𝑴𝒂𝒙𝒊𝒏𝒆 𝑴𝒂𝒚𝒇𝒊𝒆𝒍𝒅 -- 𝑆𝑡𝑟𝑎𝑛𝑔𝑒𝑟 𝑇ℎ𝑖𝑛𝑔𝑠

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Você estava particularmente inquieta naquela noite de maratonas com Maxine. A pipoca parecia algo ruim em sua boca, você mastigava devagar e sua mente parecia longe demais para perceber isso.

– Hey, você está bem? – o olhar de Max saiu da tela do cinema para encarar você, lhe arrancando de seus devaneios profundos.

– Sim, eu acho. – um sorriso mínimo brotou em seus lábios, formando uma linha fina em seus arcos do cupido.

– Ok então, mas o que acabou de acontecer no filme? – a pergunta se Max deixou você embasbacada; você não fazia a mínima ideia do que havia acabado de se passar.

– Ah, hm...um cachorro? – Maxine começou a gargalhar dentro da sala de cinema, carregando consigo alguns olhares reprovadores e confusos de casais e pessoas que assistiam o filme.

– Não, não era um cachorro. Tem algo para me dizer? – outra pergunta que a pegou desprevenida.

– Não, quer dizer, sim. Não. Talvez. Tá, eu não sei. – Max segurou sua mão, lhe dizendo silenciosamente que poderia dizer qualquer coisa.

– Apenas, diga.

– Eugostodemeninas. – Max não se surpreendeu com sua revelação repentina.

– O que disse, – ela faria tudo para poder ouvir você repetir só mais uma vez – eu não ouvi?

Você suspirou e deixou o ar sair de seus pulmões naturalmente, voltando a encarar Maxine com as bochechas da cor de morangos maduros.

– Eu gosto de garotas. Uma garota em especial. – Os olhos de Max desceram até sua coxa, onde havia um encontro sútil das suas mãos unidas; que ela logo tratou de separar.

– Isso é bom, fico feliz que finalmente possa sentir como é amar alguém. – os olhos de Max vacilaram entre olhar para você e para tela enorme a frente de vocês.

– Max, você está bem? – seus olhos se apertaram para tentar enxergar no escuro os olhos da garota ao seu lado.

– Sim. – o olhar dela parou em seu próprio relógio que carregava no pulso esquerdo. – Tenho que ir agora, aproveite o filme. – ela sorriu antes de se levantar e sair da sala, te deixando sozinha e sem uma explicação concreta.

– Espera, Max! – quando a ideia irrompeu seus pensamentos, você se levantou desesperadamente para ir atrás de Maxine, que ainda estava no salão principal.

– O que? O que foi? Volte e vá assistir o filme. – Ela evitava olhar em seu rosto.

– Eu gosto de alguém.

– É, eu sei disso.

– Você não sabe quem é.

– Eu não preciso. Não quero me machucar mais, boa noite. – após a fala, Max se virou para ir embora você agarrou de supetão sua mão livre, a puxando para si.

Nenhuma das duas teve uma reação tão imediata, Max não sabia o que fazer, mas você simplesmente a abraçou como se fosse a última vez.

– Mas, – Você não permitiu que Maxine completasse a fala, você a interrompeu com um beijo rápido, casto e infantil na bochecha, o suficiente para ela calar-se e não falar mais nada.

– É de você que eu gosto, Max.

Naquela noite, nenhuma de vocês foi para casa sozinha, e vocês fizeram bem mais do que trocar fofocas durante o tempo que passaram acordadas em sua festa do pijama.

𝐁𝐄 𝐘𝐎𝐔𝐑𝐒 - 𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora