Capítulo 4: pecado.

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N/A: me desculpem de verdade MESMO pelo atraso! Era para isso ter sido publicado ontem, mas a escola acabou interferindo na postagem e, mesmo tendo terminado a escrita, ainda não tinha revisado nada, nem a Sue, então achei melhor atrasar um pouco e postar com mais qualidade do que seguir o horário e fazê-los ler vários erros de ortografia... Pois bem! Hoje as coisas começaram a esquentar um pouco, animados com isso?

Boa leitura ~

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Capítulo 4: pecado.

— Mas a alguns momentos atrás você disse que não perdoaria o Lorde do Crime. O que há com você? Por que é assim?

Sherlock pareceu pensativo. Havia claramente uma divisória entre ele concordar com o Lorde do Crime e achar William mau. A segunda ele rejeitava por motivos egoístas.

— Matar pessoas, usar outras como peças, entregar o mundo ao caos… realmente é algo ruim, não é? — forçou um sorriso. De repente o Moriarty franziu o cenho em confusão. — Mas Liam, você não tinha um motivo para tudo isso? Não existem pessoas no mundo que dizem algo como "mesmo se usar os piores métodos, contanto que suas atitudes ajudem a melhorar o mundo, ainda pode ser perdoado", ou algo assim? Ainda tem muita gente que te odeia, mas me diga, alguma delas sabe o porquê de você ter causado tanto alvoroço? Ou apenas te culpam pois te consideram apenas um criminoso sangue-frio?

— Ainda me odeiam… — repetiu. Não para Holmes, mas para si mesmo.

Então é apenas Sherlock que não o odiava. De certa forma William ficou aliviado. De uma hora para outra, os pensamentos de agora a pouco deixaram de fazer sentido. Ele tinha pensado demais.

— De fato, ainda irão te querer morto se acharem que tá vivo em algum canto. Afinal, você nunca se preocupou em gritar para todos ouvirem  "eu apenas fiz isso para o seu próprio bem! Estou expondo nobres corruptos e tentando melhorar a discrepância de riqueza e pobreza na nossa nação!". Eu nem consigo imaginar você fazendo isso, na verdade — Sherlock soltou um riso envergonhado —  Então é óbvio que eles vão tirar as próprias conclusões. Ou esperar que os jornais tirem por eles. Tem isso também.

William se calou. A argumentação não era necessária e o assunto poderia morrer ali. Mas Sherlock não percebeu. Ele continuou:

— Ainda tem gente sofrendo por causa de tudo que você fez para Londres, William — na cabeça as imagens de Louis, Albert, Moran, Jack, Bond e Fred, aqueles que mais estiveram ao lado do Moriarty em seus planos — Isso é uma das coisas que eu não posso perdoar.

William entendeu. Sherlock ainda era o detetive que conheceu no Noahtic. Mesmo que dissesse perdoá-lo, ainda mantinha seus princípios. Ele sempre foi assim.

O loiro sabia que a culpa deveria dobrar de tamanho dentro de si, mas por alguma razão ele sentiu o contrário. Talvez ele não quisesse ser tratado como alguém tão perdoável. A culpa nunca vai embora, não importa o quanto te digam que já passou, então se existem pessoas que podem entender isso e conseguem seguir em frente com a consciência de que o que aconteceu jamais pode ser esquecido ou apagado, era com esse tipo de pessoa que William queria conversar.

Não é que ele não esperava; ele não queria conviver com alguém que pudesse perdoá-lo com vendas nos olhos. E saber que Sherlock não era esse tipo de pessoa o aliviou.

— Você não é mau. Mas havia outras formas de chegar no resultado que você queria — desfez a cara séria que usou para dar ênfase na frase, e um sorriso brotou nos lábios — Se tivesse me pedido, eu teria te ajudado a dar uma surra nesse mundo torto e odioso até ele ser consertado. Fico imaginando como seria agora se isso tivesse acontecido.

Desde que pararam, Sherlock nunca deixou de encarar os olhos vermelhos. Ele viu todo o tipo de expressão correr por eles nesses muitos segundos em que falava.  E o Holmes entendia o significado de cada novo olhar.

— Sherly… — mas de repente o carmesim se escondeu na franja clara. Sherlock não conseguiu prever o diálogo.

Ele imaginou que seria uma fala. Mas William não fez questão de continuar. Em vez disso, ele deu alguns passos para frente, cada vez mais perto de Holmes.

E tão de repente quanto antes, seus lábios se encontraram.

Borboletas começaram a voar descontroladamente na barriga de Sherlock. E William não entendia muito bem o que era aquele sentimento que fazia seu coração bater tão rápido.

Holmes pensou que queria abraçar William, mas antes que pudesse fazer isso, o loiro se afastou. Finalmente os olhos estavam visíveis novamente. O rosto um pouco vermelho.

— Você disse naquele dia que eu era "muito importante". O que quis dizer com aquilo? E por quê? — teve a impressão de que Sherlock falaria algo, mas interrompeu — É por isso que insiste em me falar todas as vezes da realidade? Sobre o que eu deveria fazer e não fazer? É porque eu sou tão importante?

Sherlock franziu o cenho. De um instante para o outro ele ficou irritado.

— Liam, eu-

Ele foi interrompido por vozes desconhecidas. Do outro lado da rua duas mulheres jovens começaram a conversar. Uma delas segurava um vaso com terra na mão. Eles pararam para ouvir a conversa.

— Eu acabei de chegar, mas não achei o problema, me desculpe — lamentou a jovem com o vaso — Ainda não sei como fazer para as flores germinarem saudáveis e impedir que morram, irmã. O especialista analisou tudo e disse que aparentemente não há nada de errado. — ela suspirou.

— Isso é uma pena, mas se não tem jeito algum é porque era para ser assim — a outra pareceu consolada. — Já tivemos problemas demais com isso, melhor desistir.

William pareceu curioso. De repente ele se aproximou das duas moças. Sherlock o seguiu confuso.

— Olá, senhoritas — ele cumprimentou — desculpe minha descortesia, mas eu poderia olhar o vaso?

O sorriso simples estampado no rosto conquistou as mulheres. Elas aceitaram no mesmo instante. O Moriarty ficou atento ao objeto. Só bastou alguns segundos para ele criar sua própria solução.

— A terra não é adequada. Este tipo de planta não vive em um ambiente com muitas pedras e, veja, o vaso possui muitas delas. E a terra está seca, use mais água quando trocá-la. Por fim, deixe no sol apenas um terço do dia. Muita luz afetará o crescimento.

Não houve erro nas palavras de William. Ele falou sem hesitação. As mulheres ficaram surpresas no início, mas acenaram em concordância e agradeceram. Cruzaram olhares e sorriram para o Moriarty, que retribuiu.

Sherlock era o mais espantado.

Quando as moças foram para suas casas, ele finalmente pôde falar o que queria.

— Você não hesitou nem um pouco. Liam, o que houve?

A situação parecia estranha. Tudo bem se fosse no passado, mas Sherlock não imaginava o William atual falando normalmente com desconhecidos e ainda retribuindo sorrisos. A prova disso é que ainda a pouco ele não disse nada para a síndica, mesmo tentando muito.

— Isso é verdade? Eu apenas agi como sempre — e ele realmente não entendeu o tamanho do espanto. — Esqueça isso, Sherly. Em vez disso, minha pergunta…

— Não um professor! Um consultor! — ele interrompeu William sem que percebesse. Os olhos azuis brilharam como estrelas no céu noturno. Juntou as mãos do Moriarty dentro das suas e sentiu a alegria percorrer o corpo. O sorriso alargou-se. — Liam, eu tenho uma ideia melhor!

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Este capítulo foi menor que os outros? Não tenho muita certeza, mas deu essa impressão. No passado eu disse para esperarem este lançar para decidirem se iriam prosseguir com a leitura, mas acabou não tendo muita coisa mirabolante aqui também. O que vocês acham sobre isso? Eu ainda ficaria feliz se pudessem continuar hahaha! Pois bem, não tenho muito o que falar, apenas que a partir de agora o negócio vai ficar menos "parado", por vários motivos que coloquei já nesse capítulo. Estão preparados para isso?

Nos vemos no próximo capítulo ~

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Prometa-me || Moriarty The PatriotOnde histórias criam vida. Descubra agora