𝑶 𝒔𝒆𝒒𝒖𝒆𝒔𝒕𝒓𝒐༄ - Vinnie Hacker

079 "fim do penhasco"

Vinnie Hacker-

Eu não tive tempo para pensar quando vi sua boca dando bobeira. Já estava hipnotizado com seus lábios carnudos dando mole. Não tive tempo para pensar ao não ser atacar eles. Ela me permitiu poucos segundos para poder saborear o gosto doce de seu beijo, e com esse pouco tempo senti como se algo dentro de mim tivesse explodido.

Eu queria poder agarra lá ali mesmo, mas sem segundas intenções, e sim em forma de carinho, saudades. Poder ter lá só para mim, nem se fosse por poucos segundos, igual o beijo.

Ela se afasta me estapeando, tento me defender colocando meus dois braços na frente de meu rosto. Me defendo enquanto ela continua me dando tapas seguidos por palavras de baixo calão. Até então me afasto percebendo que ficaria marcas pelos tapas fortes em meus braços e peitoral.

- Por quê fez isso?? - ela indaga.

Olho ela por cima e arqueio uma sombrancelha.

- Desculpa, eu não aguentei. - me explico. Ela morde os lábios talvez tentando esconder algum tipo de sentimento ou reação.

- não faça mais isso? - ela pede. Desvio o olhar surpreso, mas ao mesmo tempo esperando essa reação. Só não sabia que ouvir me causaria um certo dano. - Entendeu!?

Balanço a cabeça concordando. Sei que me precipitei, mas eu juro que não aguentei.

- não tera uma próxima vez. - minha voz é quase inaudível.

Ela balança a cabeça e sussura um "tá".
Se vira e caminha prestes a sair da cozinha, mas antes eu a chamo.

Ela recusa a se virar, mas depois de alguns segundos ela se vira com uma certa curiosidade.

- Você não sentiu nada? - pergunto com um certo desespero e ansioso de certa forma para poder ouvir sua resposta.

Descreveria essa cena como um romance clichê entre dois adolescentes que acabaram de fazer algo totalmente proibido. Mas eu preciso saber se fui o único. Depois dessa reação dela, não sei se ela também foi capaz de sentir algo. Mesmo ela pedindo para eu não a beija-la eu estou disposto a querer sentir seus lábios aos meus mais
1 000 000 de vezes.
Caso ela ter sentido o mesmo.
Claro!

Ela olha para os lados como se tivesse procurando uma maneira de conseguir fugir desse cômodo.
Ela estreita seu olhar e me encara como se conseguisse ler todos meus pensamentos.

- sentiu o quê? - ela me encara negando.

Concordo levemente com a cabeça enquanto mordo meus lábios um pouco ou totalmente frustado.

- esquece. - falo encerrando o assunto.

Ela estava parada igual uma estátua. Avanço em sua direção esperando que ela saia, mas ela estava hipnotizada me encarando com desdém. Estava tão próximo que era possível ver sua pupila dilatada, sua respiração ficando cada vez mais ofegante e possivelmente suas pernas bambas.

- O que está fazendo? - ela me pergunta. Se eu a beijasse ela não teria o trabalho de recusar, mas também não teria o trabalho de admitir que possa ter sentido algo.

Aproximo meu rosto do dela e com meus lábios quase tocando sua orelha sussurro:

- tentando pegar a chave do meu carro - falo tentando me inclinar mais para frente para conseguir alcançar a chave já que a garota estava na frente do móvel.

- Ah-ah - ela gagueja e imediatamente se afasta para que eu possa pegar a chave do meu auto móvel. Pego a chave e me afasto, passo pela garota mentirosa sem em algum momento se quer ter arrancado meu olhar dela.