006 "Vinnie"

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Cassie Smith



Los Angeles

𝑺𝒆𝒙𝒕𝒂 - 𝒇𝒆𝒊𝒓𝒂
17:40
O

Já se passaram um dia, eu não sai do quarto para mais nada. Sinceramente? Vou ficar aqui e aceitar minha morte, deixar aos poucos meu corpo enfraquecer e uma hora eu parar de respirar.
Depois do que eu fiz eu admito que estou com medo de sair do quarto, ele um nojento! Se ele tocar alguma vez em mim, eu faço de tudo pra acabar com a vida dele, isso eu juro. Sinto nojo daqui e da cara dele. Como podem agir normalmente, eu tenho um humor um pouco elevado, mas só Deus sabe o que se passa na minha mente, o medo.
Não haverá compras alguma! Até parece que isso ia rolar, na primeira oportunidade eu sairia correndo. Mesmo que isso custasse minha vida, já estou fudida mesmo.

Eu estou deitada nesse quarto fazendo vários nada. Eu fiquei aqui o dia inteiro, praticamente. Fiquei jogada na cama e as vezes levantava para olhar a vista pela janela que por sinal, é linda! Única coisa boa daqui. Mas isso eu tenho em casa e posso ver em "qualquer" lugar.

Eu amo tanto observar o céu! Fico encantada com cada traço, cada cor. É algo tão mágico e incrível! Me ajudou a me acalmar um pouco.

A porta do meu quarto fica aberta. Então, consigo andar pela casa "a vontade". O homem loiro aguado veio no meu quarto depois do almoço e deixou em cima da cama duas blusas sua de manga curta preta e outra branca, e deixou também duas cuecas box preta. As cuecas estavam ainda na embalagem. A blusa branca parecia novinha, já a preta estava amassada.

Não me sinto confortável em andar por aí com uma blusa e uma cueca. Então, antes de eu tomar um banho vou pedir alguma calça para algum dos meninos.

Eu ainda estava com a mesma roupa havia dois. Já se passaram dois dias que não sei o que é um banho.

Saio do meu quarto e entro no primeiro que vejo era do lado do meu. Entro e vejo o homem que pegou o meu celular.

— Oi!  — ele se assusta com a minha presença e olha imediatamente.

— preciso de roupas menos vulgar, ou vocês acham que sou uma puta é que vou andar aqui seminua? - falo e encaro o mesmo que parecia estar um pouco surpreso.

— que pena, não posso fazer nada. — ele fala curto e seco, ele me encarava feio esperando que eu caia logo pra fora. Mas logo volta atenção no que estava fazendo, no caso; recarregando sua pistola.

— por favor, só quero algo descente. - imploro.

— Não, peça para o vinnie! — Ele é curto e grosso. Reviro os olhos.

Vinnie? Pera, quem é "vinnie"? Faço uma expressão confusa e o homem parece ter feito algo de errado pois seus olhos se arregalam.

— Quer dizer... Peça a outro alguém. — ele tenta se corrigir.
Seguro um sorriso quando percebo o quão burro ele foi. Vinnie? Ok.

— Certo, irei pedir ao Vinnie! — cinicamente concordo e saio quarto.

Sinto minha mão ser puxada me virando.
Levo um susto e vejo que o garoto correu para me impedir.

— Quem falou de "Vinnie"? Tá doida?

— Você que falou — solto uma risada. — Me finjo de surda se devolver meu celular.

𝑶 𝒔𝒆𝒒𝒖𝒆𝒔𝒕𝒓𝒐༄ - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora