao altar. Estou esperando as
coisas se acalmarem com a Paola e vou marcar a data não aguento mais,
quero ficar pra sempre juntinha do meu homem.
Apesar de ter comprado uma casa aqui o Taylor faz questão de não
dormir comigo, ele alugou um apartamento aqui perto assim ficamos mais
perto um do outro, todos os dias vamos juntos para o trabalho, a Paola
já falou que é besteira ele não querer dormir comigo antes de casar,
mais acredite você ou não a gente nunca dormiu junto, não tivemos
relações sexuais, ele é muito religioso e respeitador, sexo só depois
do casamento, muitos ainda duvidam, mas eu posso garantir, além do
mais ele foi meu primeiro namorado, tenho curiosidades e medo de
quando chegar o dia o que vou fazer? Como agir? A minha irmã já me deu
umas dicas mas não é o suficiente, sempre tem aquele medo, sempre que
dar converso com Taylor sobre o assunto, mais ele sempre foge.


OI amores desculpe-me a demora das postagens .Espero que gostem de mais um capítulo.
Boa leitura  bjoss da kay

Sobrevivência: Quando a vida nos surpreendeWhere stories live. Discover now