Artifice (Pt1).

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O silêncio sempre foi o meu grito mais alto.

( 12/06/2019 - Lembranças)

Jisung terminava de limpar o balcão da cafeteira onde trabalhava. No final do mês passado o garoto havia achado um trabalho, junto a Hyunjin. E agora os dois trabalhavam juntos ali. O mais novo não estava acostumado a falar com pessoas estranhas, então sempre pedia para ficar no balcão, e deixava que Hwang atendesse os clientes na mesa.

- Aqui... Um café gelado com chantilly extra e uma torta de limão... - Hyunjin falou voltando para o balcão, e estendeu o papel pequeno com o pedido para Jisung.

- Certo... Irei preparar. - Han ditou pegando o papel e deixando sobre o balcão, olhou novamente o pedido e correu para preparar o café gelado. Pegou um copo e passou o caramelo no mesmo, para então encher de café gelado, colocou mais alguns gelos e então pegou o chantilly. Ainda meio sem prática ele melou um pouco a sua mão, mas conseguiu fazer oque queria. Colocou o canudo e deixou em cima do balcão já preparado.

Jisung foi até o freezer pegar o potinho com as tortas, e pegou um pedaço com a torta de limão. Não gostava de ter que partir e desmanchar as tortas feitas que estavam ali como demostração. Achava lindas, por isso sempre separava alguns pedaços de tortas pela manhã e deixava guardado.

Ele deixou por cima do balcão e apertou o sininho, fazendo um barulho e Hyunjin logo entendeu.

Tudo corria tão bem naquele fim de tarde. Tudo estava bem, dois jovens, tranquilos e saciados com a ideia de trabalhar em um lugar tranquilo.

Foram fechar a cafeteria já as 21:00 da noite. Hyunjin seguiu o seu caminho para o dormitório que dividia com o Jeongin. E Han, fez seu caminho até a casa de Felix, queria falar com o mesmo sobre o Minho.

Jisung se sentia finalmente bem, se sentia completo com o Minho, e estava disposto a tentar algo a mais além de trocar beijos, mãos bobas e carícias. Han, estava pronto para algo, entretanto ele não sábia se o Minho estava ou não pronto. Por isso precisava da ajuda de Felix.

Foi chegar ao dormitório de seu amigo quase as 21:45, podendo deixar já os sapatos ali fora, atendido pelo loiro cheio de sardinhas no rosto.

- Que milagre você vir a essa hora por aqui... - Felix ditou, fechando a porta, após o Han entrar e seguiram os dois para a sala.

- O Minho está terminando com o ensaio da banda bem tarde... Vou esperar dar 23:30 e talvez passar por lá. - Jisung deixou sua mochila no sofá, se sentando, logo podendo ver o Felix fazer o mesmo, se sentando ao lado de si.

- Então... Vocês... Estão... Juntos?! - Felix falou de uma forma delicada, arrancando um suspiro fraco de Jisung. O loiro notou o mais velho se perder por um momento em pensamentos, todavia, tinha paciência o suficiente para esperar o tempo de Han.

- Eu... Quero o Minho para mim... Como namorado, Lix... E eu quero a sua ajuda para isso. Você... Hm... Pode me ajudar com isso, certo?!

- Ah! Bem... Sim, eu posso sim, só me diga oque posso fazer.

- Preciso que me ajude a bolar uma ideia... Um plano para pedir ele em namoro... Porém, ainda quero ser devagar... Até agora, o Minho vem deixando claro que gosta de mim... Estamos 24h grudados um no outro... E às vezes... Quando dormimos juntos... Ele diz que me ama.

Felix revirou os olhos pela rapidez nas palavras de Jisung. O mais velho estava realmente apaixonado por Minho, e não era surpresa para ninguém.

- Hannie... Eu sei que não é uma hora boa para essas perguntas... E eu não deveria... Você sabe... O Minho nunca fica com uma pessoa... E tem costume de apenas se relacionar na cama apenas uma vez... E depois, apenas fingir que não existe.

Jisung virou o rosto para o loiro, tentando compreender o raciocínio de Felix. E logo entendeu, Han deu um pequeno sorriso, e levou sua mão até às de Felix, brincando com os dedos do mesmo.

- Nós nunca transamos.. Porque ele disse que vai ser tudo no meu tempo e no tempo dele... E que, na verdade tudo é para ser na hora certa.

Felix sentiu um pontinho amais de esperança, e podia sim, ajudar o Han com aquilo. O Minho estava sim, gostando de verdade de Jisung, e sábia que o Lee estava apaixonado.

Porém, Han se sentia tenso e o amava daquela forma, de um jeito profundo. E Lee não... Ele sempre ia pelo raso, até se sentir confortável o suficiente para nadar até o fundo e se deixar levar pelas correntezas.

- Eu quero ajudar, de verdade, Jisung... Será uma honra ser cúpido para esse casal!

- Céus... Só não pense em algo exagerado!

Eles passaram um bom tempo falando daquele assunto, até que Jisung notou que já estava na hora de ir ao encontro de Minho. Se despediu de uma forma calorosa de Felix. Gostava da presença do loiro.

Ele fez um caminho rápido pelas ruas de Seul, até chegar em frente ao curso de Minho, onde ele estava participando de aulas e já até estava tentando seguir com uma banda.

Ele ficou encostado em uma árvore, olhando bem para a porta grande do local, onde ele sabia que o seu amor passaria ali, como das outras vezes, segurando a capa que carregava dentro a guitarra preta com desenhos de várias cores, e até a inicial de Jisung e de Minho dentro de um coração pequeno.

No peito de Han, se encontrava um coração que seria incapaz de quebrar. A tristeza havia ido embora de vez, e não podia o pegar enquanto estivesse com o Minho. O seu verdadeiro amor.

Bem, assim o Jisung pensava. Porque as borboletas em seu estômago faziam uma festa assim que os olhos de Han paravam no Lee. A mesma sensação de sempre.

Jisung não tinha como se machucar, não mesmo, Minho dizia que o amava, e sempre era tão verdadeiro. Han não temia.

Porém, tudo mudou naquele momento.

Quando Jisung bateu os olhos no Minho, e ao seu lado uma garota.

Han ia sair ali detrás da árvore, más quando notou o Minho se virar para a garota de cabelos grandes e pretos, ele apenas ficou parado olhando.

E quando viu a menina segurar nas duas mãos um envelope, onde estava claro que era uma carta. Jisung sentiu tudo ao seu redor sumir, e apenas aquela cena ficar clara para si.
Seu corpo paralisou, suas mãos fecharam envolta das alças da mochila.
Sentiu o coração acelerar, e algo começar a passar em sua mente:

Ele disse que me ama... E claro não vai insinuar-se romanticamente para alguém... Ele me ama.

Jisung repetiu aquilo várias vezes em sua mente. Repetiu e pronto, era aquilo que ele acreditava, e não ia mudar, o Minho lhe amava.

Minho aceitou a carta, o coração de Jisung vacilou.
A garota se aproximou, ficando na pontinha dos pés, e os olhos do mais novo se encheram de água.
Um selar foi deixado na bochecha de Minho e uma das mãos do mesmo estava na cintura daquela menina, e a respiração de Jisung ficou mais rápida. Saindo de seu controle.

Ele me ama... Não é nada de mais... Ele me ama... Não é nada de mais... Ele me ama...

Ou talvez eu possa ser apenas um fogo de artifício...

E oque mais lhe doeu, foi quando o Minho virou o rosto para a menina, e ele, Lee Minho, quem deixou um selinho nos lábios da garota.

E aquele coração de Jisung, que não podia ser quebrado por ninguém, afinal, alguém havia consertado novamente.

Ele só não imaginava que a pessoa que havia consertado, podia o quebrar... E dessa vez pior.

Sou passageiro, depois de explodir no ar.

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Opa, bom dia
Como estão, já beberam água hoje e comeram algo?!
Espero que sim!!!
Chegamos a mais um fim de capítulo, e bem, não julguem o Minho, até que ele se explique e vocês venham a ler o próximo capítulo.
Não esqueçam de votar e comentar, é importante!
Beijos na raba da tia😘💫

𝔍𝔲𝔰𝔱 𝔤𝔬𝔬𝔡𝔟𝔶𝔢. { Minsung } Yaoi.Onde histórias criam vida. Descubra agora