!Conteúdo sensível, caso, algum leitor seja sensível aos conteúdos citados sobre a história, recomendo não ler e passar esse capítulo!🚨⚠️
Quanta mais dor, mais força.
( 28/03/2019 - Um dia antes do aniversário de Han Jisung.)
Jisung suspirou, suspirou, e suspirou. O garotinho olhou para o relógio em cima de seu criado mudo, notando faltar duas horas para o seu aniversário, duas horas para completar 18 anos. Duas horas para o último dia no inferno, que chamava casa.
Ele se encolheu mais sobre as cobertas, se cobrindo por completo ao escutar passos no corredor. Ele já sentia as lágrimas se formarem em seus olhos. O garotinho só queria acreditar que aquilo tudo era mentira, que era apenas mais um dos pesadelos que tinha todas as noites.
Entretanto, quando escutou o ranger da porta de seu quarto, indicando que a mesma foi aberta, ele deixou que a realidade lhe atingisse. Naquele exato momento, ele sabia, que um tiro ou palavras ruins, eram menos dolorosas do que estava por vir.
Jisung escutou a porta ser fechada, trancada, e um assobio pelo seu quarto. Passos suaves sobre o chão de madeira. Sentiu um peso atrás de si, no colchão em que estava deitado, seu padrasto havia se deitado ali. Han sentiu a primeira lágrima descer, tampou a boca com força, mordendo a língua para não transmitir nenhum som.
O cobertor foi tirado de cima de si, mãos foram ao seu corpo, e uma voz masculina e forte se fez presente no local.
- Apenas faça Jisung. - O garotinho soluçou, balançando a cabeça em positivo, o menino abaixou com uma certa dificuldade o short que vestia, junto a roupa íntima, e soluçou alto escutando o famoso "shii" - Bom garoto... Prometo que não vai doer nada. Hm?!
Jisung sabia que ele estava mentindo, sabia que iria ser machucado como as outras vezes, sabia que iria doer, não só fisicamente, mas psicologicamente. Odiava ter que escolher viver, odiava de todas as formas a palavra "vida" ou "viver". E sentia mais do que nojo de si próprio, ele pensava ser culpa sua.
E na manhã seguinte, ao despertar com o seu celular tocando, Jisung sentiu a dor. Gemeu baixinho, resmungando, virando o corpo para o outro lado, esticando o bracinho fino até o seu celular. Atendendo sem ao menos ver quem era.
- Bom dia, Alvin... Feliz aniversário! Eu e o Felix temos um presente para você, olhe pela janela!
O menino arregalou os olhos, se levantando da cama, esquecendo totalmente da dor que sentia, corridinho até a janela ele foi. Deixando que um lindo sorriso abrisse em seus lábios ao ver seus sete amigos ali.
Hyunjin segurava um pequeno bolo, enquanto acenava igual uma criança. Jeongin estava com uma fita de presente na cabeça, assim como Changbin e Seungmin. Bangchan segurava uma garrafa de vinho, fazendo uma dancinha estranha. Felix segurava um pequeno cartaz, cheio de letras coloridas onde estava escrito "nosso Alvin cresceu, parabéns!" E Minho, Lee Minho... Este não havia nada, além de um lindo sorriso, com os olhos brilhantes, enquanto encarava Jisung. Tão jovens e apaixonados, quem olhasse diria isso. Porém, nem tudo era como deveria ser.
Nem tudo que queremos podemos obter, a vida pode ser um adolescente, que tenta seguir os seus sonhos de uma forma correta, todavia, a vida é injusta, e sempre os certos eram erros.
- Vocês são malucos! Ah! Já irei descer, vou apenas tomar um banho! Céus! - Han ditou todo bem animado, desligando o celular e acenando de volta.
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𝔍𝔲𝔰𝔱 𝔤𝔬𝔬𝔡𝔟𝔶𝔢. { Minsung } Yaoi.
Fanfiction"Me leve para o telhado..." "eu quero ver o mundo quando paro de respirar... ficando azul". "Me diga que o amor é infinito..." "não seja tão pretensioso... Deixe-me, como você faz". "Se você precisar de mim..." "quiser me ver... É melhor se apressar...