𝑵𝒂𝒏𝒏𝒐 -- 𝐺𝑖𝑟𝑙 𝑓𝑟𝑜𝑚 𝑁𝑜𝑤ℎ𝑒𝑟𝑒

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O sorriso que brotou singelamente nos lábios da garota a sua frente foram rapidamente desaparecendo conforme ela andava mais em sua direção.

Presa e caçador.

Ela caminhava para frente, você para trás.
Um passo dela para frente, dois seus para trás.

E você estava chegando absurdamente para trás. O medo de cair lhe corroía por dentro, mas o medo de quem estava a sua frente tornava tudo pior.

Quanto mais ela se aproximava, mais seu instinto de correr lhe avisava para fugir enquanto havia tempo;

Mas não havia nenhuma saída.

Quando seu tronco se chocou com algo mais alto que você e que estava atrás de você, seus olhos se fecharam instantaneamente esperando por o que quer que fosse que viesse depois.

Mas, quando nada aconteceu, você se viu obrigada a virar para trás e encarar o que você havia batido. Quem.

– Quem...– seus lábios que tremiam deixaram a frase morrer – Desculpe eu... – novamente, você não completava a frase pelo pânico que lhe corroía.

– Olá, eu sou a Nanno. – a garota atrás de você acenou levemente enquanto carregava uma maleta escolar na outra mão. O uniforme dela estava impecável, ela estava impecável, mas seu olhar havia se tornado duro para quem lhe perseguia. E apesar de tudo, ela não deixava o sorriso em seu rosto morrer.

– Nanno, o que faz por aqui? – a voz de quem a perseguia havia se tornado melindrosa, estava arrastada e fanha diante de quem quer que Nanno fosse. O sorriso havia desaparecido dos lábios da garota que antes lhe encarava sangüineamente.

– Yuri. Não sabia que estava por aqui. Como vão as coisas? – a voz de Nanno estava carregada do indício de algo indecifrável.

– Melhores agora que está aqui. Agora, se me dá licença... – Yuri levantou novamente para você a faca que tinha em punhos, pronta para a punir pelas ações de outra pessoa que haviam recaído sobre você.

– Agora caça inocentes, Yuri? – Yuri havia simplesmente ficado estática no lugar. E quando você reabriu seus olhos, ela estava lá, parada. Encarando Nanno sem entender o que ela queria dizer. Sim, ela poderia simplesmente ter te matado. Mas por apenas alguns segundos, um instinto diferente tomou conta de Nanno e Yuri. E mesmo que sendo impossível, até mesmo você havia sentido.

– O que quer dizer, Nanno? – Yuri havia abaixado visualmente a faca, que antes era apontada em sua direção.

– Por que quer saber? Não era você que se dizia melhor do que eu, querida? – o sarcasmo presente na voz de Nanno era detectável.

– Por que não me deixa matar logo? – a voz de insatisfação de Yuri soou sobre seus ouvidos, fazendo-lhe estremecer e se encolher no pequeno espaço que ocupava perto de Nanno.

– Se sabe quem acometeu o crime, o que faz aqui? – Nanno havia desafiado Yuri. E se ela gostaria de matar você sem ter feito nada, o que ela faria com a menina morena?

– Nanno, Nanno... – Yuri se aproximou perigosamente da morena, ficando há uma pouca distância.

– O que foi, Yuri? – Nanno deu uma breve gargalhada enquanto você se encolhia – Eu só fiz uma pergunta.

– Eu poderia... – Yuri foi interrompida por Nanno.

– Poderia o que? Hum? – Nanno levou a mão até o cabelo e começou a enrolar uma mecha nos dedos.

Quando a resposta de Yuri não foi ouvida, Nanno começou a rir. A rir escandalosamente, lhe assustando.

Ela estava bem?

𝐁𝐄 𝐘𝐎𝐔𝐑𝐒 - 𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora