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Jisoo POV

— Ela não vai — Falo

— Jisoo, não vai ter bebidas alcoólicas, às 23:00 eu vou pegar elas e a Jennie é nova na escola, vai ser ótimo pra ela se enturmar e fazer amigos — Rosé argumentava

— Chu — Lisa atrai minha atenção se metendo na frente da irmã — Eu prometo cuidar da Jen, por favor — Pede com um biquinho fofo e eu suspiro

— Isso é golpe baixo — Falo

— Por favor, Chu — Agora era Jennie quem pedia

— Tudo bem — Falo e elas sorriem

As duas já estavam prontas e só vieram me pedir depois de estarem totalmente arrumadas, coisa da Rosé, com certeza. Minha irmã parecia animada pra ir e Lisa é muito fofa, não conseguiria dizer não a elas.

Rosé dirige até o local, que é a casa de uma amiga da Lisa e depois dirige até sua casa novamente, não nos falamos na volta, apenas escutava uma música calma.

— A gente podia ir lá no bar, né — Fala

— Você pode ir se quiser — Falo e ela suspira

— Tá, então vamos assistir um filme — Fala

Passamos as horas seguintes assistindo filmes, Rosé não tentou nada, conversamos durante o filme, sobre faculdade, amigos, essas coisas. Fiquei surpresa por ela não ter dado em cima nenhuma vez, mas foi bom.

Eu conheci mais sobre ela, a infância e tudo mais, a Rosé é uma pessoa incrível e engraçada quando quer, apesar de eu achar que ela só está sendo legal pra ganhar minha confiança.

Eu não quero que ninguém brinque comigo mais uma vez e eu me apego muito fácil, basicamente o contrário dela que fica com várias sem nem pensar em ter algo sério, ela é exatamente o tipo de pessoa que eu evito a cinco anos.

— Ainda falta uma hora pra ir buscar as meninas — Fala quando o segundo filme acaba — Alguma ideia do que fazer?

— Não — Falo

— Por que você não mandou mensagem pra mim?

— Você já enche meu saco no bar, na minha casa se aproveitando das meninas e até no meu fim de semana você está me atormentando, não preciso de mensagens suas o tempo todo

— O tempo todo não, mas eu mandaria de vez em quando — Fala com aquele sorriso e eu acabo sorrindo — Acho que é a primeira vez que você sorri pra mim — Ela tenta se aproximar e eu empurro seu rosto pra trás

— Você não desiste?

— Não custava nada tentar — Fala e seu celular toca, mas ela recusa a ligação

— Alguma das suas ficantes?

— Meu pai — Fala rindo — Acho que eles chegaram de viagem, ele está irritado comigo

— Isso te incomoda?

— Não dou a mínima para os meus pais — Fala, mas eu não acreditei, ela não parecia estar sendo sincera em relação a isso

— O que ele pode fazer com você?

— Está preocupada? — Pergunta com aquele sorriso mais uma vez, chega a ser irritante e eu reviro os olhos — Ele me batia quando eu tinha sua idade, mas agora eu sou mais forte e sei me defender, ele ainda tenta, mas não dá em muita coisa

— Você não parece ter quase 30 anos — Falo

— Eu tenho só 26 anos

— Isso é quase 30

— Mas faz eu parecer muito velha falando assim

— Comparando a minha idade você é bem velha

— São só sete anos, Kim — Fala e eu evito sorrir, eu gosto quando ela me chama de Kim

— Se eu tivesse 17, você daria em cima de mim?

— Obviamente não, só 18 pra cima

— Então já ficou com mulheres mais velhas? — Pergunto e ela começa a rir afirmando — Vai me contar o motivo de sua risada?

— Uma vez eu transei com uma mulher de uns 35 anos, ela ficou obcecada por mim, acho que foi porque tinha se divorciado a pouco tempo, mas foi tipo bizarro. Uma vez eu fui andar pelo meu jardim e ela tava escondida pra me observar, eu tomei um susto e cai na piscina — Fala rindo e eu rio também

— Ela invadiu sua casa?

— Sim, eu tive que ir na delegacia pedir um mandato pra ela ficar longe de mim — Fala rindo

— O que você deu pra essa mulher?

— Um ótimo chá — Brinca — Mas falando sério, depois do ato, a gente ficou conversando por várias horas e eu dei alguns conselhos a ela, talvez ela tenha se iludido? Não sei, mas encontrar um par de olhos no seu jardim, às três da manhã, foi a coisa mais assustadora que aconteceu comigo — Fala e eu rio imaginando a cena

— Por que estava caminhando as três da manhã?

— As vezes eu não consigo dormir durante a noite, com a Lili em casa é mais fácil, eu durmo abraçada a ela, mas quando eu tô sozinha é difícil, geralmente eu bebo vinho pra conseguir dormir — Fala

— Você bebe demais — Falo

— Eu sou dona de um bar, o que esperava?

— Que cuidasse da sua saúde, pela Lisa pelo menos — Falo

— Eu só me cuido por ela, Jisoo, não me importo comigo mesma — Fala — Beber me ajuda a esquecer os problemas

— Prefere virar alcoólatra? — Pergunto e ela ri

— Não estou nem perto de me tornar alcoólatra — Fala — Melhor irmos buscar as meninas, o caminho é um pouco longo

Eu concordo, pego a mochila com as minhas coisas e da minha irmã e a acompanho até o carro.

— Sua companhia é ótima — Fala quando chegamos lá, fico um pouco corada e ela se aproveita me dando um selinho

— Idiota — Falo e ela ri

— Eu não disse isso só pra te "beijar", fui realmente sincera — Fala e entra no carro e eu faço o mesmo

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The girl at the bar - ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora